Você sabe quem é John Galt?
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Você sabe quem é John Galt?

Dr. Peu
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Saiba o porquê considero A REVOLTA DE ATLAS o livro mais importante que li na vida até o momento

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Há muito tempo atrás estava eu trocando ideia com uns amigos no bar que eu comandava na faculdade semanalmente...


- O que? Você comandava um bar na faculdade?

Era tipo isso. Eu organizava eventos levando gente foda pra palestrar no DA e sempre abria o bar depois da palestra para que o palestrante pudesse ficar mais tempo ali conosco e interagir com quem foi la assistir. E nesses momentos, as conversas geralmente eram espetaculares. Hoje vou te contar sobre os frutos de uma dessas conversas...


Como eu ia dizendo... estava eu batendo papo com uns amigos nesse bar aí e iniciamos uma conversa sobre anarcocapitalismo.

Uma das frequentadoras mais assíduas desses nossos eventos era uma amiga minha ancap. Ela tinha umas ideias que meu eu daquele tempo considerava extremamente diferentes. Por isso, eu reagia, as vezes com curiosidade, e muitas outras (hoje noto que por ignorância) com postura de discordância. Ela, notando que havia desconhecimento, mas também terreno fértil para boas ideias, decidiu me indicar um livro pra ler: A Revolta de Atlas, da Ayn Rand.

Essa conversa aconteceu no final do ano de 2016 e eu só fui dar ouvidos a essa moça e começar a ler o livro em Janeiro de 2020. 

"Carai, se eu tivesse enrolado menos tempo, eu teria evitado tanta cagada e tanto sofrimento a toa..."

Agora é a hora que eu vou tentar entrar na sua mente e te convencer a largar o que você está lendo hoje para ler essa obra prima da Rand. Então preste muita atenção a partir de agora!

Por que esse livro é tão importante?

Vou iniciar te contando o que você vai ler em qualquer anúncio na internet sobre o livro. Ele foi eleito pela Biblioteca do Congresso americano, o segundo livro mais influente nos EUA, perdendo apenas para a Bíblia. Então, cara...não estou sozinho nessa de apreciar essa narrativa. É um livro reconhecido pra caramba e se você ainda não o conhece, chegou a hora de entender um pouco do que se trata.

A Revolta de Atlas é uma obra ficcional de cunho filosófico, que essencialmente fala sobre ética. É um papo sobre ética talvez meio diferente do que você está acostumado a ouvir na escola e nesse aspecto o livro começa a me ganhar. Porque a autora dialoga com a ética que sempre morou no meu coração e, consequentemente, começa a me explicar de modo extremamente lúdico sobre a causa da minha angústia com certas situações que eu vivenciava no dia a dia. A Rand foi a primeira a chegar pro meu espírito inventivo, empreendedor e falar:

"- Meu filho, acalma seu coração. Você está fazendo certo. O mundo funciona desse jeito mesmo, levante a cabeça porque o que você faz é foda. Você tem o meu respeito por ter decidido produzir valor para o mundo. O código de ética que você segue é diferente do dessa turma e o seu é bom."

Durante a graduação eu criei várias iniciativas relacionadas a empreendedorismo para os estudantes e também abri duas empresas. O problema é que eu estudava medicina numa federal. Imagine aí o tamanho da resistência que enfrentei por parte dos admiradores de Marx e outras bobagens do tipo. 

Mas o que mais esse livro tem de legal, Peu?

Além de ser um livro muito bom sobre ética, ele é um livro grande, muito grande. O que isso significa?

Chegar ao final dele significa muito. Pessoas com desvios de caráter de várias naturezas não conseguem passar do segundo capítulo dele. A Revolta de Atlas é um livro que faz críticas muito robustas a comportamentos antiéticos extremamente comuns em nossa sociedade. O cara que escolhe levar uma vida medíocre, ser o espertão, que tenta relativizar e te convencer com argumento sofismático de que os devaneios coletivistas dele são do bem precisa ter muito estômago pra ler cada página dessa obra.

Portanto, a leitura completa do livro torna-se um filtro muito bom pra trocar ideia com gente boa, que aguenta ler verdades difíceis de engolir. O cara que chega ao fim tem uma chance muito maior que qualquer outra pessoa de também querer viver num mundo mais livre e mais próspero...e mais que isso...participar ativamente da criação desse mundo por meio do trabalho.

É isso mesmo, cara. Se você já leu esse livro você tem o meu respeito. Se você não leu ainda e vai procurar saber sobre o livro agora, já vou te contar mais uma última coisa que algumas pessoas falam dele, e que nesse caso eu acho bobagem.

Existe uma galerinha aí, que fala que a Rand escreveu mal esse livro, que os personagens são meio pastelões e blá, blá, blá.... 

Os personagens são meio caricatos mesmo, isso é verdade. No entanto, não vejo isso como desvantagem do livro, pelo contrário. A Rand cria personagens arquetípicos, que representam em sua essência padrões de comportamento humanos. Ela exagera um pouquinho nos diálogos, criando intencionalmente um enredo distópico e acaba nos oferecendo com isso um monte de ferramentas para ler melhor o nosso mundo. Ela afasta as conversas da zona cinza do nosso dia a dia para nos mostrar o quão absurdo é o que a gente vive, e ela faz isso muito bem.

Quem leu o livro, certamente enxerga muitos fatos da atual pandemia com olhos muito diferentes.

Outro ponto legal dos personagens arquetípicos é que é possível enxergar muito de você em alguns deles e aprender com isso. Entender qual faceta comportamental e ética predomina em você, quais vivências você compartilha com eles, quais desafios, e com que padrão ético você reage a eles.

Eu confesso que tenho eleito o personagem que mais me identifiquei na história e por algumas semanas também fiquei observando as pessoas perto de mim e tentando notar qual arquétipo predominava no comportamento daquela pessoa.


Essa foi a minha resenha da obra A Revolta de Atlas, da Ayn Rand. Se você empreende, e ainda não leu esse livro, largue tudo o que você estiver lendo e deixe ele furar fila. Pois, ele é uma grande caixa de ferramentas filosóficas, éticas e emocionais para quem vive o que a gente vive, com isso você vai acabar trabalhando melhor e mais sereno.

E se você chegou até aqui e já leu essa narrativa foda, me conte aí:

Com qual personagem você mais se identifica?

Sou doido pra conversar com pessoas sobre esse livro, se esse é o seu caso também, pode me chamar.

Está tentando convencer alguém a ler esse livro? Mande esse texto pra essa pessoa também.

E se de alguma forma eu te ajudei ou falei algo útil aqui pra você deixe aí seu PINGBACK pra dar aquela força!

Um forte abraço e até a próxima!