A democracia no Brasil e suas contradições
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A democracia no Brasil e suas contradições

Estamos vivendo momentos muitos difíceis e, sobretudo, estranhos. Não sei se há algum outro lugar no mundo com tantas incoerências e contradições quanto aqui.

Welington Alves
6 min
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Estamos vivendo momentos muitos difíceis e, sobretudo, estranhos. Não sei se há algum outro lugar no mundo com tantas incoerências e contradições quanto aqui.

Senão, vejamos: Aqui, prédios são construídos em encostas (ou à beira de), vidas são perdidas e a culpa é de quem? Da água.

Perde-se um Museu com um patrimônio histórico de valor incalculável e a culpa é de quem? Do fogo.

O mesmo fogo que tira a vida de vários adolescentes num centro de treinamento esportivo e ninguém é responsabilizado. O fogo da impunidade!

Um gestor público rouba dinheiro público e fica impune, em liberdade.

Um ex-presidente da república (mais alto posto do país) comanda uma rede criminosa e rouba bilhões dos cofres públicos e mesmo processado, julgado e condenado, por unanimidade, em três instâncias jurídicas tem suas condenações anuladas, irregular e ilegalmente, pela mais alta corte do país.

E não me venham com mimimi! Se quem recebeu, devolve o dinheiro (ou parte dele), no mínimo posso afirmar com segurança que este dinheiro foi roubado e houve crime. Ninguém devolve algo que não recebeu.

Mas, mesmo julgado e condenado por 3 tribunais diferentes, ainda tem gente que acredita que é inocente. Que seus pares façam isso não me surpreende. Agora, tem gente aqui fora, que não convive nem nunca cruzou com o criminoso, que jura de pé junto que é inocente, vítima de GÓPI.

E as vítimas reais, que ficaram pelo caminho, quem protege?

Temos um tribunal (mais alta corte do país), que nos custa centenas de milhões de reais todo ano, responsável por zelar pelo cumprimento da nossa Constituição, que rasga essa mesma Constituição diariamente em verdadeiros espetáculos midiáticos e ninguém questiona ou reage legalmente contra? Juízes que abrem inquéritos para apurar e julgar quem eles querem atingir, desrespeitando totalmente a existência dos demais órgãos e instituições que existem para exercer exatamente essa função investigativa. E todos calados?

Aqui tem juiz que questiona porque a seleção brasileira de futebol não utiliza em seu uniforme (camisas dos jogadores) o número 24. Acredita?

Eu sou do tempo de que camisa de futebol era numerada de 1 a 11, simplesmente porque são onze jogadores e onze posições em campo. Mas, tem gente que acha que ter o número 24 nas costas é relevante. Se não tiver, é crime?

Ah, agora tem também essa tal de homofobia. Se você não andar com o número 24 pregado na testa pode ser considerado criminoso.

Um Governador, suspeito de má gestão e desvios de dinheiro público, vai para a TV, rede nacional, para afirmar (ou revelar) que é GAY. Mas não foi capaz de esclarecer ou explicar suas ações questionáveis na gestão do estado que comanda.

Qual a relevância dessa informação para a sociedade e para o país?  Nenhuma, certamente. Talvez para essa rede de TV seja importante, já que, ao que tudo indica, ser GAY parece ser até requisito básico para ser contratado por ela.

E não é o vírus do momento que anda afetando o cérebro das pessoas... Sou do tempo que o papel da imprensa era APENAS informar, apurar e divulgar a VERDADE, acima de tudo com plena IMPARCIALIDADE.

Hoje, sepultaram esse conceito básico. Imprensa virou tribuna para militantes políticos, uma verdadeira arquibancada para torcedores de facções alardearem suas ideias pessoais ou institucionais com a maior parcialidade e cara de pau. E tem gente que acredita e apoia isso!

Hoje, tenho vergonha da profissão de jornalista e lamento muito pelos que ainda pautam pelo exercício correto da profissão. Querem, a todo custo, implantar nas escolas a ideologia de gênero. Como se isso tivesse alguma relevância no processo educacional das crianças. Mas, ninguém briga pela melhoria da educação em geral.

A qualidade do ensino e dos professores, a falta de estrutura das escolas públicas, a péssima qualidade do ensino público em todos os níveis. Enfim, nada disso é mais importante do que ensinar que homem pode não ser homem e mulher pode não ser mulher, entre outras "balelas" mais.

Estamos atravessando uma Pandemia, com milhões de mortos, sem que apareça nenhum responsável pelo maior crime de todos, que é a situação de abandono das redes públicas de saúde. Testemunhamos passivos o total abandono das pessoas no que se refere ao acesso à informações sérias e confiáveis sobre a doença, sua origem, tratamentos possíveis, mesmo que emergenciais, o absurdo processo de corrupção que tomou conta das gestões públicas Estaduais e Municipais, numa verdadeira "farra" com o desvio de recursos públicos sem que houvesse sequer uma punição, uma condenação pelos crimes cometidos.

Aproveitaram a situação, meteram a mão nos cofres públicos e politizaram até o direito à vida. Tudo isso sem contar as tais "vacinas". Como se não bastasse todas as polêmicas e a falta de informações seguras e confiáveis sobre elas, tomamos conhecimento até que milhares de doses foram aplicadas após o vencimento do prazo de validade dos tais imunizantes experimentais.

E agora temos notícias científicas, estudos científicos divulgados internacionalmente, dando conta que não apenas os tais experimentos oferecem sérios riscos à saúde e à vida das pessoas, como também aqueles "medicamentos condenados" pela imprensa, indicados por profissionais de saúde, para uma opção de tratamento precoce, realmente poderiam ter salvado bons milhares de vida aqui e em muitos países.

E ninguém é responsável? Não existe culpado? Gente, onde vamos parar? Tudo isso por interesse financeiro e político?

No Rio de Janeiro, por exemplo, a cidade que chamam de maravilhosa, talvez tenha a situação mais caótica de todas, com o desmonte do Estado e do Município promovido pelos últimos governos, inclusive os atuais, pois não podemos esquecer que temos também um Prefeito eleito à base de liminar judicial.

Dizem que vivemos em uma democracia, mas, notem bem, a mais alta corte do país, que deveria zelar por atender a vontade do seu povo, em respeito à sua Constituição Federal, é a responsável direta por ações que visam bloquear, evitar a implantação de processo eleitoral seguro, transparente e auditável.

Aqui, a vontade do povo não vale? Que PORRA de democracia é essa?

Até quando vão querer me tratar como idiota?

Que valores são esses, minha gente? Até quando vamos continuar assistindo passivamente a tudo isso, sentados nas arquibancadas desse teatro midiático, comandado por militantes políticos sem escrúpulos?

As vítimas seremos nós mesmos, não esqueçam disso!