"Deixai vir a mim as crianças..."

Em Mateus 19:13-15, o complemento da frase dita por Jesus é "... Porque delas é o Reino dos Céus".

Ao autorizar que os ministérios públicos estaduais autuem pais que não querem vacinar seus filhos, o ministro Ricardo Lewandowski parece ter levado a sério a chacota que fazem contra os ministros quando se diz que eles se sentem deuses.

Para começo de conversa, que autoridade tem o estado para interferir nas decisões dos pais em relação a certos cuidados que eles têm com seus filhos? Por que esse tipo de decisão não impediu que tantas crianças como o menino Henry Borel ou Isabela Nardoni fossem vítimas de violência dentro de suas próprias casas? Citei estes dois nomes como exemplos mais conhecidos. Mas aonde estão o STF e os ministérios públicos estaduais quando tantas crianças no Brasil são vítimas de violência e morrem dentro de seus lares, ou são arregimentados pelo tráfico de drogas nos lugares onde moram, ou ficam sozinhas em casa o dia todo, muitas vezes sem o que comer, inúmeras vezes cuidadas por outras crianças porque seus pais precisam trabalhar?

Quem esses seres pensam que são para interferir na decisão de pais que preferem que seus filhos não corram os riscos de sofrer efeitos adversos de substâncias experimentais, sendo que as crianças de 5 a 11 anos não segnificam nem traço nas estatísticas de mortalidade pela doença vinda da China? Será que esses ministros mandariam o ministério público punir seus parentes próximos que preferissem não expôr seus filhos a riscos muito maiores do que a própria doença?

Quando Jesus disse que "delas é o reino dos céus" Ele não estava autorizando nenhum juiz a criar condições para que isso acontecesse mais rápido. Ele dizia que elas seriam acolhidas por Deus e não pelos ministérios públicos estaduais.

A permanente interferência do Supremo Tribunal Federal no cotidiano das pessoas faz com que essa corte se assemelhe cada vez mais a corte Bolivariana da Venezuela, na qual os ministros legislam em nome do legislativo e assinam embaixo de toda e qualquer medida que aprofunde o comunismo na Venezuela, sem se importar com crianças que morrem de inanição ou comem bichos e lixo para ter o mínimo para se alimentarem.

Não há como não culpar o legislativo brasileiro por essa onipotência escrota da suprema corte do nosso país. Ao longo de décadas os congressistas brasileiros não apenas fizeram vista grossa para o aparelhamento do judiciário, como foi o próprio senado que avalizou as indicações feitas pelo PT e que serviam, também e principalmente, para garantir a impunidade deles mesmos. E não há na nossa Constituição Federal outro instrumento para impedir que essas interferências indevidas encomendadas continuem acontecendo se não o próprio Senado Federal. É promíscuo.

Não adianta nada o ministro atender a solicitação do governo pedindo explicação aos Estados que vacinaram crianças irregularmente e, ao mesmo tempo, manter a orientação para que o ministério público puna os pais que decidirem não deixar que seus filhos tomem as malditas picadas. Pela idade que tem o ministro, possivelmente não estará aqui para ver as consequências da aplicação dessas substâncias nas crianças, cujos efeitos de longo prazo nem os próprios fabricantes fazem ideia. É uma decisão inconsequente de viés ideológico e zero ciência.

Talvez o ministro não saiba que além de políticos e juízes das altas cortes a população não pode recorrer ao Sírio Libanês ou ao Albert Einstein nas suas emergências cotidianas, muito menos utiizar jatinhos financiados pelos pagadores de impostos para se locomoverem em tais emergências. O grosso da população mal mal tem as UPAS para recorrer, e nem sempre o SAMU tem ambulâncias disponíveis para atender a urgência de uma criança absolutamente saudável que sofre um infarto aos 10 anos de idade horas após tomar um picada desnecessária como aconteceu em Lençóis Paulista, no interior paulista.

Ministros do STF não são deuses, e com a mais absoluta certeza não exporiam seus próprios filhos e netos ao risco que estão obrigando tantos país a correr.

O reino dos céus é uma garantia de Jesus às criancinhas. Quem faz mal a elas vai é para o inferno mesmo. Não há perdão para quem não perdoa o direito à pureza e à uma infância e crescimento saudáveis.

Gostou? Compartilhe! Ajude este conteúdo a chegar à mais pessoas. Inscreva-se na coluna! É de graça!

Twitter - @nopontodofato

GETTR - @nopontodofato

Instagram - @nopontodofato

Telegram - t.me/nopontodofato