Essa geração de imbecis e mimizentos.
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Essa geração de imbecis e mimizentos.

Reproduzo aqui um texto, cujo autor desconheço, mas que simplesmente adorei quando recebi. Eu não poderia ter feito melhor!

Welington Alves
5 min
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Reproduzo aqui um texto, cujo autor desconheço, mas que simplesmente adorei quando recebi. Eu não poderia ter feito melhor!

Se caiu aqui de paraquedas, provavelmente ficará irritado(a) comigo.

E, se isso acontecer, quero que você saiba desde já que o PROBLEMA é inteirinho seu.

O título do texto é: "Como eu cresci".

Cresci vendo uma negra como âncora do programa Fantástico: Glória Maria.

Cresci vendo um Nordestino, um Negro, um Galã de Circo e um caipira (Didi, Mussum, Dedé e Zacharias) formando um dos maiores grupos de humor do Brasil de todos os tempos, que era OS TRAPALHÕES, fazendo piadas e críticas ao sistema, que hoje jamais seriam aceitas pela mídia podre e por essa sociedade, como piadas sobre homossexualidade, problemas de dependência química com álcool e assim por diante.

Tudo com muito humor, sem nenhuma maldade.

Também vi um grupo heterogêneo como CASSETA E PLANETA, que tinha o negro, tinha branco, tinha homossexual, fazendo piadas das mesmas temáticas que OS TRAPALHÕES e esse grupo era referência de humor, E um detalhe importante: Tudo isso que eu falei na Rede ESCROTO ENGANA TONTO.

Cresci vendo o melhor humorista do Brasil na época, CHICO ANÍSIO e seus personagens, que eram negros, brancos, Pais-de-Santo, gays e etc..., entrando em nossas casas frequentemente para nos trazer alegria.

Cresci vendo um TRAVESTI participando de todos os programas da família brasileira SEM NENHUM TIPO DE PROBLEMA: Era a ROGÉRIA, se lembram disso? Quem é da minha geração, certamente vai lembrar.

Cresci vendo um negro GAY, JORGE LAFONT, ser um dos grandes nomes do humor nacional.

Cresci vendo uma transexual ser PADRÃO DE BELEZA FEMININA e capa de Revista masculina, ROBERTA CLOSE. Quem viveu nos anos 70 e 80, como eu, sabe.

Cresci vendo um GAY, com roupas não ortodoxas, ser um dos maiores cantores do Brasil, NEY MATOGROSSO. Que até hoje, eu admiro e acompanho.

Aliás, por falar em música, cresci vendo grandes artistas gays na música, como Cazuza, Renato Russo, Maria Bethânia, Gal Costa, Marina e muitos outros.

No esporte, muitos ídolos são negros. Cresci vendo um negro como o maior ídolo desse país:

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que você deve conhecer. Uma das figuras mais populares do mundo durante muitos anos.

Testemunhei um cantor GAGO e ex-garçom se tornar a voz romântica mais famosa desse país: NELSON GONÇALVES. Eu acompanhei o final da carreira dele...

Por falar em Nelson, eu vi um outro, este um ANÃO, fazer tanto sucesso quanto Nelson Gonçalves. O nome dele? NELSON NED.

Eu cresci vendo dois homens gordos zoando suas próprias gorduras e se tornando dois dos maiores apresentadores e os mais bem pagos do país, Fausto Silva e Jô Soares.

Tenho certeza que você conhece pelo menos um deles dois.

Cresci vendo um homossexual extremamente requintado, bem vestido e inteligente com programas para a família brasileira e era simplesmente AMADO por muitos e ainda ter sido um dos políticos mais bem votados desse país de todos os tempos.

Quem é? CLODOVIL. Tenho certeza que você sabe disso.

E ele explicando que a sexualidade é um direito de cada um e que isso não tem nada a ver com seu valor enquanto ser humano.

Se você nunca viu essa entrevista, acrescento aqui agora, procure que você vai ver a opinião dele sobre isso. Ele não tinha mimimi.

Cresci vendo músicas como a do Chacrinha, um dos maiores ícones da TV brasileira, que dizia "Maria Sapatão, que de dia é Maria e de noite é João" e de CHICO BUARQUE, na sua grande Ópera Rock chamada Geni e o Zepellin, e o refrão era "Joga pedra na Geni".

Cresci vendo que a melhor maneira de defender os seus direitos é ABERTAMENTE, expressando-os de forma  educada, inteligente e respeitosa.

Cresci entendendo que preconceito significa estupidez, pois toda minha formação se deu com bons exemplos de representantes de todas as classes num país que normalizou a presença de todos em programa de TV e onde tudo era discutido sem pudor, sem mimimi e sem ataques.

Cresci entendendo de verdade o que era liberdade de expressão.

Aqui eu faço um adendo:

Liberdade de expressão que há quanto tempo não existe mais em nosso país, heim? Desde que surgiu o maldito "politicamente correto", tenho nojo desse termo.

Infelizmente, hoje, com esse mimimi chato pra caramba, não temos mais liberdade de expressão. Qualquer coisa que você fala é motivo de mimimi, especialmente para a classe desocupada, que se chama de minoria. É minoria de cérebro, minoria de outras coisas.

Tudo que citei antes, seria, hoje, execrado por essa sociedade chata pra caralho, essa dita resistência do politicamente correto, que luta contra monstros e rótulos que ela mesma criou. Geração nojenta, mimizenta, cérebro de ervilha. Tudo vem sendo conotado como proibido, preconceituoso e politicamente incorreto.

Geração chata pra caralho! Que momento chato esse que estamos vivendo!

Que tristeza para nossas crianças!

O autor? Ele se identifica aqui: "Todos com mais de 50 anos, que realmente viveram livres e felizes!".

E se você é mimizento(a) e está vendo e ouvindo essa mensagem e pensou em escrever um comentário aqui, saiba que seu comentário não será lido e será imediatamente encaminhado para o departamento do FODA-SE, que eu criei especialmente aqui para isso.

Se você se sentiu de alma lavada, larga aí a sua "dedada no like" para fortalecer nosso trabalho, seja muito feliz e venha comigo!

Se você ficou com raiva, que pena que a carapuça serviu e você é um dos imbecis que fazem parte dessa geração chata pra caralho.

E é isso que eu tinha pra dizer. Até a próxima!