Crônica - Deixe ir...
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Crônica - Deixe ir...

Opa essa é a primeira crônica que estou postando aqui :D Foi um dos textos mais recentes que escrevi e espero que você, caro leitor, goste :3

Cindi Cintilante
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-Ah que se foda.

Disse Ela em frente ao computador, encarando o nada refletido em sua insuficiência.

Pode xinga-la, trata-la com descaso, irrita-la, aborrece-la, questiona-la, ignora-la, a garota vai conseguir se controlar e seguir sua vida... Menos se tudo isso vir dos seus pais.

E sabe? Ela já deveria ter desistido deles, fingir que se importa, matar logo esse sentimento, cortar suas raízes de vez mas, ela não quer... Desistir deles é desistir de outras pessoas que a amam, mas que não consideram seus sentimentos, e talvez... Talvez, até desistir de si mesma... Ela se justifica assim e tem vivido nesse impasse desde então.

Ela entende seus erros, esquece de varias coisas frequentemente, como postar algo, ajudar uma amiga, responder, ir em compromissos, varrer a casa, limpar os tapetes, passar pano, lavar a louça, ajudar... Ela esquece e por muito tempo da sua vidinha de apenas 17 aninhos se culpou por isso.

-Precisamos nós desprender da culpa para podermos lidar com ela e aprender com nossos erros...- Foi isso que ela disse ao seu irmão após uma das inúmeras brigas com os pais. Ela aprendeu a deixar ir.

-Tudo bem... - É isso que seu namorado diz sempre que algo ruim acontece, um simples "tudo bem" que representa que mesmo que tudo não esteja bem - Eu estou aqui...

- Tudo bem, eu quero ajudar...- Ela quer de coração, mas seus pais realmente se importam? Ela não esta nada bem da cabeça e muito menos eles... Mas isso realmente importa?

No final, todo mundo morre.

- Sabe, amor? Eu quero ajudar, mas eles duvidam frequentemente das minhas intenções e me intitulam do maior de todos os diabos... Eu esqueço sim, mas eu também me lembro de varias coisas e as faço, mas tudo o que eu já fiz é anulado pelo que eu deixei de fazer...- Disse ela ao namorado que a ouvia atentamente enquanto oferecia um cafuné. - Tudo bem... Você esta fazendo o que pode... Agora tem de vir deles. - Foi isso que ele respondeu atenciosamente a ela enquanto a ajudava a lidar com si mesma.