Abraham os olhos para não trocarem um traidor por outro
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Abraham os olhos para não trocarem um traidor por outro

Bolsonaro escolhera Tarcísio Gomes de Freitas para candidato ao governo de São Paulo, e não ele, Abraham Weintraub...

HS Naddeo
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Desde sempre São Paulo é o principal estado do Brasil em quase todos os quesitos. Não é maior territorialmente, mas é o mais industrializado, o centro econômico do país, o mais populoso e mais desenvolvido. O apelido de "locomotiva do Brasil" não é à toa, nem exagero. É a segunda arrecadação do país ficando atrás apenas da própria União, respondendo por nada menos do que praticamente 40% de tudo o que se arrecada de impostos.

Fonte: https://impostometro.com.br/
Fonte: https://impostometro.com.br/

Há quase 30 anos São Paulo é governado pelo PSDB, começando por Mario Covas em 1995, passando por José Serra, Geraldo Akckmin e agora João Dória. O que se viu paralelo ao desenvolvimento de uma economia que cresce, apesar do governante de plantão, foi o crescimento do aparelhamento do estado pelo PSDB e corrupção, muita corrupção com zero punição, acobertada, também desde sempre, por um judiciário conivente que hoje em dia sabemos exatamente como funciona.

Todo governador de São Paulo é, em tese, candidato à presidência da república. Governar São Paulo é uma espécie de vestibular para quem quer presidir o Brasil, e o político paulista que tem esse desejo sabe que este é o caminho, o que, no entanto, não significa que vá chegar lá.

Nesse aspecto, João Doria não é exceção. Ambicioso, arrogante, autoritário, achou que apenas o fato de governar São Paulo seria o suficiente para alçá-lo à condição de forte concorrente ao cargo, e para tal adotou a estratégia de se opor frontalmente a Bolsonaro, cuspindo na aliança que fez com ele para se eleger governador. João Doria não esperou um mês para trair Bolsonaro, nem uma semana. Colocou-se como opositor a partir de sua posse, e foi um dos muitos governadores que trabalharam mais para obstruir o governo federal do que pelos estados que governam. Bolsonaro virou um fetiche para esses governadores, e Doria fez questão de capitanear essa oposição.

A pandemia foi uma grande oportunidade para sacanearem ao máximo Bolsonaro, aproveitando-se da autonomia que o STF concedeu a estados e municípios para gerenciarem a crise sanitária como bem entendessem, além de gastarem como quisessem as fortunas que o governo federal foi obrigado a enviar para custear esse gerenciamento. O que se viu foi escândalo atrás de escândalo em todo canto do país, não sendo diferente com São Paulo. Doria agiu como um ditador, fechou o estado, quebrou empresas, quebrou empresários, destruiu a vida de centenas de milhares de pessoas e se alinhou à China para que está viesse a se aproveitar da desgraça que ele promoveu.

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Doria traiu Bolsonaro, traiu os paulistas que o elegeram, e traiu o Brasil. Vai abandonar o governo antes de terminar seu mandato, tal qual fez quando era prefeito da capital paulista, para se aventurar em uma candidatura presidencial que, considerando eleições legítimas e honestas, já nasceu morta. O que ele ganha nessa aventura ninguém sabe, mas é praticamente certo que ele não seria reeleito para o governo de São Paulo se tentasse se manter no cargo por mais 4 anos.

Abraham Weintraub era um mero desconhecido da população brasileira. Escolhido por Bolsonaro para comandar o ministério da educação fez uma gestão tão eficiente quanto polêmica. Bateu de frente com a imprensa, com funcionários do ministério, com reitores de universidades, e acabou saindo do governo por ter dito em reunião ministerial (vazada pelo ministro Celso de Mello a pedido de Sérgio Moro) que os ministros do STF deveriam ser todos presos. A polêmica foi tão grande que sua permanência no governo ficou insustentável, além do risco de ser preso a mando do STF pelas declarações que fez. Foi retirado do governo e imediatamente conduzido por Bolsonaro a um cargo no Banco Mundial nos Estados Unidos, ficando livre do risco de prisão e muito bem empregado.

Mesmo morando fora, Abraham não se afastou das questões políticas do Brasil, muito menos das polêmicas. Transformou-se em celebridade nas redes sociais com declarações sempre contundentes e, claro, muito polêmicas, e foi elevado à condição de pré-candidato a qualquer cargo pelos internautas, pra para senador, ora para governador de algum estado. A notoriedade alcançada fez com que ele mesmo passasse a acreditar nesse potencial eleitoral, quando, a partir de então, passou a tecer críticas, inicialmente veladas, ao presidente que o tirou do anonimato e depois o tirou do Brasil para não ser preso.

De volta ao Brasil deparou-se com a confirmação de que Bolsonaro escolhera Tarcísio Gomes de Freitas para candidato ao governo de São Paulo, e não ele, Abraham Weintraub, como pretendia. Essa escolha, associada ao fato de que a comoção com seu retorno foi infinitamente menor do que ele imaginava, tornou seu sonho muito mais difícil do que seria mesmo com o apoio do presidente. A partir de então passou a fazer insinuações e declarações com críticas ácidas ao presidente e ao governo, e se não teve a audácia de se colocar como opositor, já não tem mais coragem de se postar como apoiador.

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Os paulistas tem uma escolha fácil de fazer nessas eleições. Ou elegem Tarcísio Gomes de Freitas e alinham o estado ao governo federal - obviamente apostando na reeleição de Bolsonaro - ou entregam o estado à esquerdistas ou traidores que durante esses quase 4 anos trabalharam fortemente para que o governo federal não pudesse promover o desenvolvimento do Brasil e também para desgastar a imagem do presidente e do próprio país de olho nas eleições desse ano.

Não é incomum que haja muitas traições no jogo político. Muitos são os interesses, muitos são os grupos interessados, mas, quase nunca, esses interesses e interessados tem o Brasil ou os brasileiros como foco principal, muitas vezes nem secundário. Bolsonaro foi um ponto fora da curva na política brasileira na sua eleição, um azarão que surpreendeu seus adversários e depois de eleito surpreendeu o Brasil e o mundo. Reconduzí-lo à presidência é avançar em uma agenda que acabou com a corrupção no governo federal e que reduzirá a esquerda ao tamanho que ela realmente tem. Mas não bastará apenas reelegê-lo. Será preciso que o povo escolha o máximo de governadores, senadores e deputados federais que o apóiem. Só então daremos um grande passo adiante como país e como nação.

Não há mais espaço para bandidos egocêntricos, candidatos egóicos e personagens traidores. Precisamos nos livrar deles de uma vez por todas.

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