Quem dá as ordens no Brasil?

A piada é velha. Diz que ao fazer o mundo e distribuir por ele as desgraças naturais sobre cada país, um anjo questiona Deus porque o Brasil não tinha recebido uma desgraça natural sequer, e Deus teria respondido: mas você vai ver o povinho que eu vou colocar lá.

Nada define melhor o Brasil do que essa piada. Somos mesmo um povinho. Parece que até mesmo a miscigenação, tão forte na nossa cultura, conseguiu reunir no Brasil todos os povos com forte vocação para o comodismo. A gente tem o hábito de aceitar o ruim como bom, desde que seja bom para nós. A lei de Gerson, de levar vantagem em tudo, nasce dessa incapacidade de reagir, até de aderir ao que é ruim.

Graças à Lava Jato, soubemos o que aconteceu no Brasil desde que Sarney tomou posse. Tudo com provas, delações, documentos, confissões. Muita coisa já se sabia, porque era impossível não saber, mas ninguém fazia nada. Por pior que o país estivesse era cômodo não reagir. Mas tudo tem que ter um limite, inclusive a letargia.

O Brasil está sendo comandado pela oposição através do judiciário. Isso é fato. Porém, o debate honesto faz perguntar quem comanda a oposição, quem financia, patrocina a ação da mídia e de todos os peões desse tabuleiro?

O Brasil está encurralado por 2 PCCs, um interno e um externo. O PCC externo não emparedou só o Brasil. Emparedou o mundo inteiro.

A China foi o promotora da crise mundial, voluntária ou involuntariamente, e ao mesmo tempo o único país que ganhou dinheiro e poder com a crise que criou. Fez do veneno o antídoto para si mesma. Todas as ambições do Partido Comunista Chinês esbarram aqui no "fazendão". Seja lá qual for o domínio de mundo que eles pretendem tem que ter minério para construir e comida para sustentar. E encontraram por aqui políticos aptos a vender qualquer coisa que eles queiram comprar, inclusive suas próprias consciências. O PCC quer conquistar o mundo e compra tudo o que precisa para realizar seu projeto, inclusive comprar consciências.

Do lado de dentro não está difícil de ver quem está dando as cartas e financiando os maiores absurdos da história do judiciário brasileiro. Não há um ministro da corte que não tenha proferido uma liminar ou voto que ignore o que está escrito na Constituição Federal. Todos eles têm no mínimo uma decisão que dá um 180° graus no que diz a lei. Todos. Decisões que colocaram de volta nas ruas milhares de bandidos de facções criminosas. Decisões que impedem que a polícia do Rio de Janeiro atue nas favelas sem que se explique porque só as do Rio de Janeiro.

Deputado Federal preso em pleno mandato por crime de pensamento, cassada arbitrariamente sua imunidade de palavra, opinião e voto.

Jornalistas presos, inquéritos ilegais, abuso de poder de autoridade, anulação de condenações, criminalização de um juiz que agiu dentro da lei. Como diz José Maria Trindade, da Jovem Pan, o rabo está balançando o cachorro.

Um senador investigado pelo desvio de 260 milhões de reais da saúde de seu estado, Amazonas, preside uma comissão que pretende investigar corrupção na saúde. Um senador que responde ainda a 11 inquéritos por corrupção e que é pai de um governador que está sendo investigado por corrupção é o relator da CPI e vira herói da imprensa nacional.

O Brasil é comandado por interesses muito mais poderosos do que apenas a prática da corrupção, mas ela é essencial para que a engrenagem funcione. A criminalidade organizada tem representantes em todas as áreas, em âmbitos federal, estaduais e municipais, em todas as instâncias. E a esquerda é o disfarce democrático que "legaliza" a manutenção de todo esse jogo.

Fico triste ao imaginar que o futuro possa reservar uma necessária passagem pelo drama desse domínio da esquerda mundial, foi tudo programado para isso há mais de 30 anos. Não é fácil impedir uma mudança de comportamento social quando ele é patrocinado a nível de doutrinação em escolas primárias. E há mais de 30 anos eles vem formando cidadãos dispostos a entregar ao estado o controle de suas vidas sem se dar conta do que estão fazendo realmente. Invitavelmente essas escolhas terão um preço.

Insisto na tese de que as mudanças começam nós municípios. É geralmente através deles que políticos iniciam suas carreiras. E desde o começo mostram quem são. As pessoas reelegem ou elegem um mau político para um cargo maior porque não fiscalizam o que fazem. As pessoas não fiscalizam as condições dos seus bairros, das suas ruas, das duas calçadas. E votam nas mesmas pessoas que não cumpriram as promessas e objetivos de quando foram eleitos por elas mesmas.

Como tirar a criminalidade do comando de uma nação quando não nós importamos com a calçada da nossa casa? Como reagir a tanta arbitrariedade fazendo manifestações festivas a cada mês ou dois meses?

Caiu Waintraub, caiu Ernesto Araújo, caiu Ricardo Salles, caiu Pazuello. Em todos os casos com dedo do STF no meio, nem que tenha sido um comentário fora dos autos, como de costume. E não vai ficar por aí. Felipe Martins está na mira, agora estão colocando Onyx Lorenzoni no balaio e partirão para cima de Tarcísio, Damares, Tereza Cristina e Paulo Guedes, não necessariamente nessa ordem.

Derrubar Jair Bolsonaro é uma meta. Quando? O mais rápido. Como? Do jeito que for preciso.

Deus sempre sabe o que faz. Terremotos, maremotos, furacões, vulcões, avalanches, inundações, todos eventos naturais que, quando acontecem, causam mortes e danos, mas geralmente eventos ocasionais e passageiros. Um povo, porém, é permanente, constrói sua própria cultura, e somos um desastre enquanto povo. Somos uma piada velha que ainda faz muita gente rir.

Não custa lembrar o que disse Marcelo Freixo na cerimônia de sua filiação ao PSB: "a próxima eleição pode ser a última, e não é dramático falar isso". E emendemos com José Dirceu: "vamos tomar o poder e não será através de eleições".

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