A Logística do Papai Noel

Na noite de Natal, um senhor sai do Polo Norte, vestido de vermelho, coloca um saco de presentes e conduz um trenó com renas e viaja pelo mundo distribuindo presentes para crianças que se comportaram bem durante o ano. Em uma noite, o Bom Velhinho passa pelos cinco continentes e, na manhã seguinte, as crianças recebem seus presentes se foram boas  ou carvão, caso tenham se comportado mal. Ao final da noite, ele retorna ao Polo Norte, onde se retira até o próximo Natal e seus elfos mágicos fazem a fabricação dos presentes que serão entregues no próximo ano. Essa é a lenda do Papai Noel.

A história, contada na época do Natal, nos remete a um processo logístico complexo e, analisando, nos leva a algumas perguntas: como fazer bilhões de entrega em uma média de horas? Como funciona a parte operacional da fabricação dos presentes? E se houver atrasos? Como é feito a seleção de crianças que são consideradas boas ou ruins? Embora seja uma fábula, muitas empresas convivem com essas perguntas não apenas na época do Natal, mas durante o ano todo e a Logística envolvida engloba vários aspectos.

A história do Papai Noel, sob uma ótica administrativa, nos mostra três pontos interessantes a serem levantados por várias organizações, sendo eles:

1.  Logística Sem Erros: Para atender a todas as crianças do mundo, é preciso uma rota de entrega precisa que atenda a todos em um determinado período de tempo e muitos fatores devem ser levados em conta para que seja atendida essa demanda, como variação de clima por hemisférios, lugares afastados e de difícil acesso e atrasos por descuido. Além disso, é necessário um meio de transporte rápido que viaje pelo mundo em apenas uma noite e que sabia qual é o caminho e que tenha uma direção e que os brinquedos sejam entregues a todos atendendo a um tempo Pré determinado com um protocolo a ser cumprido (descer na chaminé, colocar os presentes, tomar um copo de leite com biscoitos e ir embora).
2. Produção em Massa: Para atender a uma demanda global de presentes, é necessário uma linha de produção que esteja comprometida com a Missão da organização, além de colaboradores que entendam bem qual é a meta a ser atingida e trabalharem para que as mesmas sejam cumpridas. Segundo a lenda, o Papai Noel possui elfos mágicos que o auxiliam neste tipo de organização, além da Mamãe Noel, que seria sua esposa, que também possui papel de auxiliar. Cada setor deve estar alinhado com o tipo de criança vai receber o presente, além de observar os aspectos culturais de cada criança e como ela se comportou, levando a um critério que é entregue em forma de relatório ao Papai Noel para verificação e ele, sendo o chefe da organização, dá o aval final. 
3. Processo de Seleção: As crianças são observadas durante o ano todo e, no final, é decidido se ela merece receber o presente pelos seus atos. Os critérios devem ser observados, uma vez que não pode acontecer erros, e definidos para que as crianças os atenda como ajudar os pais, ser gentil com os outros e etc e, assim, poderão receber os brinquedos. Leva-se em consideração que um critério pode ser usado para uma criança, porém pode não ser usado em outra e, além disso, é necessário que a criança acredite no Papai Noel, senão não poderia receber o presente. Além dos critérios de avaliação, também era necessário que a criança mandasse seu pedido ao Papai Noel para receber o presente, assim como um cliente que faz um pedido a empresa sobre como quer receber seu produto.

A Lenda do Papai Noel nos mostra  um prisma organizacional que ajuda a realizar o sonho de milhares de pessoas, sendo considerado algo mágico. Se levarmos em conta o serviço que o Bom Velhinho faz, comparando com as empresas reais, pode nos ajudar a juntar a parte organizacional e a parte caritativo e, assim, nos ensinar uma lição valiosa junto com o sentido do Natal: "Fazendo um serviço bem feito, todos são atendidos, todos ficam felizes e as pessoas irão acreditar naquilo que possa parecer impossível, mas que gera uma emoção única em cada indivíduo" .