Política, religião e futebol se discutem sim. E eu posso provar!

Debates podem ser desgastantes, mas não são necessariamente negativos. É possível debater sobre todo e qualquer assunto pacificamente. Até mesmo os polêmicos. É possível defender uma causa justa, lutar pelo que se acredita e resistir contra aquilo que não se apoia, de forma ordeira e não destrutiva.

O debate permite a formação de novas e, com sorte, melhores perspectivas. O debate tende a provocar mudanças. O debate gera solução de problemas. O debate contribui para que erros cometidos não se repitam. O debate favorece a evolução.

O debate constrói. Enquanto o consentimento estagna.

A exemplo do grande líder da luta contra o racismo: o pastor Martin Luther King. Esse homem inspirador foi o responsável por liderar milhares de pessoas na busca por direitos iguais aos negros norte-americanos, cuja história ultrapassou as fronteiras e influenciou pessoas em todo mundo.

Luther King e seus liderados empreenderam uma luta pacífica, incluindo a desobediência civil - contra as leis injustas sofridas na época, sem o uso de qualquer tipo de violência, mesmo sendo submetidos a diversas formas de agressão pelos seus opressores.

O final dessa história nós já sabemos. Luther King foi assassinado durante um discurso, e pagou com sua própria vida o preço de lutar por uma causa justa. Mas, a sua morte não foi em vão.

Em suas próprias palavras, disse: “Como qualquer um, eu gostaria de viver uma vida longa. A longevidade tem seu lugar. Mas eu não estou preocupado com isto agora.”. Luther King doou a sua própria vida por um bem maior.

Uma vez li um livro sobre um outro homem revolucionário, que também entregou a sua vida mais de 2000 anos atrás, em prol de uma causa que não era nem a dele. Era a nossa. Esse homem também combateu leis sem sentido, e, enquanto viveu, levou seus ensinamentos aos homens. Ensinamentos estes que perpetuaram mundo afora, mesmo depois de sua partida. 

Em um dos seus preciosos ensinamentos, ele disse: "não jogue pérolas aos porcos", se referindo, resumidamente, aos debates improdutivos. De acordo com ele, debater e tentar explicar algo a alguém não quer ouvir ou entender, é perda de tempo.

E o que essas duas histórias demonstram?

Que a questão não é se devemos ou não debater ideias e defender causas justas, mas sobre como o fazemos e com quem fazemos.

Posso concluir então, que quem disse uma vez que "política, religião e futebol" não se discutem, estava redondamente enganado.

Então, não, você não tem que se curvar e concordar com o que não te representa. E, sim, você possivelmente sofrerá retaliações e perseguições em função disso. Mas esses dois grandes homens demonstraram com suas histórias e sua coragem, que vale a pena lutar por causas justas e sem qualquer uso da violência.

"Chega um momento em que temos de tomar uma posição que não é nem segura, nem política, nem popular, mas que deve ser tomada porque a consciência lhe diz que isso está certo." 

#posicionamento #debate #liberdadedeexpressão