Chegou a hora de alguém perder.
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Chegou a hora de alguém perder.

Dia 7 de setembro de 2021 só não será mais importante do que foi o 7 de setembro de 1822.

HS Naddeo
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Certa vez ouvi em uma palestra que o inevitável só é inevitável porque não há possibilidade de evitar mesmo. Parece óbvio quando se enxerga com essa definição, mas não é tão óbvio quando se enxerga os fatos com mais sonho do que realidade. Para ser bem mineiro, estamos na tábua da beirada, prestes a ver a vó pela greta, que não é a Thuberg, é greta de greta mesmo.

Chegamos aí ponto de ruptura, e isso significa que o Brasil só tem dois caminhos à frente. Ou viramos definitivamente à direita, ou à esquerda. E ambos são caminhos sem volta. 

De uma maneira ou de outra, todos nós viveremos uma nova realidade como nação. Se virarmos à direita, a vida de quem é de esquerda vai perder, de fato, a histeria, pois em termos de comportamento social, liberdades e oportunidades o que pode mudar é para melhor, ainda que qualquer um de esquerda diga que sou idiota, babaca e tudo mais que eles não vão ver da maneira como eu vejo. Normal. Mas se a virada for para a esquerda, quem é de direita ou conservador vai sofrer muito. O sistema bolivariano de pátria grande prática o socialismo escravagista. Perdermos nossa liberdade, direito e liberdade de expressão, censura nos meios de comunicação e na internet e seremos esmagados pelo sistema que vai implantar a igualdade na pobreza, enquanto eles formam uma elite dominante única pra viver do bem bom. E nesse caso meu único consolo é que todos os que ajudarem a levar a esquerda de volta ao poder vão se ferrar exatamente como nós.

O Brasil precisa de paz para ser governado, e um presidente, qualquer presidente, precisa de paz para governar. Mas não serve mais aquela paz às custas de compras a imprensa, deputados, senadores, juízes, empresários que falseiam a democracia e o espírito republicano. Precisamos de gente comprometida com o Brasil e não em "estender a mais para os nossos irmãos cubanos". Patria grande é uma ideia de grandes tiranos, uma filosofia de ditadores que tem a pretensão de escravizar um continente tal qual Fiz fez em Cuba, Chaves e Maduro fizeram na Vezuela, Mao fez na China, a família Kim fez na Coreia do Norte, Lenin e Stalin fizeram na Rússia, e é o que já estão fazendo, ou tentando fazer, nesse momento, na Argentina, no Peru, na Bolívia, no Chile, na Colômbia e no Brasil.

Eu, em hipótese alguma, quero viver em uma ditadura. Mas se um dia for obrigado a viver em uma, que seja uma ditadura de direita. As de esquerda eu sei como funcionam e o modelo não me agrada em absolutamente nada. E vou morrer sem entender como diversos movimentos que apoiam a esquerda não se dão conta da maneira como suas causas dão tratadas em regimes de esquerda.

Dia 7 de setembro de 2021 só não será mais importante do que foi o 7 de setembro de 1822, mas nem a 199 anos atrás a independência do Brasil esteva tão ameaçada. Enquanto Dom Pedro I decretou a união de um território, o senado federal aprova uma lei que autoriza que se venda 25% desse território para estrangeiros. E parece difícil para quem é de esquerda enxergar isso. Em nome do poder, do controle, do dinheiro fácil, estão vendendo o Brasil.

Quem ainda não entendeu que o projeto de poder da esquerda se associa ao projeto de dominação da China vai pagar muito caro pela sua miopia. E se for bem sucedido o Brasil corre os risco de virar província ultramarina da China governada por escolhidos pelo partido e ter o embaixador da China nomeado para ministro da economia.

Se já vemos a justiça praticar ilegalidades e inconstitucionalidades na sua mais alta representatividade, a ascensão da esquerda implicará em nem existir justiça. Deixaremos de viver sob uma constituição para viver sob uma manual de regras e condutas. Esse é o risco, contradiga quem quiser.

Se aproximam tempos nos quais precisaremos mais de coragem do que de patriotismo, manifestações e indignação. Coragem na vitória ou na derrota do que desejamos para o futuro do Brasil para nossos filhos e netos, não para nós.

Cabe a nós sermos os peões desse jogo de xadrez, a linha de frente cujos movimentos certeiros vão garantir que cavalos, bispos, torres e rainha avancem para uma estratégia vitoriosa. E é preciso ter consciência de que ser peão significa sacrifício. Inevitável é aquilo que realmente não se pode evitar. O xeque mate é um desses momentos.

Contradizendo Dilmanta, quem perder vai perder mesmo. E quem ganhar vai ganhar mesmo.

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