Brasil: de narco-estado à narco-nação
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Brasil: de narco-estado à narco-nação

Passa da hora de tirarmos as vendas dos olhos e enxergar o cenário feio como ele é. E é muito feio.

HS Naddeo
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Felizmente esse caminho ainda não está completo. Porém, é esse. E o único obstáculo atende pelo nome de Jair Bolsonaro. No cenário atual, qualquer outro nome que se candidatar à presidência, inclusive do ex-juiz, leva a esse caminho. Não adianta nada fingir atacar o tráfico na operação e ao mesmo tempo proteger as autoridades envolvidas com ele como se fossem coisas distintas, pois, dando certo, num dado momento nem combate às operações do tráfico aconteceriam mais, e aí teremos nós transformado em uma narco-nação.

Mas qual a diferença entre narco-estado e narco-nação? É muito simples. Narco-estado é aquele no qual o tráfico de drogas está infiltrado na política e no judiciário, interferindo legalmente, e essa é a grande jogada desse povo, nas decisões do país. E nós transformamos em uma narco-nação quando as drogas são incorporadas ao cotidiano das pessoas, primeiro descriminalizando o consumo, depois o cultivo, depois a comercialização.

Mesmo tendo um presidente opositor a essa narco-agenda, que não é só brasileira, é mundial, já estamos avançados na implementação dela. Prova disso, por exemplo, é que em um dos canais de sucesso no YouTube, um dos apresentadores, fuma maconha diante dos entrevistados, faz apologia ao uso de drogas, e tudo é tratado na maior normalidade do mundo, por quase todos, entrevistados e audiência. E é esse tipo cada vez mais crescente de leniência que nos levará a ser uma narco-nação de fato. Em outros tempos, esse estúdio já teria sido mapeado pela inteligência da Polícia Federal e recebido uma carreata de Uber Black em dia de gravação.

Durante a pandemia o STF soltou mais de 35 mil presos, a pretexto sabe-se lá de que, ou porquê, ou quem sabe até por quanto. Tiraram bandidos das cadeias para não pegarem Covid, sendo que nos presídios, até a última informação que eu tenho, o índice de contaminação pelo flango flito foi menor do que do lado de fora deles. Entre os libertados, diversos líderes das facções criminosas, sendo André do Rap o mais famoso deles, ou pelo menos o que mais repercutiu. Mas não fica nisso, claro. As evidências do poder do crime organizado se espalham pelas instâncias do judiciário e do legilslativo, havendo inclusive parlamentares eleitos com dinheiro do tráfico e agindo como legítimos representantes dele. Quer mais? Ninguém explicou porque o ministro Fachin, em nome da pandemia, proibiu ações policiais apenas nas favelas do Rio de Janeiro. Por que só no Rio de Janeiro? Os milhões de moradores de outras favelas do Brasil não pegam flango flito? São imunes? O vírus não gosta deles?

Lula e José Dirceu não foram soltos apenas porque teriam o que dizer contra ministros do STF. Ele foi solto porque essa gente precisava deles para liderar o enfrentamento a esse governo e a essa agenda maldita. Basta ver como o tema das drogas está presente nos discursos de Lula. Basta ver como ele entende e trata a criminalidade de modo geral.  Basta ver as alianças que ele está fazendo, com quem anda falando, quem ele anda apoiando, exemplo disso Marcelo Freixo ao governo do Rio de Janeiro.

A esquerda no congresso defende aberta, raivosa e insistentemente as pautas que estão ligadas à ruptura social que leva à facilitação para que o que entendemos como crime deixe de ser crime, defesa essa que encontra eco também na cabeça de muitos magistrados: descriminalização das drogas, aborto, destruição da família, transformar pedofilia em doença ao invés de crime, proteger estupradores, desarmamento, fim das polícias, e por aí vai. Tudo isso fazendo parecer aos incautos que trata-se de progressismo, de esquerdismo, quando não passa de puro banditismo praticado no seu mais alto grau. E não agem sozinhos. Instituições como a OAB e diversos procuradores da república não apenas endossam como dão suas contribuições para que a sociedade fique à mercê da bandidagem.

Veja de quem são amigos esses defensores da transformação do Brasil em uma narco-nação: Venezuela, Bolívia, Cuba, FARCs colombianas, todos envolvidos com tráfico internacional de drogas, armas, pessoas e órgãos humanos. Um ministro do STF teve a coragem de afirmar que a Venezuela é uma ditadura de direita.

Todas as vozes conservadoras e de direita estão sendo caladas, censuradas pela imprensa, pelas plataformas de redes sociais e pelo próprio judiciário através de inquéritos e ações ilegais e inconstitucionais, sem que a OAB ou o ministério público tenha saído em socorro da legalidade. É normal?

Vimos a operação Lava Jato ser destruída diante de nossos olhos, com cobertura da imprensa, enquanto deputados e senadores criaram leis como a Lei de Abuso de autoridade, sentaram em cima de projetos como o fim do foro privilegiado e a prisão em segunda instância, e ainda tentaram obter controle sobre o Ministério Público através de um projeto de lei controverso que daria a um conselho composto também por políticos, com poderes até para anular processos retroativamente, tipo anular todas as operações da Polícia Federal e acordos de delação premiada. Felizmente não passou, a despeito de, na minha opinião, muita gente da direita ter defendido por entender o Ministério Público como inimigo, quando o verdadeiro inimigo, nesse caso, é o judiciário que acolhe qualquer palhaçada que esses procuradores fazem. Se o judiciário agir apenas pela lei, em defesa do povo, que é sua função, não haverá espaço para que esse "inimigo" seja bem sucedido nas suas empreitadas.

Passa da hora de tirarmos as vendas dos olhos e enxergarmos o cenário feio como ele é. E é muito feio.

Não sei explicar exatamente porque  poucos articulistas comentaristas tem falado tão abertamente sobre esse assunto quanto eu falei aqui. Talvez medo de represálias, cancelamento ou até porque não enxergam o tema da mesma forma que eu, que posso até estar errado, ou medo de cadeia mesmo, porque quem tem grande alcance na mídia, que não é o meu caso, fica mais sujeito a ser penalizado pelos agentes dessa agenda socialmente caótica.

Fiz um apanhado raso da situação. Comentei apenas sobre o que é comentável por qualquer um que consiga juntar A com B através dos fatos, mas o buraco é profundamente mais embaixo. Não dá para lidar com isso tudo somente com retórica. Tem que ter força e disposição para enfrentar o sistema, e quem se atreve a isso precisa ter o respaldo da maioria da sociedade, caso contrário será dominado pela minoria doutrinada e associada a todos esses movimentos que visam dar o último passo na direção de uma narco-nação através das eleições para presidente. E então digo novamente: hoje, só Jair Bolsonaro tem disposição para tal enfrentamento, e é por isso que querem a todo custo tirá-lo já da presidência do Brasil ou no máximo inviabilizá-lo para 2022. E arrisco dizer que a qualquer custo, inclusive a vida dele, como já tentaram uma vez.

Portanto, se você não quiser se transformar em um narco-cidadão de uma narco-nação governada por um narco-estado, amplie sua visão dos fatos e faça suas escolhas, pois o caminho imposto por essa agenda não tem retorno, ou só é possível ao custo de muitas vidas. Não custa lembrar que o ex-presidente da maior nação do planeta, além das fraudes eleitorais, sucumbiu ao sistema porque sua sociedade sucumbiu primeiro.

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