Não existem palavras para descreverem
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Não existem palavras para descreverem

Um poema

Cindi Cintilante
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A dor é sufocante.

Te enrola em um barbante,

enquanto engole um seco...

Frio? Calafrio.

O seco vem a boca.

Sem nem dar um piu,

fico rouca.

Louca? Triste?

É como se eu nem existisse...

Como se uma lâmina passasse

em meus braços de leste a sudeste.

Como é horrível a falta que um cobertor faz.

Como é horrível a falta que um abraço faz.

Como é horrível a falta que você me faz.


De todos os poemas que já escrevi

esse será o mais cruel...

Pois meu amargo sangue,

garoa como chuva nos céus...

Pois meu doce sangue,

escorre como mel...

E nem a toca-lo me atrevi,

apenas observei de camarote,

o fim.

Sofrendo como se um serrote,

retirasse minhas pétalas de marfim.

Desisti? Existir, não é para mim...