Vou destruir e roubar o país de novo. Vote em mim!
2
5

Vou destruir e roubar o país de novo. Vote em mim!

Essa encenação revanchista e declaradamente comunista está servindo para preservar outro nome que parecerá mais palatável ao eleitorado.

HS Naddeo
7 min
2
5
Email image

É comum hoje em dia ouvirmos a expressão "algo errado não está certo". Mas em se tratando da estratégia eleitoral de Lula para tentar voltar à presidência, eu diria que algo errado está mesmo muito errado. Se Lula não falou isso textualmente, para bom entendedor 9 dedos bastam.

Não estamos falando de uma pessoa com reputação ilibada e ficha limpa prometendo uma fórmula nova e moderna de mudar o país. O que estamos vendo é um ex-presidente condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no maior escândalo de assalto aos cofres públicos que se tem notícia na história do mundo. Mas não fica nisso. Ele e sua sucessora, além de roubarem tudo o que podiam, quebraram o país.

Ainda que a retórica oposicionista acuse Bolsonaro de promover uma inflação de 10% - desconsiderando um cenário de 2 anos de pandemia no qual, com o aval inequívoco do STF, governadores e prefeitos foram os grandes promotores de fechamentos das cidades e estados e causadores diretos de desemprego e falências em massa- em 2015 Dilma Rousseff conseguiu o mesmo percentual inflacionário, desemprego e falências em massa, sem pandemia, sem o aval do STF e sem a ajuda de governadores e prefeitos. Mas apesar de seu esforço individual para isso, seria injusto dar só a ela esse crédito. Quando Lula entregou a ela a faixa presidencial, entregou junto um país a caminho da ruína, Dilma só precisou aprofundar.

Duas perguntas precisam ser respondidas diante desse cenário:

a) como alguém com o passado de Lula pretende voltar a ser presidente oferecendo a ruína como legado?

b) Como podem existir pessoas dispostas a apostar novamente nessa ruína, seja apoiando ou votando?

Lula promete revogar as reformas feitas por Temer e Bolsonaro. O que ele não fala é que se elegeu em 2002 e se reelegeu em 2006 prometendo fazer tais reformas. E Dilma fez as mesmas promessas em 2010 e 2014. E nenhum dos dois fez absolutamente nada.

Lula agora quer revogar a reforma da previdência que ele e Dilma defendiam. Por que? Porque não foram eles que fizeram? O que mudou na realidade que eles mesmos apresentavam quando destacavam a necessidade de ampliar a idade de quem deve ter direito à aposentadoria? Qual a mágica para mudar uma realidade mundial de envelhecimento da população?

O que Lula apresenta de novo? Nada. Seu discurso mantém a técnica utilizada em todas as suas campanhas eleitorais, sem exceção: falar mal do governo ao qual se opõe, sem acrescentar nada palpável como projeto que visa, de fato resolver o que ele considera não resolvido. Isso é tão grave no PT que Lula em sua reeleição em 2006 passou a campanha falando mais do que FHC não fez em seus 8 anos de governo do que o que ele mesmo fez entre 2003 e 2006. E não foi diferente com Dilma em 2010 e 2014. Mais uma vez o então já distante governo FHC era o alvo dos discursos da candidata. A única coisa que evoluiu nas campanhas eleitorais do PT foi o marketing, tanto nos investimentos quanto na qualidade das mentiras.

Entender porque as pessoas ainda pretendem votar em Lula é algo que será tema de estudo de sociólogos, antropólogos e historiadores no futuro. É ilógico apoiar alguém que defende para o Brasil ditaduras como Cuba, Venezuela e Nicarágua. É insano pensar que alguém possa querer a realidade desses países para o Brasil.

Lula quer revogar a autonomia do Banco Central e é apoiado por eleitores que não fazem a menor ideia do que essa autonomia significa. Quer retomar o controle da Petrobrás cujo cofre foi comprovadamente assaltado sob o seu comando e encontra apoio para isso no seu eleitorado. Quer revogar a reforma da previdência que ele mesmo defendia. Quer revigar a reforma trabalhista que não tirou nenhum direito do trabalhador e ainda garantiu que milhões de pessoas não perdessem seus empregos durante a pandemia. Lula quer revogar a realidade do Brasil e do mundo, talvez baseado na revogação que o STF fez das justas penas que recebeu pelos seus crimes.

Por que há tantas pessoas apostando nessa proposta de dar continuidade à ruína brasileira iniciada em 2003 e, felizmente, interrompida com o impeachment de Dilma Rousseff? Que tipo de doutrinação é essa que torna as pessoas incapazes de reconhecer e rejeitar essa realidade?

O que vemos no discurso de Lula é tão somente a placa que indica o caminho tomado pela Argentina ao eleger Alberto Fernandes e ao mesmo tempo trazer de volta ao comando daquele país Cristina Kirchner para aprofundarem a ruína que ela não conseguiu concluir enquanto era presidente. A Argentina caminha a passos largos para a venezuelização, caminho que já está sendo seguido também pela Bolívia, Peru e Chile ao escolherem os sócios desse cartel da desgraça que pretende transformar a América do Sul em um continente comunista.

Não se enganem aqueles que vêem no termo "comunista" algo exagerado. O comunismo moderno não come mais criancinhas, mas continua "comendo" as liberdades individuais. Prova disso é que tanto a proposta de Lula quanto as leis e ações dos países acima citados visam regular a liberdade de expressão, a regulação da imprensa e o controle das redes sociais, características típicas e fundamentais de regimes totalitários.

Algo errado está muito errado, mas não é só no discurso retrógrado de Lula, isso está mais grave nas pessoas que se dispõem a apoiar e fazer parte disso. Lula está apenas sendo o mais uma vez o bandido que sempre foi, só que agora, sabe-se lá lastreado em que, resolveu fazê-lo sem a fachada paz e amor que o levou ao governo em 2002.

Pessoalmente tenho a sensação de que quem opta pelo banditismo declarado não tem de verdade a intenção de ser eleito, pelo menos não através de eleições honestas, e essa preocupação se estende a governadores, senadores e deputados que trataram muito mal os eleitores durante a Pandemia e de cujos votos precisarão em 2022 para tocar em frente suas carreiras e aspirações.

O que dá a esses políticos tanta tranquilidade no exercício do despotismo ao promoverem desemprego e falências, ao fazerem discursos desconexos com a realidade das pessoas e do país? Por que foram eles, exatamente eles, associados ao ativismo judicial sem precedentes, que encabeçaram a luta contra o voto impresso auditável? Espero que não tenhamos que pagar o preço da inconsequência para saber. Mas precisamos saber. Aí, nesse caso, algo errado realmente não está certo. A conta não fecha.

Penso que Lula pode acabar não sendo candidato. Na minha opinião toda sua encenação revanchista e declaradamente comunista está servindo para preservar, nesse momento, o real candidato que, na hora H, terá o apoio da esquerda e de qualquer um que se oponha a Jair Bolsonaro, alguém que defende as bandeiras que Lula, que é tão despota quanto ele, mas que tem um discurso que se apresenta mais palatável a alguns setores da sociedade que não votariam em Lula ou Bolsonaro. Posso estar errado? Posso.

E além disso tudo, existe um personagem, ou no caso personagens, com capacidade de interferir nesse processo todo, que é o STF, que, até o momento é o avalista da presença de Lula na corrida eleitoral de 2022, e que foi cúmplice da ruína petista durante 13 anos e meio, assim como é cúmplice de Lula no seu "descondenamento", prova de que a pior ruína da história desse país é a ruína da justiça, quando os cidadãos são levados a desacreditar nas leis e nas instituições que deveriam protegê-los ao invés de rasga-las diariamente ao vivo e a cores para todo o país.

Gostou? Compartilhe! Ajude este conteúdo a chegar à mais pessoas! Inscreva-se na coluna. É de graça!

Twitter - @nopontodofato

GETTR - @nopontodofato

Instagram - @nopontodofato

Telegram - t.me/nopontodofato