Se antes esse medo se dava através das armas, com o coronavírus faz-se o mesmo sem precisar dar um único tiro.
Esses dias dediquei algum tempo a obter mais conhecimento sobre o que foi o Holodomor na Ucrânia, entre os anos de 1931 e 1933, um genocídio que dizimou cerca de 3.941.000 mortos pela fome, ainda que esse número possa variar ligeiramente dependendo do autor. | ||
Em um resumo muito resumido, quando a União Soviética anexou à Ucrânia à antiga URSS, todos os meios de produção foram estatizados, mas houve dura resistência por parte dos agricultores e pecuaristas, que se recusaram e tentaram resistir à perda de suas terras, lavoura e pecuária. | ||
Stalin, então, passou a tomar tudo isso à força, executando muitos desses fazendeiros e deixando que os outros morressem de fome. Holodomor é literalmente deixar morrer de fome. O resultado foi a eliminação de todos os opositores, a subserviência de quem conseguiu sobreviver e a anexação da Ucrânia sem novas revoltas. | ||
Passados 88 anos, penso eu que seria praticamente impossível essa prática da maneira como foi feito pelos então soviéticos. Hoje, somos muitos bilhões a mais do que em 1933, além de termos consolidado o capitalismo no mundo ocidental e termos visto o fracasso do comunismo em praticamente todos os lugares nos quais ele foi implantado. | ||
Mas, todos sabemos, a ideia persistiu ao longo desses 88 anos, e é praticada em alguns poucos países, e sem coincidência, todos na base da porrada. Posso citar China e Coréia do Norte em uma mesma década, Cuba cerca de uma década depois e mais recentemente a Venezuela. E também sem coincidência, exceto a China de 20 anos para cá, todos levaram seu povo à miséria. Ou seja, socializaram a miséria. | ||
É importante salientar a diferença entre socialismo e comunismo. O socialismo se opõe ao capitalismo. O comunismo se opõe à democracia. E a China, nos últimos 20 anos, fez uma mudança do socialismo para o capitalismo, porém sem deixar de ser comunista. Passou a permitir que as pessoas possam empreender, enriqueçam, mas continuam escravas do sistema, com um dos mais absurdos controles sobre a população que alguém que sempre viveu sob uma democracia é capaz de imaginar. | ||
Se o coronavírus foi produzido em laboratório ou é algo vindo da natureza, pouco importa. Já se ele se alastrou pelo mundo por descuido, omissão ou de maneira deliberada é uma outra questão. O fato é que ele está sendo utilizado em larga escala por diversos governantes mundiais como uma oportunidade de ouro para fazerem o que chamam de Great Reset, ou, em tradução livre, um Grande Recomeço. E para que esse conceito de grande recomeço dê certo é preciso começar do zero, tanto no aspecto econômico, quanto no aspecto social. | ||
O que estamos vendo no mundo é uma espécie de holomodor cujo genocida é chamado de coronavírus. E mais uma vez friso que pouco importa se ele foi criado ou oriundo da natureza, mas que ele mata sem que governantes sejam necessariamente os culpados por essas mortes, mesmo que tentem o tempo todo imputar essa responsabilidade a um ou outro não alinhado a esse grupo que trabalha por esse grande recomeço, como é o caso do presidente Jair Bolsonaro. | ||
Hoje é praticamente impossível a implantação de um socialismo que estatize todo e qualquer tipo de empresa sem que haja uma reação em massa, como, inclusive já começa a acontecer em vários lugares do mundo. Contudo fica mais fácil se, com alguma justificativa, essa massa puder ser contida. E para conter essa reação a receita não é diferente do que foi imposto por Mao Tse Tung ou Fidel Castro: o medo. | ||
Se antes esse medo se dava através das armas, com o coronavírus faz-se o mesmo sem precisar dar um único tiro. E ao invés de estatizar empresas, simplesmente quebre-as. Empresas quebradas levam ao desemprego, que leva à fome, que leva ao desespero. Mas não são quaisquer empresas. O foco são as pequenas e médias empresas, levando a classe média à pobreza, a pobreza à miséria e os miseráveis à miséria extrema. | ||
Então, os novos comunistas aparecem com a solução definitiva e salvadora que é a troca de liberdades individuais e garantias fundamentais da democracia "por pratos de comida", empregos miseráveis dados pelo estado, e uma população subserviente aos detentores do poder e dos ricos, que não apenas continuaram ricos como também ficaram mais ricos. | ||
O Great Reset, ou Grande Recomeço, é o novo holomodor, mais uma vez liderado por esquerdistas que enriqueceram às custas do dinheiro de seus contribuintes, e cuja causa agora é financiada por capitalistas ricos, que estarão sempre cada vez mais ricos. | ||
Segundo dados de hoje, o coronavírus, supostamente, já matou 2.727.640 pessoas no mundo. Mas, com a fundamental ajuda da imprensa mundial a serviço da nova esquerda, o suficiente para colocar o mundo de joelhos perante seus governantes, que, mesmo modernizados, não abrem mão de métodos de violência como colocar suas forças de segurança contra suas populações para que ela tenha um medo a mais além do coronavírus. | ||
O incrível disso tudo é que está funcionando. E os verdadeiros genocidas estão escondidos em cada exemplar do coronavírus e suas variantes, que, provavelmente, não pararão de surgir, até que, como na Ucrânia de 1933, não hajam mais opositores, nem revoltas, e além de terem anexado propriedades e meios de produção, terão anexado também as mentes das pessoas. | ||
Só não vê quem não quer. | ||
Para quem quiser me seguir no Twitter: @nopontodofato |