Uma carta às mulheres solteiras. E aos homens também.

Recentemente, no Instagram, recebi um desabafo de uma mulher de 35 anos, que deseja se casar e construir uma família, mas tem encontrado dificuldades porque faltam homens. Então perguntei se essa era a realidade das demais mulheres solteiras e a maioria respondeu que sim.

A questão não é exatamente a falta de homens, mas a falta de "homens de qualidade". Segundo algumas delas, muitos homens não têm a maturidade e estabilidade (em todas as áreas possíveis: financeira, emocional, espiritual) que uma mulher espera. E, de fato, as mulheres esperam uma certa estrutura de seus parceiros, o que significa, entre outras coisas: independência financeira, estabilidade emocional, firmeza, segurança, confiabilidade e maturidade. Características realmente não tão fáceis de encontrar hoje em dia.

Entretanto, alguns homens também comentaram sobre o seu ponto de vista, dizendo que muitos  bons pretendentes são deixados na zona da amizade, jogados para escanteio ou completamente “descartados”, muitas vezes, sem um bom motivo aparente, que nem mesmo a mulher consegue entender ou explicar - quanto mais o homem.

E é esse o ponto que pretendo abordar a seguir: Afinal de contas, por qual razão muitos bons pretendentes - homens e mulheres, continuam solteiros?

A primeira possível razão:

1) Nós mulheres, IDEALIZAMOS e ROMANTIZAMOS demais sobre o que é o amor.

Falo isso também por experiência própria, porque a muitos anos atrás, quase fui uma vítima dessa idealização.

Por anos a fio, desde a nossa infância, nós somos bombardeadas por filmes românticos, amores impossíveis (que o cinema fez tornar “possível”) e príncipes encantados montados em um cavalo branco.

Nós nos apaixonávamos pelos personagens e sonhávamos com o dia em que o nosso príncipe chegaria.

E, sem perceber, nós começamos a buscar nos homens reais, características de personagens fictícios: homens bonitos, doces, meigos, românticos… homens perfeitos e, por que não dizer até mesmo, homens afeminados*? (*O que é um grande problema, mas esse é um assunto para depois).

Nós começamos a procurar na vida real, homens irreais…

E ao deparar com a realidade, muitas vezes o choque vem: “Ele não é como eu sonhei.” ou “Ele não preenche todos os meus requisitos.”.

Mas, Dani, qual o problema de sonhar alto e querer essas características em alguém?

A resposta é: Depende.

A sua expectativa em um homem corresponde ao que você tem a oferecer a ele?

O grande e principal problema, ao meu ver, é quando você exige do outro, algo que você mesmo não consegue atingir.

- Você quer um homem maduro, mas é imatura.

- Você quer um homem estável, mas é inconstante.

- Você quer um homem romântico, mas é grosseira.

- Você quer um homem correto e organizado financeiramente, mas vive devendo os outros e gastando mais do que pode.

- Você quer um homem “sarado”, mas não cuida de si mesma.

- Você quer um homem engraçado e agradável, mas só fica de mau humor e cara fechada.

- Você quer um homem, mas ainda age como uma adolescente.

Se você é uma mulher cristã, lembre-se de que a base para buscar qualidades em um homem, não deve ser os filmes hollywoodianos, as novelas mexicanas e muito menos as globais, a nossa base deve ser a Bíblia. 

Quanto mais íntima da Palavra de Deus, melhor você entenderá as qualidades que deverá buscar em um homem e, mais importante ainda, mais você conhecerá as qualidades para se tornar uma boa mulher.

Existe um poema que parece ser do Mário Quintana, que resume o que quero dizer:

“O segredo não é correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você." E eu penso que as coisas são simples assim...

E se você mulher, compreende que está fazendo a sua parte (cuidando do seu jardim) e que, portanto, pode exigir mundos e fundos de um possível pretendente, ainda assim, eu te digo: CUIDADO!

Não existe homem perfeito, não existe ninguém perfeito. Cabe a você avaliar quais qualidades você mais valoriza e com quais defeitos você consegue lidar. Talvez o amor da sua vida está muito perto de você, e você está aí idealizando algo que pode nunca acontecer e “descartando” as boas e reais opções ao seu redor.

Segunda possível razão:

2) A figura masculina vem sofrendo fortes e constantes ataques ao longo das últimas décadas.

Com o avanço do movimento feminista, os homens vêm sendo sucessivamente atacados, desmoralizados e, portanto, enfraquecidos. Isso porque as feministas colocaram todos eles em um único “pacote”, afirmando, entre outras coisas, que todos são machistas, opressores, abusadores, violentos, descompromissados, beberrões, inúteis e preguiçosos, e, por isso, quem é que precisa deles?

Esses termos caracterizam sim uma parcela dos homens - mas não todos eles. Assim como existem homens violentos, preguiçosos, descompromissados e afins, também existem mulheres, porque a questão não é o gênero ao qual o indivíduo pertence, mas o seu caráter. Portanto, a generalização é um grande problema.

Outro problema é a banalização crescente de termos como machismo, opressão e assédio. Um simples elogio pode ser considerado assédio. Pagar a conta do jantar, abrir a porta do carro, ou oferecer o seu lugar pode ser considerado machismo. Se o homem toma a frente em uma relação, ele é um opressor. Se ele deixa a mulher resolver tudo, ele também é um opressor. Se ele não gosta que a mulher frequente determinado lugar, faça determinada coisa ou se vista de determinada forma, ele também se torna um machista. Mas se a mulher não gosta de algo, ai dele se não obedecer! Afinal, "é a mulher que manda".

Que homem não fica confuso com tudo isso?

Não satisfeitas em atacar a imagem masculina, as feministas propõem uma dominância das mulheres sobre os homens e não apenas uma igualdade como muitos pensam. Igualdade fantasiosa, por sinal, porque ambos são naturalmente diferentes em vários aspectos: biológicos, genéticos, fisiológicos e, afinal de contas, NÃO SE PODE VENCER A NATUREZA, já dizia o CIENTISTA e filósofo Francis Bacon. #vivaaciência (risos)

Então, para conquistar essa dominação, o movimento feminista passa a incentivar as mulheres a se portarem como homens (curioso, não!?). Primeiro elas dizem que os homens não prestam, que não são necessários e que devem ser aniquilados, e, em seguida, elas querem se vestir, falar e agir exatamente como eles. Vai entender...

Essa filosofia, que ganhou força através da ideologia gênero e do movimento LGBT, cujos extremismos têm sido cada vez mais difundidos, incentiva, entre outras coisas piores, que não apenas as mulheres ajam como homens, como também os homens ajam como mulheres e desenvolvam o seu "lado sensível". Ou seja, ao passo que a mulher deve se "fortalecer", o homem deve se "enfraquecer", e se ele não o fizer, volta a pertencer àquele grupo machista e opressor citado anteriormente. Simples assim.

Obviamente, tudo isso gerou uma grande confusão, que influencia a nossa sociedade e a nossa forma de comportar e relacionar, mesmo que inconscientemente. 

No caso das mulheres, muitas acreditaram na falácia de que “nenhum homem presta”, até mesmo sem ter vivido qualquer experiência negativa. Outras viram ou viveram uma experiência ruim e passaram a acreditar que todos os outros homens fariam igual. Outras tantas caíram na ideia de que não “precisam” dos homens, muito menos de filhos, e que podem se virar muito bem sozinhas, então se concentram nos estudos e na carreira e, quando percebem a solidão, o tempo já passou.

Veja bem, nada contra a escolha individual e consciente de cada um, houve um tempo em que eu inclusive quis isso para a minha vida. Queria trabalhar, viajar o mundo e morar com um cachorro (risos). Mas o meu temor me fez buscar conhecer a vontade de Deus e quando entendi que os planos Dele eram completamente diferentes dos meus, eu decidi obedecer. E jamais me arrependi.

E quanto aos homens? Depois de tantos ataques, uma geração de homens fracos, medrosos e sem iniciativa vem surgindo. Muitos deles se sentem desencorajados a dar o primeiro passo. Outros se sentem intimidados pelas mulheres. Outros tantos têm medo de cair na cilada de se relacionar com mulheres ditas “livres, empoderadas e independentes” e, por isso, se afastam. Há quem chame isso de fraqueza, eu chamo de inteligência.

Em 2017 uma mulher declaradamente feminista, chamada MC Carol terminou um relacionamento de anos alegando que “é impossível ser feminista e casada”. Will Smith, para não se separar ou assumir a traição de sua esposa Jada, outra feminista, se submeteu ao relacionamento aberto (quando os cônjuges se relacionam sexualmente com outro). Whinderson Nunes e Luiza Sonza, também declaradamente feminista, se separaram por motivos controversos. Johnny Depp está enfrentando a sua ex-esposa Amber Heard, uma militante feminista, alegando ter sido falsamente acusado de violência doméstica.

Esses são os só alguns dos incontáveis exemplos de casamentos, relacionamentos e famílias destruídas por causa das ideias feministas. Então, se eu fosse homem, certamente teria medo de me relacionar com uma mulher influenciada pelo feminismo. E como mulher, sobretudo, como mulher cristã, se eu fosse solteira, da mesma forma jamais me relacionaria com um homem influenciado pelo feminismo, porque quão confortável seria para ele que eu tomasse todas as decisões e me responsabilizasse por qualquer problema causado por elas, que eu trabalhasse mais e colocasse mais dinheiro em casa, ou ainda, que eu defendesse a liberdade sexual (para que assim ele pudesse se relacionar fora do casamento), entre outras bizarrices defendidas pela ideologia feminista.

E se você é cristã como eu, após um simples exercício de leitura, estudo e interpretação bíblica, é possível  chegar à conclusão quanto a quem possui o papel e responsabilidade mais árdua em um casamento. E sim, mulheres, este papel pertence ao homem. Portanto, uma mulher inteligente jamais gostaria de assumi-lo ou de casar-se com um homem que quisesse invertê-lo.

Bom, para concluir, é fato que FALTAM SIM bons homens no mercado… MAS faltam também boas mulheres.

Moças, não se enganem, muitos bons pretendentes estão lá fora buscando boas mulheres e não as estão encontrando.

E o que eu quero dizer com isso? Que se você for ou estiver se esforçando para ser uma boa mulher, têm um bom homem procurando por você.

Então, aqui vão alguns conselhos:

1) NÃO DESANIME! Encontrar a "pessoa certa” é sim desafiador, mas, muitas vezes, nós  dificultamos as coisas.

2) SEJA CRITERIOSA E PRESTE ATENÇÃO NOS SINAIS! Os sinais para descobrir se um homem presta ou não, estão sempre lá, JAMAIS OS IGNORE. Mas cuidado para não idealizar uma perfeição inexistente ou exigir aquilo que nem você tem a oferecer.

3) MOVIMENTE-SE! O amor da sua vida não vai cair do céu! Então saia da toca, cuide de você, faça amizades, converse com as pessoas, seja agradável, uma hora a "mágica" acontece.

4) SEJA PACIENTE, MAS NÃO DURMA NO PONTO! Está interessada em alguém? Diga! Homens não são tão bons em perceber os sinais, como nós. Então seja clara e intencional, afinal, o não você já tem!

"Dani, mas eu não quero ser oferecida!" Querida, um homem sabe muito bem diferenciar uma mulher oferecida de uma mulher séria, e eu aposto que você também sabe. 

E por fim: CUIDADO PARA NÃO DEIXAR PASSAR AS BOAS OPORTUNIDADES. Escute, converse, DÊ UMA CHANCE e avalie os sinais, quem sabe não dá certo?

Para os solteiros cristãos que estão lendo, seja você homem ou mulher, busque a direção em Deus e na sua Palavra. E quando você se apaixonar, não deixe a cegueira do amor te atingir e não se case apenas por amor, porque as dificuldades da vida podem fazê-lo acabar. Mas se a sua base for Cristo, Ele o ajudará a escolher amar todos os dias e não haverá dificuldade alguma que o seu casamento não possa superar.

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