Mais agressiva e potente, o que esperar da Fórmula 1 de 2022; Chega mais
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Mais agressiva e potente, o que esperar da Fórmula 1 de 2022; Chega mais

Com regulamentos atualizados e carros remodelados a temporada regular da F1 volta no dia 20 de março e tá recheada de novidade, se liga

Raphael Alves Medeiros
5 min
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Com novo regulamento e carros remodelados a Fórmula 1 volta no dia 20 de março e trará muitas novidades para os grids

Após um ano de polêmicas, rivalidades, confusões e decisões inexplicáveis, a Fórmula 1 trouxe um gostinho do que sentimos falta nos últimos anos. Gasolina no ar- o benzeno deixando todo mundo doidão (!),  cheiro de borracha queimada e muita rivalidade, é o que podemos esperar para a temporada de 2022 da elite do automobilismo mundial. Nesta lista, vou explicar um pouco do que muda na Fórmula 1 para a temporada regular, que deve iniciar no dia 20 de março de 2022.

Mudanças nas escuderias:

A Mercedes, octacampeã mundial no campeonato de construtores, não renovou o contrato do finlandês Valteri Bottas e assumiu o compromisso com o inglês George Russell.

Bottas será o substituto de Kimi Räikkönen na italiana Alfa Romeo, que sofreu uma substituição total de pilotos. A escuderia anunciou também o piloto chinês Guanyu Zhou, que será o primeiro piloto chinês a correr na categoria.

Com a confirmação de Russell na Mercedes, a Williams precisará de alguém para ocupar o espaço deixado pelo jovem piloto. Quem melhor para encarar esse desafio que Alexander Albon? Ninguém! Após um ano de ausência na F1, Albon, de 25 anos, que era piloto reserva da Red Bull durante a temporada de 2021, enquanto também competia no campeonato alemão de carros de turismo, retorna em 2022 para reviver a atmosfera das pistas em uma nova casa. Ele comentou sobre a oportunidade de voltar ao cockpit.

“Quando você fica um ano fora da F1, nunca é certo que fará um retorno, então estou extremamente grato à Red Bull e Williams por acreditarem em mim e ajudarem em minha jornada de volta ao grid”, comentou Albon.

Outro abalo nas estruturas da F1 é a saída da montadora japonesa Honda como fornecedora de unidades de potência para a Red Bull e para sua equipe aliada, a Alpha Tauri, porém, nem tudo são lágrimas e saudades, a Red Bull foi rápida e adotou uma estratégia para segurar a montadora oriental como parceira. A criação da Red Bull Powertrains, que irá produzir as próprias unidades de potência com a supervisão da Honda, de forma que a união bem-sucedida entre a marca austríaca de energéticos e os japoneses continue.

O que muda nos GP’s:

A temporada de 2021 foi recordista na quantidade de traçados, participantes do torneio mundial, foram 22 GP’s no total, maaaas, 2022 está batendo na porta e traz 23 etapas em seu calendário, deixando o ano que passa comendo poeira.

Provas como os GPs do Canadá, Japão, Austrália e Singapura são esperadas para retornar após restrições de entrada e saída nos países pela Covid-19. O avanço da variante Ômicron deixa a cúpula da F1 preocupada e a FIA deverá fazer um anúncio oficial sobre a questão.

Provas que surgiram como substitutas para os cancelamentos dos traçados citados em 2020 e 2021 não serão mantidas, como os Prêmios de Portugal, Turquia e Estíria. O único evento que permanece no cronograma é o GP da Emília-Romanha, mantido graças a um acordo extenso do Liberty Media com o circuito de Ímola. O Catar, país-sede da Copa do Mundo em 2022, também está fora, mas retorna em 2023 em novo contrato que terá dez anos de duração.

Um dos grandes destaques da próxima edição é a estreia do GP de Miami, em circuito de rua organizado ao redor do Hard Rock Stadium, na cidade mais popular da Flórida.

A cereja do bolo, o que muda nos carros para a chamada Nova Era da F1:

Design do monocoque da 'era 2022'.                                                                      Créditos: Divulgação/FIA
Design do monocoque da 'era 2022'.                                                                      Créditos: Divulgação/FIA

A intitulada ‘Nova Era’ da tecnologia dos monocoques já deveria ter sido introduzida, porém, devido à pandemia da Covid-19, a introdução teve de esperar um pouco.

A mudança mais significante e esperada nos monopostos será o uso do efeito-solo, banido desde a edição de 1983 - edição que entregou o troféu de campeão mundial ao brasileiro Nelson Piquet. A aerodinâmica passa a ser mais “limpa” e justa: as asas, tanto dianteiras quanto traseiras, serão simplificadas; os barge boards, estruturas da lateral dos carros, serão completamente eliminados; os sidepods, entradas laterais de ar, também terão de ser remodelados; na dianteira, o bico se torna ainda mais baixo e agressivo, com um perfil que não era visto desde os anos 1990, tudo isso traz de volta um modelo mais agressivo de direção, coisa que todos sentíamos falta na categoria.

A consequência da soma de um novo regulamento com a aerodinâmica simplificada é absurda e trará mais velocidade aos carros, juntamente a curvas mais velozes também. Cálculos da Fórmula 1 preveem que o carro de 2022 no ar sujo terá 86% do down-force que teria no ar limpo. Com os carros atuais, esse número cai para apenas 55%.

Por fim, a última mudança relevante é no tamanho dos pneus, que passam a ser de 18″ em vez de 13″, semelhantes aos introduzidos na Fórmula 2 em 2020. A Pirelli segue como a fornecedora oficial de pneus para a Fórmula 1.

Resumo da ópera: podemos e devemos esperar um torneio eletrizante, com muita emoção e corridas desafiadoras nesta temporada, os entusiastas do esporte motor podem ficar felizes, a Fórmula 1 volta já.

Texto originalmente publicado na https://www.gazetaweb.com/.

Ps.: Adaptei algumas coisas pela liberdade da publicação.