Na espera de uma vida, todo mundo está presente
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Na espera de uma vida, todo mundo está presente

Uma espera que dura uma vida. É muito tempo, né? Pois nossa espera é ainda maior. Ou talvez a vida seja muito breve. 

Pedro Galvão
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Uma espera que dura uma vida. É muito tempo, né? Pois nossa espera é ainda maior. Ou talvez a vida seja muito breve. 

Ao longo da nossa existência, lamentamos as injustiças que nos fizeram esperar até hoje. 

Desde a vez que não deixaram nosso Rei ser coroado e perdemos mesmo sem ser derrotados. Levantamos, encaramos, mas vieram os apitadores que fizeram alguns dos nossos perderem a fé. 

Aliás, parecia que até as divindades eram contra, quando a chuva atravessou nosso caminho, em São Caetano do Sul, adiando novamente a conquista que parecia certa. Tentamos com a magia de um bruxo, que foi capaz de enfeitiçar todo o continente, mas nessa outra causa, nossa grande causa, também foi em vão. 

O lamento passou de geração para geração. Ouvimos nossos pais, mães, avós e tias contarem tudo isso e vivemos na pele a zebra de 96, fomos dormir chorando em 99, nos afogamos nas expectativas em 2001 e vivemos os piores pesadelos durante quase uma década... fomos felizes, passamos de raiva, vibramos, xingamos, fizemos contas, desanimamos, tropeçamos, chegamos perto, desconfiamos, mas sempre acreditamos.

Esse dia chegou. Valeu esperar cada segundo. Cinquenta anos é pouco perto da nossa paixão e da nossa fé e o único lamento que sobrou agora é justamente pelos que participaram dessa história, mas não ficaram a tempo de ver o final. 

A vida é mesmo breve, mais do que deveria. Mas, se o Galo ensinou a gente a não desistir, o milagre que Eu Acredito hoje é que quem partiu antes da hora também está presente, de algum jeito, acompanhando tudo isso. Porque Nós Somos do Clube Atlético Mineiro e tudo aqui é imortal.

No jogo Atlético x América, fiz essa homenagem ao Rafa,&nbsp; atleticano, pai do meu amigo Murillo, que é cruzeirense. Rafa foi ao Maracanã ver o gol do Dadá em 1971. Esteve presente agora também. Mais sobre essa história aqui:&nbsp;<a href="https://www.itatiaia.com.br/noticia/torcedor-do-galo-ajuda-amigo-cruzeirense-a-homenagear-pai-que-sonhava-com-o-bi">https://www.itatiaia.com.br/noticia/torcedor-do-galo-ajuda-amigo-cruzeirense-a-homenagear-pai-que-sonhava-com-o-bi</a>&nbsp;
No jogo Atlético x América, fiz essa homenagem ao Rafa,  atleticano, pai do meu amigo Murillo, que é cruzeirense. Rafa foi ao Maracanã ver o gol do Dadá em 1971. Esteve presente agora também. Mais sobre essa história aqui: https://www.itatiaia.com.br/noticia/torcedor-do-galo-ajuda-amigo-cruzeirense-a-homenagear-pai-que-sonhava-com-o-bi