Entre a escassez e a alta de preços.
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Entre a escassez e a alta de preços.

 O pobre sempre deve encarar uma eleição da forma mais pessimista possível já que nada de bom deve se esperar do governo. Afinal o governo só dá alguma coisa a alguém se ele puder tomar antes desse alguém. Fato é que o governo possui essa cap...

andrey marcos nascimento viana
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 O pobre sempre deve encarar uma eleição da forma mais pessimista possível já que nada de bom deve se esperar do governo. Afinal o governo só dá alguma coisa a alguém se ele puder tomar antes desse alguém. Fato é que o governo possui essa capacidade de concentrar e redistribuir recursos e isto é, de forma inequívoca, uma vantagem que seduz não apenas os pobres mas setores que se articulam para serem contemplados com somas que a maioria de nós não consegue imaginar. Mas o que tem mais tirado o sono das pessoas que não possuem todo esse poder de articulação é a questão dos preços. Os preços têm subido a despeito das boas intenções dos políticos e sempre foi assim. O mais pobre deve olhar a próxima eleição com  pessimismo e ceticismo sabendo que um lado promete a Canaã e o outro lado não promete nada além do possível. Claro que é muito bom ouvir que teremos preços baixos dos produtos da cesta básica, se "voltará" a comer filé mignon, a viajar de avião. O fato aqui é: políticos mentem. Somos nós as maiores vítimas das desgastadas mentiras que se repetem e se revigoram a cada quatro anos. Então, o que devemos fazer para nos proteger da mentira confortável e passarmos a encarar a realidade dura e que inevitavelmente está aí para ser vivida? Primeira a coisa se fazer é procurar sobre o cenário global, sobre a oferta de produtos, saber quão afetada foi a cadeia de suprimentos pelo mundo, exemplos de países que adotaram ou estão adotando o tipo de populismo de preço igual ao que Lula vem prometendo, em especial países com a mesma condição financeira do Brasil. É uma pesquisa relativamente simples que vai servir como um antídoto contra propostas falaciosas que não se enquadram na realidade. Eu sei que o padrão de vida das pessoas caiu drasticamente e que todo mundo quer voltar a ter o mesmo poder aquisitivo que tinha antes, mas, infelizmente, esta situação vai durar mais algum tempo. O dilema entre poder comprar alguma coisa, ainda que caro, e não poder comprar nada é o exercício reflexivo que deve ocupar nossas mentes na véspera destas eleições.