A verdadeira evolução esportiva se mede com os diplomas olímpicos
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A verdadeira evolução esportiva se mede com os diplomas olímpicos

Brasileiro ama medalha e, sempre que começa olimpíada, pipocam as previsões para o desempenho do país no quadro final. A meta agora é superar as 19 medalhas do Rio-2016. Claro que ouro é algo especial, eterniza os ídolos, coisa e tal, mas pra...

Maurício Barros
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Além das medalhas, a Olimpíada distribuiu diploma para os oito primeiros colocados
Além das medalhas, a Olimpíada distribuiu diploma para os oito primeiros colocados

Brasileiro ama medalha e, sempre que começa olimpíada, pipocam as previsões para o desempenho do país no quadro final. A meta agora é superar as 19 medalhas do Rio-2016. Claro que ouro é algo especial, eterniza os ídolos, coisa e tal, mas prata e bronze também são bastante celebrados – o que já é uma evolução numa cultura que só glorifica o vencedor, mandando o vice às favas.

Porém, medalhas não são o melhor medidor para avaliar o estágio do esporte de alto rendimento de um país. Melhor seriam diplomas. Explico.

Pouca gente sabe, mas os oito primeiros colocados de cada prova, seja individual ou coletiva, recebem diplomas do Comitê Olímpico Internacional. Estar nesse octeto já é algo absurdamente fabuloso. Pense você estar em uma sala com outras sete pessoas e entrar alguém dizendo: "Vocês são os oito melhores do mundo na sua profissão. Tome aqui seu diploma". Pois é.

Um país alcançará grandeza esportiva quanto mais atletas conseguir colocar na elite global, marcando boa presença em Mundiais e Jogos Olímpicos.

No Rio de Janeiro, o Brasil teve seu recorde de participantes (462 atletas) e obteve 75 diplomas (16% da delegação). Alguns vieram meio "de graça", porque obtidos em competições com oito participantes, e o país se beneficiou por ser sede. Mas essas gratuidades foram exceção.

O ótimo jornalista Guilherme Costa, do globoesporte.com, especializado em esportes olímpicos, projeta entre 60 e 65 diplomas para o Brasil em Tóquio. Significa que cerca de 20% dos 302 atletas brasileiros estarão nessa elite de oito melhores do mundo em suas modalidades.

Este, sim, deve ser considerado o melhor parâmetro para medir o crescimento esportivo de um país no alto rendimento. Quanto mais se estabelecer na elite, maior será a chance das tão queridas, cobiçadas e amadas medalhas.