Protagonismo: passou da hora de escrever seu próprio roteiro

Protagonismo, palavra de origem grega (protagonistes), onde "protos" significa principal/primeiro e "agonistes" significa lutador/competidor.

E com esse breve destaque do nosso querido dicionário, venho aqui te perguntar: você tem lutado para estar em primeiro lugar?

Existem muitas respostas para essa pergunta e também muitas interpretações sobre o que eu quero dizer: você tem olhado para si e se colocado como prioridade?

Pergunta reformulada e choque com os primeiros pensamentos... Eu te entendo, penso sobre o mesmo.

O trabalho toma conta, a rotina vira um fardo, sua criança interior é silenciada por um adulto que anda por aí com um notebook que mais viaja pela Faria Lima do que pelo mundo (como eu imagino ser a real vida de uma mochila, que vida chata essa de só pegar o terminal do seu bairro e destinar até um lugar cheio de concretos e luzes brancas que nos dão dor de cabeça).

Não que a vida profissional não seja interessante, pelo contrário, precisamos desse universo para nos mantermos vivos. Ou será que precisamos mesmo?

Mas o ponto, querida pessoa, é que a gente tem deixado de ser quem a gente é por cansaço, por despriorização e por coragem. Acima de tudo, por
CO-RA-GEM.

Eu não curto tanto Black Mirror, aquela série famosa da Netflix (ou melhor, Streamberry?! rs) porque tenho medo, confesso. Me toca em pontos que eu, sinceramente, prefiro não assistir. Porém, por querer agradar meu companheiro, topei assistir ao primeiro episódio que ele garantiu ser leve. E foi mesmo. Tão leve que me trouxe até aqui. A necessidade de escrever sobre o quanto não somos nós mesmos, o tanto que somos influenciados, o quanto ao longo da vida perdemos nossa essência e o tanto como os humanos ao nosso redor possuem segundas intenções. E o quanto nossa intuição resolve tudo isso.

Você já se pegou concordando com alguém por pura convenção? Você já se viu conversando com aqueles que mais ama depois de um dia "estressante" de trabalho? Alguma vez você já leu o "Termo de Compromisso" que assina todos os dias na sua vida? Esse foi o choque que Joan me causou.

O tanto que ela age por convenção, o tanto que ela não percebe os detalhes bons da própria vida, a fuga do seu real ser... É realmente assustador olhar para a própria vida como um espectador e se dar conta de que aquela história não é a que você gostaria de contar.

Olhar para o espelho dói, mas nos faz crescer e retomar o próprio eu.

O que quero propor aqui é uma reflexão amorosa, olhe para o passado, pense no futuro, mas encare o presente como um presente, mesmo.

A todos os instantes temos oportunidades para sermos os personagens principais da cena, e não figurantes. E não que os figurantes não sejam importantes, eles apoiam o herói em sua jornada, mas quem toma as decisões... Bem, você sabe quem toma as decisões!

Então, para encerrar, separei alguns primeiros passos que tem me ajudado a retomar as rédeas da minha própria história:

Conexão com seu eu criança

Quais eram os passatempos que te faziam feliz? O que você queria ser quando era criança(sabe, tipo, ser astronauta, jogador de futebol, sei lá, qualquer coisa)? Bem, pegue essas perguntas iniciais e pense como poderia encaixar na sua vida atual.

Lembre quem você era e se pergunte o que lhe fazia feliz.

Tomar decisões diferentes das que tomaria

Você sempre faz o mesmo caminho, eu sei. Mas, que tal tentar pegar um ônibus diferente, uma rota alternativa. Ou até mesmo solucionar um problema no trabalho de outra forma.

Saiba ser criativo e encontrar rotas diversas para chegar no mesmo lugar.

Reorganize a agenda

Gosta de desenhar mandala, ler sobre horóscopo, acompanhar a bolsa de valores? Mas, não tem tido tanto tempo para isso? Isso é simples: é como pagar as primeiras contas e ver o que sobra para o caixa de emergência. Só que, nesse caso, as contas que se pagam primeiro são suas contas de lazer.

Se você sabe que não abre mão do passeio com o pet de manhã, coloque isso na agenda, e, a partir disso você segue encaixando suas outras tarefas.

Siga sua intuição

Acha que deveria conversar com ciclano ou fulano? Vai. Pensa que fazer assim é melhor do que fazer assado? POIS ASSE, QUERIDA PESSOA.

O importante é seguir o que é moralmente ético e correto, sem infligir a liberdade do outro. E claro, respeitando os seus próprios limites. Mas, sabe aquela voz que às vezes vem conversar com a gente dando dicas ótimas?

Escute-a.

Querida pessoa, obrigada por ficar até aqui. Obrigada por presenciar o primeiro passo do meu novo roteiro.

E olha, ele promete.

Até a próxima, beiju!