"Comoção" por Pedro na reserva. De Dill a Whelliton, lembre 24 "históricos" atacantes do Flamengo
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"Comoção" por Pedro na reserva. De Dill a Whelliton, lembre 24 "históricos" atacantes do Flamengo

Pedro é um excelente centroavante. Mas não faz gol há oito partidas pelo Flamengo, um enorme jejum do atacante de 14 milhões de euros que soma 34 tentos em 84 jogos com a camisa rubro-negra, mesmo saindo do banco em muitas dessas partidas. Ap...

Mauro Cezar Pereira
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Pedro saiu do banco contra o Ceará: oito jogos sem marcar - Foto: Divulgação/CRF/Alexandre Vidal
Pedro saiu do banco contra o Ceará: oito jogos sem marcar - Foto: Divulgação/CRF/Alexandre Vidal

Pedro é um excelente centroavante. Mas não faz gol há oito partidas pelo Flamengo, um enorme jejum do atacante de 14 milhões de euros que soma 34 tentos em 84 jogos com a camisa rubro-negra, mesmo saindo do banco em muitas dessas partidas. Apesar da fase ruim, sua presença entre os reservas costuma gerar lamentações. Há quem não se conforme com isso.

O ex-jogador do Fluminense estava na Fiorentina, e quando voltou ao Brasil por empréstimo, ano passado, sabia que seria suplente de Gabigol. Ao ficar em definitivo no Ninho do Urubu, com os flamenguistas exercendo o direito de compra de seus direitos por uma pequena fortuna, também tinha conhecimento que o camisa 9 é o dono da posição. Algo óbvio.

As chances de Pedro são: atuar quando Gabriel Barbosa não puder, seja por lesão, convocação ou suspensão, como em muitos jogos em junho/julho, durante a Copa América, e no domingo retrasado, diante do Sport. Ou formar dupla com Gabigol, o que ainda não funcionou e gerava muitas críticas a Rogério Ceni. Com Renato Gaúcho no papel de técnico, nada mudou.

Mas o Flamengo tem um reserva de luxo para o ataque não por acaso. O clube se estruturou e desenvolveu capacidade financeira para reunir grandes jogadores, ter elenco, algo que muitos na mídia e entre os torcedores brasileiros classificam como fundamental para que o sucesso esportivo seja alcançado. Então, Pedro na reserva é algo que faz parte disso. É o contexto.

As lamúrias pelo "desperdício" por vê-lo no banco seguem, mesmo com esse enorme jejum de tentos do camisa 21. Curiosamente não se ouvia esse tipo de lamentação quando os rubro-negros tinham a maior dívida entre os clubes de futebol do país, atrasavam salários, não honravam todos seus compromissos e viviam testando atacantes de qualidade técnica duvidosa.

Com ajuda dos seguidores no Twitter, reunimos uma lista com jogadores de ataque que passaram pelo Flamengo desde os anos 1970. E nem todos estão aí, mas muitos foram relacionados e podemos ampliar a relação com sua ajuda, caso consiga se lembrar de outros artilheiros sem brilho, ou sem gol, que vestiram a camisa rubro-negra.

A lista, hoje, chega a ser divertida para o torcedor, pois reúne do folclórico Beijoca, ídolo do Bahia que marcou apenas um golzinho pelo Flamengo (foi nos 2 a 0 sobre o Náutico em 11 de novembro de 1979; Júnior marcou o outro) a Negreiros, Evilásio, Helenilton e Whelliton. Nomes inesquecíveis!

Quando esses atletas ficavam na reserva e os titulares eram tão ineficientes quanto eles, não havia na mídia quem lamentasse. Esse papel cabia apenas à torcida rubro-negra, que hoje pode se dar ao luxo de ter Pedro no banco.

Atacantes do Flamengo: saudades?

Beijoca - 9 jogos, 1 gol

Cristian Borja - 7 jogos, não fez gol

Diego Silva - 21 jogos, não marcou

Dill - 9 jogos, zero gol

Dimba - 37 jogos, 13 gols

Elton - 13 jogos, 2 gols

Evilásio - 12 jogos, 1 gol

Fabiano Oliveira - 49 jogos, 8 gols

Helenilton - 7 jogos, 1 gol

Itamar - 2 jogos, 0 gol

Jajá - 6 jogos, não marcou

Josafá - 11 jogos, 2 gols

Josiel - 30 jogos, 13 gols

Kita - 63 jogos, 21 gols

Marcos Denner - 13 jogos, 2 gols

Negreiros - 15 jogos, 4 gols

Nixon - 75 jogos, 14 gols

Radar - 21 jogos, 10 gols

Roma - 118 jogos, 23 gols

Tigre Ramírez - 32 jogos, 11 gols

Tôto - 11 jogos, 4 gols

Val Baiano - 18 jogos, 3 gols

Vandinho - 10 jogos, 2 gols

Whelliton - 19 jogos, 3 gols

Fonte: flaestatistica.com.br