Você ainda acredita em uma saída institucional para o Brasil?

Há tempos costumo dizer que não vejo hipótese de uma solução para o Brasil que possa ser negociada através de acordos ou diálogos com essa gente que ocupa o legilslativo e judiciário. Isso significa que eu quero, necessariamente, uma intervenção militar ou um novo AI5 para resolver as coisas? Não. Mas não vejo outra saída que não passe por uma forte ruptura no sistema.

É ingenuidade imaginar que sairia das cabeças e votos dos atuais congressistas ou magistrados um caminho de consenso que atenda as expectativas do povo brasileiro. E chega a ser infantilidade acreditar que uma limpa através de eleições seja possível quando vemos a atuação do TSE com Luis Roberto Barroso na presidência e que ainda terá Alexandre de Moraes como seu substituto nas próximas eleições. Mas não fica nisso.

A reforma eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional inviabiliza qualquer possibilidade de que haja uma renovação significativa na Câmara dos Deputados, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores. Ao invés de eliminar, ou no mínimo diminuir, a interferência nefasta do coeficiente eleitoral, o câncer do processo que não permite que apenas os mais votados sejam eleitos, promove ainda uma verdadeira metástase, fazendo das eleições proporcionais uma doença praticamente incurável.

O único remédio viável para amenizar essa "pegadinha" seria não votar nem em determinados candidatos e nem nas legendas de determinados partidos. Mas isso não é nem utopia. É sonho mesmo. E com o regresso/retrocesso das infames coligações, basta um "Tiririca" para arrastar com seus votos uma penca de vagabundos que com seus próprios votos não conseguiriam ser eleitos nem síndicos dos prédios onde moram. É só dar uma espiada na bancada do PSOL do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados, composta por deputados que entraram na rabeira de Marcelo Freixo, que nem no PSOL está mais.

A situação é tão dramática que deveria ser proibido político falar em nome do povo. Da mesma maneira os atuais ocupantes das cadeiras do judiciário, que nem em nome da lei falam mais. Esses caras não têm a menor preocupação com povo. ZERO! A esmagadora maioria deles não sabe o que é favela, fome, desemprego, insegurança nas ruas, deficiências graves do sistema de saúde, falta de água potável, esgoto a céu aberto. Não sabem porque não vão às ruas.

Quando um ministro do STF foi visto andando em uma favela? Quando Rodrigo Pacheco, Rodrigo Maia, Renan Calheiros e seus comparsas foram vistos visitando alguma comunidade carente, andando em palafitas, interagindo com o povo nas ruas? Quando? Só conhecem isso tudo por matérias jornalísticas (a maioria irreais), fotografias e estatísticas. Somos apenas números pra eles, dados percentuais, sem empatia, sem noção do que é viver no mundo real que o brasileiro de verdade frequenta.

Esses políticos vagabundos aproveitaram a pandemia para tentarem virar heróis em cima dos 610 mil mártires vítimas de seus próprios descasos com a realidade do brasileiro que pega ônibus lotado todos os dias, que foi proibido de trabalhar e prover o sustento de sua família, que teve sua empresa quebrada, ficou endividado e sem a menor chance de se recuperar. Nenhum desses políticos ficou sem seus "serviçais" nessa pandemia, nem ficou sem salário e muito menos sem a chance de roubar, o que aliás fizeram como nunca com o dinheiro distribuído pelo governo federal.

Como acreditar que essas composições político e judiciária seriam as responsáveis para promover uma solução se são eles a causa do problema? Como acreditar em um sistema que prende deputado federal,jornalistas e presidente de partido por crime de opinião, que não existe no ordenamento jurídico do país? Qual a possibilidade de levar a sério um legilslativo cujo presidente do Senado tem causas bilionárias tramitando no STF e no qual uma CPI sobre saúde é presidida por um senador que é investigado por desvios de 260 milhões exatamente da saúde, e que tem como relator um senador campeão de processos por corrupção e lavagem de dinheiro?

É possível, até no maior dos devaneios, acreditar que um condenado em três instâncias, por um total de 10 juízes por ter roubado o Brasil durante 13 anos e meio seja a solução prometendo fazer tudo o que não fez enquanto esteve no e com poder? É crível que a solução possa vir através do ex-juiz que o condenou em primeira instância e agora propõe a ele um pacto de não agressão? É viável aceitar que candidatos de esquerda possam mudar positivamente os rumos do Brasil propondo um receituário vencido e que não deu certo em nenhum lugar do mundo aonde foi implantado, e sempre à força e às custas do sangue de quem se opõe a ele?

Se você acredita em Papai Noel, coelhinho da páscoa, fadas e duendes, talvez você consiga crer que os vagabundos que nos jogaram no buraco que nos encontramos serão os responsáveis por nos tirar dele. Eu não acredito nisso. E não consigo enxergar outro caminho que não seja reeleger Jair Bolsonaro em 2022, além de rezar muito, inclusive para que ele possa ser candidato à reeleição, pois o conluio do bandidtismo para que ele não seja é imenso. Ainda assim, ele, sozinho, não será a solução para o Brasil. A solução passa necessária e diretamente pelo povo brasileiro, esse sim capaz de mudar a nossa história e o nosso futuro. É só termos a coragem de tirar esse nariz de palhaço das nossas caras e virarmos cidadãos de verdade uma vez na vida.

Pior do quem um país onde o sistema político e judiciário engana as pessoas só um país onde o povo prefere enganar a si mesmo.

Se gostou compartilhe, comente, ajuda muito a coluna! Aproveite e inscreva-se na coluna e receba os artigos por e-mail, é de graça!

Twitter - @nopontodofato

GETTR - @nopontodofato

Telegram - t.me/nopontodofato