Flamengo 0 x 0 Palmeiras foi jogo de padrão europeu. Rubro-negros têm muito a evoluir
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Flamengo 0 x 0 Palmeiras foi jogo de padrão europeu. Rubro-negros têm muito a evoluir

Intenso, disputado, brigado, palmo a palmo, centímetro a centímetro, faltou o gol. Mas o futebol é um esporte tão espetacular que consegue apresentar bons espetáculos mesmo sem que os participantes do cotejo pontuem.

Mauro Cezar Pereira04/21/2022
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Marinho tenta passar por Marcos Rocha no ótimo jogo do Maracanã - Foto: Cesar Greco/Divulgação/SEP
Marinho tenta passar por Marcos Rocha no ótimo jogo do Maracanã - Foto: Cesar Greco/Divulgação/SEP

Intenso, disputado, brigado, palmo a palmo, centímetro a centímetro, faltou o gol. Mas o futebol é um esporte tão espetacular que consegue apresentar bons espetáculos mesmo sem que os participantes do cotejo pontuem.

Assim foi o duelo entre campeão e vice da última Libertadores no Maracanã com 70 mil pessoas, o melhor público do ano e que dificilmente será superado. E às 19h30 em véspera de feriado com desfile de carnaval!

Rubro-negros em noite sem torcida visitante, saíram decepcionados com o fato de seu time não ter conseguido a vitória, mas provavelmente satisfeitos com o nível do futebol que viram. Não houve motivos para reação diferente.

O Palmeiras é uma equipe já conhecida, madura no que se refere à sua proposta de jogo. Os atletas conhecem bem o técnico Abel Ferreira, que os comanda com segurança e autoridade conferida pelos títulos alcançados.

Evidentemente trata-se de um grupo que já atingiu seus mais elevados nível de futebol, afinal, vêm atuando juntos e desenvolvendo, se aprimorando, desde 2020. Mas o que se viu no primeiro tempo foi um time diferente.

Habitualmente os palmeirenses atuam e maneira cautelosa quando diante de seus mais fortes oponentes, ainda mais quando fora de casa. Mas nos 45 minutos iniciais vimos uma equipe mais agressiva, ofensiva, arrojada.

Essa postura deu vez após o intervalo ao velho Palmeiras que se fecha, nega espaços, esgota fisicamente seus mais talentosos nomes marcando, defendendo. A ponto de não terem mais pernas, mais gás para atacar em determinado momento do duelo.

Duas versões de um time que pode, e deve, se aprimorar ampliando sua capacidade de se transformar em campo. O material humano permite isso, cabe a Abel Ferreira insistir mais e aceitar a ideia de correr mais riscos.

Riscos que, do outro lado, o também português Paulo Sousa evitou não mexendo na sua equipe. O Flamengo encerrou o cotejo com 10 dos jogadores que o iniciaram. Apenas Marinho substituiu um es extenuado Lázaro.

Mas foi um Flamengo que, mais uma vez, concedeu raras chances ao adversário, que, depois de um primeiro tempo mais parelho, assumiu o protagonismo da peleja e esteve mais perto da vitória após o intervalo.

Um jogo de ótimo nível, com treinadores europeus, entre equipes que podem e devem jogar mais. Os rubro-negros, em ampla reformulação, mostrando que ainda têm muito a crescer. E devem fazê-lo.

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