O Botafogo estreou no Brasileirão 2022 sem patrocinadores, mas engana-se quem pensa não ter nada de valor na camisa.
O Botafogo estreou no Brasileirão 2022 com um uniforme que chamou a atenção. | ||
Não havia nenhum patrocínio na camisa, shorts ou meião. Nenhuma marca estava sendo exibida no uniforme do glorioso. | ||
Mas se engana quem pensa que o Botafogo não exibia nada de valor, porque no peito esquerdo estava o que de maior valor o clube tem: seu símbolo. | ||
E a decisão de não exibir nenhuma outra marca veio de cima, do novo chefão. | ||
John Textor, empresário estadunidense, é milionário do ramo da tecnologia, tem ações em um time da Premier League e manja muito de negócios. Sabe gerir uma marca e, não por acaso, assim que chegou ao Fogão rescindiu com TODOS os patrocinadores. | ||
Para ele, as empresas pagavam um valor abaixo do que o time vale, além de atrapalhar a globalização da marca Botafogo. | ||
O que faz sentido, porque passa uma mensagem ao mercado de que a partir de agora o alvinegro não aceita qualquer trocado. | ||
Mostra às marcas que para elas se associarem aos símbolos alvinegros, como suas cores, sua apaixonada torcida, seus títulos, os jogadores que passaram por lá, como Garrincha, Nilton Santos e cia, precisam pagar o verdadeiro valor disso tudo. | ||
E vale muito além do que uma fase ruim tende a desvalorizar. | ||
Em 2013, durante a sua primeira gestão como presidente do Palmeiras, quando o time também enfrentava crise financeira, Paulo Nobre fez a mesma coisa. | ||
Negou diversas propostas de patrocínios por entender que não condiziam com a importância do clube. Estabeleceu um valor mínimo e só negociava com quem oferecesse isso. | ||
Hoje, está mais do que comprovado que a ação do Paulo Nobre (na época bastante criticada) deu certo e a parceria entre Palmeiras e Crefisa é uma das mais vitoriosas da história do futebol brasileiro. | ||
Só o tempo dirá se o mesmo vai acontecer com o Glorioso. | ||
Eu, como fã de futebol, torço para que sim. | ||
Júnior Pereira |