Inteligência artificial, renda universal
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Inteligência artificial, renda universal

Bruno
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Embora a IA tenha trazido muitos benefícios e oportunidades, a sua rápida evolução também tem sido responsável pela perda de empregos em muitos lugares ao redor do mundo. Talvez algumas profissões demorarão mais a desaparecer, mas em algum momento futuro elas vão! E como será o mundo sem humanos trabalhando?

Com o avanço da tecnologia, a IA tem se mostrado cada vez mais capaz de realizar tarefas que antes eram exclusivas do trabalho humano. Isso tem levado a uma automação crescente de muitos processos de negócios, eliminando empregos que antes eram realizados por pessoas.

Existem setores em que realmente não precisamos de humanos. Por exemplo, pra que manter uma pessoa cuja única função é apertar um botão de elevador por nós? ou servir gasolina ao seu carro? ou servir algo como alimentos, bebidas? ou te ajudar a experimentar roupas ou acessórios? Estes serviços são tão simples que até mesmo um robô já poderia faze-lo!

Outro exemplo disso é o setor de manufatura. Com a IA e a robótica avançada, as fábricas podem produzir mais bens com menos trabalhadores. A IA também tem sido amplamente usada em setores como o financeiro, jurídico, de recursos humanos e de atendimento ao cliente, onde as tarefas repetitivas podem ser automatizadas.

E ao contrário do que muitos preveem eu não acho que criaremos tantas profissões ou vagas a ponto de substituirmos as que iremos perder pra tecnologia. Principalmente porque a população mundial não para de crescer.

Com o aumento da automação, muitos trabalhadores estão perdendo seus empregos. De acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), até 14% dos empregos em países desenvolvidos estão em risco de automação total, enquanto outros 32% enfrentam mudanças significativas em suas tarefas de trabalho. Se já está difícil para quem tem inteligência natural, imagina para quem não tem?

As consequências dessa tendência são profundas. A perda de empregos pode levar a um aumento do desemprego e da desigualdade econômica. Muitos trabalhadores de baixa qualificação e baixa renda, que dependem de empregos que estão sendo automatizados, podem enfrentar dificuldades financeiras significativas. Além disso, a automação também pode afetar negativamente as comunidades locais, especialmente em áreas onde a manufatura é uma das principais fontes de emprego. Como a humanidade vai resolver isso?

Eu tive um sonho... ou melhor, Milton Friedman teve!

É importante notar que a automação e a IA também estão criando novos empregos em áreas relacionadas, como engenharia de software e robótica. No entanto, esses empregos geralmente requerem habilidades avançadas e especializadas, o que significa que muitos trabalhadores que estão perdendo seus empregos podem não ter as habilidades necessárias para preencher essas vagas.

Portanto, a perda de empregos devido ao desenvolvimento da IA é um problema complexo e multifacetado que requer atenção cuidadosa de governos e empresas. A parte que cabe ao setor privado requer que os trabalhadores sejam treinados e capacitados para as novas habilidades necessárias para os empregos do futuro, sob o risco de faltar mão de obra no futuro.

Já a parte que cabe aos governos passa por fomentar políticas públicas incentivando a educação e o treinamento para a força de trabalho e fornecendo redes de segurança social para a população, como a ideia da renda básica universal proposta por Milton Friedman.

Friedman criou a ideia da Renda Básica Universal (RBU) como uma forma de ajudar os indivíduos a se libertarem da pobreza e aumentar a liberdade econômica. Sua proposta sugere que todos os cidadãos recebam uma quantia de dinheiro igual, independentemente da sua renda, para cobrir as suas necessidades básicas.

Alguns críticos argumentam que a RBU pode encorajar a falta de motivação para trabalhar, aumentar a inflação e ser financeiramente insustentável no longo prazo, porém, tais argumentos caem por terra com a chegada e o desenvolvimento da IA. Com ela podemos gerar riqueza sem precisarmos trabalhar. As máquinas trabalharão por nós!

Vamos imaginar algumas situações cotidianas:

1. você é um estudante que precisa se dedicar a uma importante tese. No entanto, você precisa trabalhar para sustentar sua vida. Com a IA você não precisaria mais trabalhar para se manter e com a RBU você garantiria seu sustento para se dedicar ao que realmente importa: seus estudos.

2. Imagine uma mãe que precisa passar parte do tempo cuidando de seu bebê e outra parte trabalhando para mantê-lo. Com IA as máquinas fariam o que ela faz e com a RBU ela poderia ficar em casa cuidando do que realmente importa: seu filho!

3. agora imagine um trabalhador que arrisca sua vida todos os dias no emprego (seja um mergulhador de águas profundas, um minerador ou um eletricista que trabalhe com alta voltagem, etc). Com a IA ele não precisaria correr o risco de perder sua vida e com a RBU ele teria como sustenta-la sem precisar de um emprego.

Em resumo, a RBU seria uma forma de manter todo e qualquer ser humano não apenas livre de pobreza, mas livre de qualquer trabalho desnecessário. No futuro quem deve fazer trabalhos árduos são as máquinas, não os humanos!

É claro que trabalhar não deve e nem pode ser proibido. Jamais! porém, seria algo focado apenas no que é realmente necessário e nunca no trabalho por necessidade de sobrevivência. Quem realmente deseja sair de casa e fazer o que ama, como por exemplo, professores, escritores ou até programadores, não apenas pode como deve faze-lo, mas de uma forma mais tranquila e honesta tendo em vista que a RBU garantiria sua vida independente de qualquer coisa.

E quem pagaria pela Renda Básica Universal?

A resposta é mais óbvia do que parece: toda e qualquer empresa do mundo, afinal, são elas quem usarão a mão de obra robótica e a inteligência artificial.

O princípio é simples: todo ser humano é coproprietário do planeta. O ar, a água, todo elemento mineral ou vegetal é propriedade nossa, de todos os habitantes da Terra, logo, se uma máquina/computador gera riqueza com isso, há de se cobrar um tributo para sustentar a nós, humanos!

Obviamente quem se dispõe a inventar um negócio criando uma empresa merece ficar com a maior parte do lucro, porém, é justo que uma fração desta riqueza seja separada para garantir a RBU, e assim, garantir a evolução de quem é coproprietário do planeta terra: nós.

Em teoria tudo que foi escrito até agora é maravilhoso, mas temos um (grande) problema: o próprio ser humano.

Sim, o ser humano pode estragar tudo. Mais precisamente aqueles que são gado de político. É que para colocar a RBU em prática precisamos que os Congressos o aprovem. No caso do Brasil já existe até uma lei APROVADA desde 2004. Mas adivinhem? nenhum presidente JAMAIS aplicou a lei. Nem Lula, nem Dilma, nem Temer e nem Bolsonaro. Qual razão teríamos para acreditar em sua implementação se os eleitores se comportam como gado e jamais reclamam com quem eles elegem?

LEI Nº 10.835, DE 8 DE JANEIRO DE 2004: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.835.htm

PS: parte deste texto foi criado através de inteligência artificial, outra parte através da inteligência natural.