A crise das "inconsistências contábeis" de R$40 bilhões da Americanas está começando a afetar os bancos que são credores da companhia. Eles planejam iniciar uma batalha judicial contra a varejista. Ainda é necessário uma apuração mais detalha...
A crise das "inconsistências contábeis" de R$40 bilhões da Americanas está começando a afetar os bancos que são credores da companhia. Eles planejam iniciar uma batalha judicial contra a varejista. Ainda é necessário uma apuração mais detalhada para determinar se houve erro, omissões ou até fraude na divulgação das informações nos balanços divulgados aos acionistas e ao mercado. | ||
O primeiro a buscar a Justiça foi o BTG, que recorreu da liminar obtida pela empresa na última sexta-feira, 13, que protege a varejista do vencimento antecipado de dívidas dos credores pelo prazo de 30 dias. Durante o sábado, o banco entrou na briga ao argumentar que a liminar determina ilegalmente o estorno de um pagamento e que "fraude contábil não é função social legítima, merecedora de proteção da lei". De acordo com o BTG, o ato "deve ser punido severamente, com suas potenciais consequências criminais". | ||
Outras instituições financeiras devem entrar com medidas similares nos próximos dias, conforme noticiado pelo jornal Valor Econômico. Bradesco, Santander, Itaú, Safra e outros bancos também estão na lista com exposição às dívidas. Entre a lista de credores, também está o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), que tem a receber R$ 2,4 bilhões da varejista. | ||
Enquanto isso, as agências de classificação de risco Standard & Poor's e Fitch cortaram as notas de crédito da Americanas na última sexta-feira, 13. De acordo com a XP, uma recuperação judicial é a alternativa mais provável para a companhia. | ||
Enquanto isso, a temporada de balanços continua nos Estados Unidos, mesmo no feriado do Dia de Martin Luther King Jr. | ||
Os índices futuros nos EUA estão mostrando quedas nesta manhã, com o ETF EWZ recuando 0,37% no pré-mercado, enquanto o Nasdaq 100 Futuros recua 0,42%, o S&P 500 Futuros cai 0,22% e o Dow Jones Futuros apresenta uma queda de 0,12%. O preço do petróleo também está caindo, com o WTI Futuros caindo 0,76% para US$79,50 e o Brent Futuros caindo 0,61% para US$84,76. As ADRs da Vale (NYSE:VALE) estão caindo 0,16% antes da abertura, cotadas a US$18,40, enquanto as da Petrobras (NYSE:PBR) estão caindo 0,09%, a US$10,83. | ||
A Americanas se encontra em uma situação difícil, com a crise das "inconsistências contábeis" e ações judiciais dos credores. É importante observar como a situação evoluirá e como a empresa planeja lidar com essas questões. | ||
Algumas Notícias do Dia | ||
O Fórum Econômico Mundial, que acontece anualmente na cidade suíça de Davos, iniciou nesta segunda-feira com a participação de líderes econômicos e políticos de todo o mundo. Entre os participantes brasileiros estão os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente, Marina Silva, que discutirão temas relevantes para a economia global. | ||
De acordo com a Oxfam, organização independente sem fins lucrativos, a parcela dos 1% mais ricos do mundo concentrou quase dois terços dos recursos gerados desde 2020. A ONG sugerirá em Davos aumento de tributação para os "super-ricos" como forma de combater a desigualdade econômica. | ||
Já economistas consultados pelo Banco Central prevêem inflação mais elevada e crescimento econômico menor no Brasil em 2023, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira. | ||
Empresas | ||
A produção do navio-plataforma Guanabara, localizado no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, alcançou a capacidade máxima de 180 mil barris de petróleo por dia, segundo a Petrobras (BVMF: PETR4). A produção iniciou há oito meses. | ||
A Vale (BVMF: VALE3) irá realizar o pagamento de juros e principal das debêntures da oitava emissão no valor total de R$ 123,8 milhões. | ||
A Nubank (BVMF: NUBR33) teve alguns de seus fundos nas "Caixinhas" reservadas aos clientes afetados pela crise enfrentada pela Americanas, onde a rentabilidade chegou a ficar negativa devido a investimentos em crédito privado e debêntures da varejista. | ||
O Banco do Brasil (BVMF: BBAS3) anunciou a nomeação de Tarciana Medeiros como nova presidente, tornando-a a primeira mulher a liderar a instituição financeira. A saída do presidente Fausto Ribeiro foi publicada no Diário Oficial. |