Desde o início da pandemia vem sendo criado o ambiente para impedir que Bolsonaro possa se reeleger...
Nunca na história desse país uma candidatura à reeleição foi tão ameaçada como é a de Jair Bolsonaro. FHC "comprou" a emenda que permitiu a reeleição em 1997. Todo mundo sabia disso, imprensa, judiciário e oposição. E mesmo dentro desses grupos, quem falou e votou contra só o fez para aparecer na fita, especialmente o PT, uma vez que o partido já sabia que a reeleição era fundamental para que seu projeto de poder pudesse ser implementado. E se FHC não tivesse feito, o PT certamente faria, talvez, quem sabe, de forma até mais danosa, como, por exemplo, mais de uma reeleição. | ||
A emenda foi aprovada, FHC foi reeleito sabendo-se da maracutaia. Veio então 2002 e Lula foi eleito, com direito à reeleição. E mesmo sob o escândalo do mensalão ocupando o noticiário, Lula foi reeleito, afinal livraram sua cara naquele momento, além dos pedidos de desculpa que ele fez ao país dizendo-se traído. Já no meio de seu segundo mandato ventilou-se a hipótese de uma nova emenda que permitiria a Lula uma segunda reeleição. O assunto foi sendo tocado dentro do congresso até que, diante da rejeição, para mais uma vez aparecer bem na fita, o próprio PT fez de conta que partiu dele o encerramento da questão, porque a ideia não teria mesmo como avançar e fingir que não concordava era mais conveniente do que ser derrotado no plenário do Congresso Nacional. | ||
Surgiu então a gerentona Dilma, marionete de Lula cuja ideia era fazer um mandato sob tutela e devolver a Lula em 2014 a chance de voltar à presidência. Acontece que Dilma foi picada pela mosquinha da reeleição. Por que não teria ela o direito de se reeleger da mesma maneira que tiveram FHC e Lula? Por que não teria ela o direito de emplacar o mesmo tipo de estelionato eleitoral praticado por seu "criador"? E bateu o pé, criou uma forte cisão no PT, estremeceu sua relação com o próprio Lula, e foi adiante. Já era o início da Lava Jato, o pau comendo na imprensa, as evidências de que o escândalo faria do mensalão nota de rodapé, foi reeleita, o que mesmo com toda a desgraça causada ao país, felizmente durou pouco. Há rumores até de que o próprio PT e Lula teriam colaborado para a queda de Dilma, um castigo à sua teimosia. | ||
Essa introdução toda tem questões de fundo, que embasam a questão título desse artigo: aonde estavam o judiciário e o TSE em todos esses momentos? E a imprensa? Três reeleicões eivadas de vícios e cobertas de crimes e ninguém fez absolutamente nada para impedir que fossem levadas a cabo. Diferentemente do que vemos com relação ao atual governo, não houve um juiz sequer, de nenhuma instância, um mísero procurador da república ou advogado com amor à pátria que tenha proposto uma única ação para impedir que FHC, Lula ou Dilma fossem candidatos à reeleição. | ||
Jair Bolsonaro é ameaçado pelas instituições desde seu primeiro dia de governo. Os esforços para impedir que ele conseguisse concluir seu mandato começaram assim que a faixa presidencial foi colocada em seu peito. Participam desses esforços todos os que se calaram quando das reeleições anteriores: juízes de todas as instâncias, procuradores da república lotados em todo tipo de repartição, advogados, e a imprensa, a mesma imprensa que ainda outro dia denunciava os crimes de FHC, Lula e Dilma e encorajava os brasileiros a mudar o país através da exposição didática de como eles nos roubaram durante tantos anos. E a pior parte, todos eles trabalham não apenas para derrubar Bolsonaro ou impedir que se reeleja, mas para trazer de volta os bandidos que eles mesmos expuseram. | ||
Todo esse conluio jurídico e de comunicação inclusive fez e faz vista grossa para encobrir um dos fatos mais graves da história da nossa república, que foi a tentativa de assassinato do então candidato Jair Bolsonaro. Todo tipo de artifício foi usado até mesmo para desacreditar o atentado e acobertar seus mandantes sob a alegação de que foi uma ação solitária de um desequilibrado, impedindo a investigação de fatos importantes como os caros advogados que em menos de 24 horas assumiram a defesa de Adélio Bispo ou a falsa entrada dele no Congresso Nacional no exato momento em que esfaqueva Bolsonaro. | ||
Desde o início da pandemia vem sendo criado o ambiente para impedir que Bolsonaro possa se reeleger, ou até que ele conclua seu mandato. Mentiras, distorções dos fatos, falseamentos de dados, acusações falsas ou infundadas, e a máquina do judiciário interferindo no poder executivo, aliada à imprensa vigarista alardeando a realidade paralela que insistem em vender ao povo. E ameaças diárias à conclusão do mandato e à possibilidade de que ele venha a se candidatar à reeleição. | ||
Não posso deixar de citar a participação das redes sociais na prática de censura às comunicações do presidente da república, assim como a seus apoiadores, revelando uma parceria desonesta com o judiciário na tentativa de impedir sua exposição e dos fatos positivos e relevantes de seu governo. | ||
O TSE - Tribunal Superior Eleitoral será comandado por Alexandre de Moraes, sucedendo Luiz Roberto Barroso, ambos algozes do presidente e que constantemente vêm ignoram as leis e a constituição prendendo pessoas por crimes inexistentes no ordenamento jurídico brasileiro, como o crime de opinião, que além de atentar contra as leis e a lógica, atenta contra a democracia como um todo, agravando a insegurança jurídica do país, assim como as liberdades individuais garantidas na carta magna, que mesmo não sendo das melhores, ainda tem escrito que ter e expressas opinião é um direito e não um crime. | ||
Resta então renovar a pergunta: deixarão Jair Bolsonaro se candidatar a reeleição? Pessoalmente tenho ainda muitas dúvidas, e também muitos receios sobre até aonde o sistema está disposto a ir para impedir que isso aconteça, incluindo aí a própria vida do presidente. | ||
Gostou? Compartilhe. Ajude este conteúdo a chegar à mais pessoas. Inscreva-se na coluna. É de graça! | ||
Twitter - @nopontodofato | ||
GETTR - @nopontodofato | ||
Instagram - @nopontodofato | ||
Telegram - t.me/nopontodofato |