use bem seu cérebro
#4 Ferramentas |
“considero que o cérebro de um homem é originalmente como um pequeno sótão vazio, que temos de encher com os móveis que escolhemos. Um tolo recolhe todo tipo de trastes com que depara, de modo que o conhecimento que lhe poderia ser útil fica atravancado, ou na melhor das hipóteses misturado com muitas outras coisas, de modo que ele tem dificuldade em localizá-lo. O trabalhador competente, porém, é muito cuidadoso com relação ao que leva para seu cérebro-sótão. Não guardará nada lá a não ser as ferramentas que possam ajudá-lo em seu trabalho, mas dessas tem grande sortimento, e todas na mais perfeita ordem. É um erro pensar que o quartinho tem paredes elásticas e pode se expandir até qualquer medida. Acredite que chega uma hora em que, para cada novo conhecimento, você esquece alguma coisa que sabia antes. É da maior importância, portanto, não ter fatos inúteis expulsando os úteis.” (HOLMES, Sherlock) |
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Voltando à citação. Essa passagem me ajuda a entender com o que devo ocupar minha mente e saber que há prioridades, uma escala hierárquica, na hora de saber com o que vamos gastar nosso tempo. Somos limitados em tempo e espaço e é uma utopia achar que conseguiremos dominar todos os assuntos. Costumo dizer que eu mesmo sou um tipo de pato, que anda, nada e voa, mas não faz nada direito. Só que este ímpeto de querer saber de tudo às vezes pode nos sufocar e por isso precisamos focar no que é necessário. Precisamos escolher bem nossas ferramentas e saber manuseá-las com destreza. Um pastor, por exemplo, deve saber manejar corretamente a palavra da verdade. Esta é uma de suas missões: ler a Bíblia continuamente e encharcar sua mente com ela. |
Queria conseguir um espaço para também falar sobre as ferramentas de Clint Eastwood no filme Gran Torino, porém vou deixar este assunto para outro dia. O que queria te propor desta vez é que seu cérebro precisa ser funcional para o que você se propõe a fazer e saber onde encontrar a ferramenta correta vai te ajudar muito nisso. |
Indicações |
Não poderia ser diferente a indicação de hoje: um vídeo explicativo sobre a técnica de memorização chamada Palácio Mental utilizada por Sherlock Holmes: |
Nota: me prometi que não embarcaria em outras leituras que não as que importam diretamente para o artigo que preciso escrever. Mas eu sou fraco e comecei a ler Os Quatro Amores, de Lewis… sempre o Lewis. Me desculpa é que Lewis faz parte do tema de pesquisa e vou encontrar neste livro alguma citação relevante sobre a questão da morte ou do purgatório (na verdade é bem difícil que isso ocorra porque não é a preocupação dele neste livro). |