A fotografia com lentes fixas.
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A fotografia com lentes fixas.

O mundo pode te proporcionar muitas experiências sem o zoom.

Philipe Martins
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O mundo pode te proporcionar muitas experiências sem o zoom.

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Sou novo na fotografia. São só sete anos, seis atuando por conta própria e cinco utilizando somente lentes fixas, sem zoom.

Minha primeira experiência fotográfica foi realizar um ensaio de um amigo, com tema de Rock n’ Roll, em um barzinho bem alternativo da cidade; isso em meados de 2013. Peguei emprestado com um amigo uma Canon 5D Mark II, uma lente 24–70 2.8 L e um flash 580EX II. Eu não sabia nada. Coloquei a câmera no manual, flash em E-TTL e mal sabia fazer exposição e foco. Eu girava aquelas rodinhas até ficar bom, e fazia foco manual. O resultado não foi dos piores, digo, para um primeiro momento não foi dos piores. A partir dali resolvi seguir com a fotografia e alguns meses depois comprei minha primeira câmera, uma Canon 7D (sensor APS-C) com a famosa 50tinha 1.8 II, aquela mesmo, aquela de plástico, a mais famosa lente da Canon. De cara me senti limitado e em menos de 3 meses com a 50mm já parti para uma 24–105mm f/4 L.

Vocês podem perceber que em poucas palavras já citei 2 lentes zoom (24–70 e 24–105). Eu me sentia completo e imortal. Podia fazer com a 24–105 tudo que eu quisesse, de perto ou de longe; mesmo utilizando uma 7D (sensor crop). Eu achava fantástica a versatilidade de ter várias distâncias focais em uma única lente, e pra mim a nitidez que elas entregavam era satisfatória, vou além, algo de outro mundo (para quem até então conhecia apenas a fotografia de uma Sony W55 comprada em 2005).
O que acontece que nesse momento da fotografia, nós não temos outra referência para comparação. Um Fiat Uno pode ser o melhor carro do mundo, desde que você não experimente um BMW.
As lentes zoom são realmente versáteis, e principalmente a 24–70 2.8 (seja Canon L ou Nikon G N) entregam um bom resultado de nitidez.

Canon 6D com Canon 24-105mm f/4 L
Canon 6D com Canon 24-105mm f/4 L

A zona de conforto

Tudo ia muito bem. Fiz um upgrade e comprei uma Canon 6D (Full Frame). Eu mal utilizava a 50mm, a 24–105 era meu paraíso. Até que eu vi no Facebook alguém vendendo uma Canon 40mm 2.8 STM, a famosa Pancake. Vi alguns reviews e todos falavam bem da lente. Estava aparentemente nova, e era da filha do dono da maior loja de fotografia de Belo Horizonte; pensei: ela é cuidadosa com a lente e entende de equipamento, deve ser coisa boa. Fui à capital e comprei a lente. Fiquei um bom tempo praticamente sem utilizar a 40mm. Percebi que aquela compra não passava de mero consumismo.
Eu tinha 2 lentes fixas (40 e 50mm) e uma zoom (24–105). Eu mal utilizava as fixas. Em muitas vezes nem as levava para os trabalhos.

A famosa 40mm 2.8. Provavelmente a lente mais versátil que eu já tive. Recomendo! (em breve vou escrever um artigo apenas sobre ela).
A famosa 40mm 2.8. Provavelmente a lente mais versátil que eu já tive. Recomendo! (em breve vou escrever um artigo apenas sobre ela).

O início da mudança

Algum tempo depois me ocorreu o contrário, me peguei fotografando 5 casamentos consecutivos sem tirar a 24–105 da mochila, eu tinha usado 100% do tempo somente a 40mm 2.8. Os ensaios daquela época foram todos feitos com a 50mm 1.8 II.
Um grande amigo e fotógrafo, na mesma época, tinha acabado de comprar uma 85 1.4D e uma 24 1.4G da Nikon e me falou do desejo de substituir a 24–70 2.8 por uma 35 1.4 e uma 50 1.4. Eu achei aquilo muito estranho, nós dois sempre elogiamos a versatilidade e qualidade ótica das 24–70.
Um fotógrafo da minha cidade que eu admirava muito e era referência (até hoje), fotografava somente com fixas também, ele tinha 24, 35, 50, 85, 100 Macro e 135.
Me lembrei que em 2014 participei do workshop SEMIOSIS do Rafael Benevides, e entre 14 fotógrafos eu era o único a utilizar zoom.
Com tudo isso acontecendo vi que existia um mundo muito grande além da minha 24–105. A curiosidade despertou a mudança.

A mudança radical

Em 2015 decidi anunciar minhas 3 lentes de uma vez: 40mm 2.8, 50tinha e 24–105 à venda. Vendi as 3 na mesma semana, e quando entreguei a última (24–105) para a compradora em um Shopping de BH, o vendedor de uma 35 1.4 L já estava me esperando na Praça de Alimentação do mesmo shopping para fazer negócio. Logo que sai do shopping fui ao Centro da cidade e comprei uma 50mm 1.4 USM semi-nova também; e em menos de 30 minutos eu já estava dentro de uma loja comprando uma 85mm 1.8 USM.
Pronto! Em 2 horas eu tinha feito uma mudança radical em meus equipamentos. Agora eu estava munido de 35, 50 e 85.

35 / 50 / 85 - O Trio de Ouro.
35 / 50 / 85 - O Trio de Ouro.

Adaptação

Com a adoção de 3 lentes fixas parti para utilização de alça dupla Black Rapid e utilizava dois corpos nos eventos (casamentos e 15 anos). Na Full Frame ficava a 35mm e na crop a 50mm (para eu ter a amplitude de visão de uma 85mm). Eu fiz a troca de plataforma mas não me sentia seguro de utilizar um corpo apenas, e tinha medo de fazer trocas constantes no decorrer do evento. Nos ensaios eu alternava bastante entre 50 e 85.
A adaptação foi relativamente rápida, cheguei também a experimentar em casamentos a céu aberto a 35 na crop (enxergando como uma 50) e a 85 na Full Frame. Experimentei também a 50 na Full Frame e a 85 na crop etc.
Eu estava realmente realizado com a mudança, além da curiosidade e da enorme possibilidade de adaptações.
Com o passar do tempo acabei abandonando as diversas combinações de corpos/lentes e partindo para utilizar somente a câmera Full Frame (lá em baixo você vai entender melhor os motivos).

Qualidade ótica

Confesso que ao primeiro momento não via diferença ótica e de nitidez entre minas 3 lentes fixas e uma 24–70 2.8 L. Da 24–105 sim! A diferença era gritante. Não confie em quem disser que é tudo a mesma coisa.
Com o passar do tempo fui tomando mais experiência e percebendo pequenas diferenças óticas para as zoom. Algo que quando eu não sabia usar passava batido.
Citando o exemplo da 24–105, observei uma considerável falta de nitidez nas bordas, e em situações de iluminação deficiente uma dificuldade elevada de tratar a pele no pós produção.

Exposição

É óbvio que as lentes fixas são mais claras que as zoom. São menos elementos óticos para refratar a luz. Isso me trouxe um conforto muito grande em relação à sensibilidade do sensor e carga dos flash. Com a 24–105 eu precisava utilizar flash em potência alta e ISO elevado. Agora eu saia de uma lente f/4 e subia para f/1.4. Na tabela de compensação são 3 pontos de fotometria, o que representa, por exemplo, sair de ISO 4.000 para 500, ou baixar a potência do flash de 1/16 para 1/128.
Tudo bem que dificilmente eu fotografo em f/1.4, prefiro aberturas menores. Ensaio entre 2.8 e 4, e casamentos sempre acima de f/4, não ultrapassando f/7.1. Ainda assim é muito satisfatória a resposta que as lentes fixas tem à iluminação e à exposição. Uma 50mm 1.4 em f/4 é muito mais clara que a 24–105 em f/4; não sei precisar exatamente quantos pontos de fotometria, pois não tenho mais a zoom. Além disso temos que lembrar que em f/4 a 50 está em sua maior curva de nitidez, diferente da 24–105, que é nítida acima de f/5.6.
Concluindo: a exposição é feita com ISO mais baixo e flash em menor carga.

Nota: as lentes nunca tem sua maior curva de nitidez dentro de 1 ponto da maior e 1 ponto da menor abertura do diafragma.

Tratamento e pós produção

Eu já tinha sentido uma diferença gritante entre o tratamento das câmeras Crop para as Full Frame. A latitude e alcance dinâmico das FF é absurdamente maior, e isso possibilita uma resposta muito satisfatória na aplicação de tratamento. Eu falo de correção de cor e luzes, não só de exposição como a maioria dos fotógrafos se apega. Já vi amigos meus defendendo o uso de câmeras Crop dizendo que a foto tem que sair pronta com a exposição e iluminação ideais. Concordo em partes, mas ter a possibilidade de criação também na Pós Produção é muito bom.
Já utilizando em 80% do trabalho a minha Full Frame, a troca da zoom pela fixa me mostrou que a possibilidade e resposta no tratamento eram ainda maiores, e isso me abria um universo de possibilidades para melhorar a qualidade do meu trabalho. É muito mais prático e fácil alcançar um resultado consistente de tratamento do início ao fim de um evento. Aplicar o mesmo preset em um único ensaio e equilibrar uniformemente principalmente as áreas de sombras das fotos.

Conforto

O peso reduzido das lentes fixas, por serem menores, me agrada muito! Mesmo para quem é forte, malha e pratica exercícios físicos, carregar por 6, 8 ou 10 horas de evento os quase 2.5Kg de uma 6D + 24–70 não é nada confortável, mesmo com alça de pescoço.
O trabalho com o Black Rapid + 2 corpos com 2 fixas é muito mais confortável que com uma 24–70. Imagina então trocar uma 70–200 2.8 (IS ou VR) com seus quase 3Kg por uma 85 ou uma 135 f/2 perto dos 500g!?


FATORES PESSOAIS

Até agora eu falei apenas de fatores técnicos, vou abordar os fatores pessoais, que pra mim são ainda mais importantes e relevantes para o desenvolvimento desse trabalho.

Desenvolvimento de Identidade

Muito se fala em identidade fotográfica, e isso é algo que não é possível ensinar a ninguém. Não é possível herdar de alguém. A sua identidade fotográfica já existe, só falta você aflorar os elementos dela.
Acredito que a fotografia com lentes fixas ajuda muito nesse desenvolvimento.

Criatividade oriunda da limitação

O primeiro argumento de quem defende lentes zoom, tem medo da troca ou simplesmente não quer considerá-la é o fato de “fazer tudo com um equipamento só”. Ok! Concordo! E com as lentes fixas também é possível fazer tudo com um equipamento só! Conheço inúmeros fotógrafos que só tem uma 35mm, e destaco meu amigo Bruno de Ubá, que nunca teve outra lente além de uma 50mm (e ele tem mais de 20 anos de fotografia).
Justamente a limitação de ter somente um ângulo de visão é que me despertou a paixão pelas fixas. O fato de ser extremamente necessário me movimentar em 3 eixos para buscar a foto, me encanta.
>>A limitação gera criatividade!<<
Depois da adoção das fixas meu trabalho foi a outro patamar. Não quero ser prepotente em dizer que ficou melhor, pois para o cliente final em muitas vezes não é tangível, ele não entende nada de fotografia; mas meu trabalho ficou melhor pessoalmente falando. Ficou melhor de ser executado. Eu me sinto muito satisfeito, grato e animado a fotografar com essas lentes.
Para mim, fotografar com lentes fixas é mais gostoso!

Distância focal real e a consistência da composição

Eu sou da era digital. Não peguei a fotografia analógica, mas tento ser o mais “roots” possível em meu trabalho; mesmo que somente em idéias. Procuro pensar como os verdadeiros pais da fotografia, e eles não tinham, em meados do século passado, 24–70 e 70–200 para fotografar.
Clipar uma 35 na câmera e saber que tenho ali exatos 35mm e não correr o risco de ficar em 30 ou 38, ou que seja involuntariamente voltar para os difíceis 24mm, é muito bom, muito confortante. Enfim: ter muitas possibilidades, nesse caso, acho prejudicial. Me lembro da grade do meu Adobe Lightroom na época da 24–105, era um caos. A mesma cena vista de diversos ângulos, sendo que nenhum me agradava de fato, ou, quando eu precisava de pequenas variações da mesma cena, cada uma estava em uma perspectiva.
O segundo plano pode causar um pouco de problema em quem dá valor a isso. É importante lembrar que o mesmo enquadramento em 24 e 50mm com a mesma lente zoom, vai te trazer uma perspectiva totalmente diferente, e com as lentes fixas o segundo plano sempre terá a mesma perspectiva.

Distância focal para ir além do enquadramento

A maioria dos fotógrafos acha que a variante de distâncias focais na fotografia serve somente para variar o enquadramento. Ledo engano.
Cada lente “enxerga o mundo” de uma forma, e se limitando à utilização fixas, você começa a dar mais atenção para o que procura no resultado final do seu trabalho.
Com uma lente zoom nas mãos, nossa cabeça tem a tendência de utilizar as variações dela somente para buscar o enquadramento desejado, e com isso nos esquecemos de questões como profundidade de campo, compressão do segundo plano, distorção do primeiro plano etc; e estes são elementos presentes na fotografia que com a adoção de lentes fixas se tornam mais evidentes e damos mais valor a eles.

Fazer a foto sem a câmera

Em 2017 fiquei quase 30 dias no exterior. Fiz muita fotografia de rua na Argentina e Uruguay, e em um casamento na República Dominicana. A eleita para a viagem não foi a 35, nem a 50, tampouco a 85. Levei a 40mm 2.8! Sim, aquela que eu vendi por tê-la subestimado. Peguei emprestado com uma amiga, pois já tinha uma experiência de rua com essa lente; com ela eu participei de uma maratona de 10 horas de fotografia pelas ruas de BH. Os fatores que me fizeram escolher essa lente foram: distância focal normal, leve e pequena (pancake) e muito nítida de ponta a ponta.
Me lembro que nas longas caminhadas pela capital Porteña eu não queria pagar de turista japonês com uma camisa Columbia, um chapéu khaki e uma câmera pendurada no pescoço, mas não deixei de clicar muito. Portanto, eu fazia as fotos mentalmente, e quando levava a câmera ao rosto eu estava de pé exatamente onde precisava. Eu já tinha a composição aos olhos de forma intuitiva: justamente porquê eu só fotografo com aquela lente o tempo todo. Meu cérebro se alinha aos olhos, que me permite me movimentar exatamente onde eu preciso, sem ter que ficar ajustando zoom com a câmera aos olhos.
É assim quando faço ensaios externos com a 50mm e nos casamentos com a 35mm.
A fotografia com lente fixa é muito mais intuitiva. Eu brinco com meus amigos e alunos fotógrafos, “eu aprendi enxergar em 35mm”.

Eu sou realmente um fanático por 35mm, mas essa não é a regra. Você deve buscar a “sua distância focal”. Seja ela 24, 28, 35 ou 200mm. Não importa! Busque a SUA identidade a partir de uma lente.

A primeira 35mm. Uma Canon 35mm 1.4 L
A primeira 35mm. Uma Canon 35mm 1.4 L
Este é meu set atual: Nikon D750 com Nikkor 35mm 1.8 G
Este é meu set atual: Nikon D750 com Nikkor 35mm 1.8 G

Chegar perto!

Este talvez seja um dos fatores pessoais mais importantes, e destaco para este ponto a 35mm! Essa lente é fantástica! Ela me fez enxergar e sentir a fotografia de forma diferente, principalmente a fotografia de casamento.
É algo imensurável, você tem que sentir! Parece que a 35mm te força a estar mais perto das pessoas, mais próximo das coisas, e o resultado não te traz distorções negativas. É uma lente sinestésica, que te faz enxergar e sentir as coisas de forma diferente.
Ainda quero aprofundar muito meus estudos acerca dessa lente. Sei que há um oceano muito profundo pra eu navegar e mergulhar sobre o assunto.

Quando as coisas não cabem no enquadramento ou estão longe demais.

Outro questionamento muito comum das discussões sobre lentes é: “e quando tem que fazer foto de grupo”? … “e quando tem que chegar perto”?
Se o ambiente te limita a trabalhar por ter a necessidade de enquadrar 10 pessoas sem um recuo de 6 metros, a culpa não é sua. O fotógrafo não criou ou dirigiu a situação, tampouco promoveu o evento. Nós temos a falsa sensação de salvação da pátria, de agradar a todos e de ter a obrigação de registrar tudo exatamente como a cabeça dos leigos (ou abusados) quer. Isso não existe! É como a limitação que algumas igrejas impõem sobre subir ao altar para fotografar: simplesmente não será possível ter uma foto de frente dos noivos. Ponto final. Nós não podemos mudar isso.

Se o assunto a ser fotografado está longe demais e sua câmera está calçada com uma 35 ou 50, e na sua cabeça você acha que deveria ter uma 70–200, te sugiro adotar um dos dois comportamentos: o primeiro: chegar o mais perto possível e clicar; ou, fazer com que sua cabeça componha o momento com a lente que você tem. A história vai ser contada! Talvez seja contada de uma forma diferente do que a maioria faria, mas vai ser “o seu jeito” de contá-la. E isso faz parte do desenvolvimento de identidade que eu já citei, não só de identidade pessoal do fotógrafo, mas da identidade daquele evento, daquele set.
Talvez um empreendedor financeiro diria: “isso é enriquecer na crise”. Essa frase cabe perfeitamente à essa situação.


Uma palavra final: Liberdade

A fotografia é uma vertente do campo das artes. Quando eu penso em arte me vem à cabeça vários conceitos aprendidos nessa minha (por enquanto) curta caminhada. Algo como: “ser artista é ser livre”, ou ainda “fazer arte é cometer erros, ser artista é saber quais erros cometer”. A adoção de lentes fixas ao meu trabalho me trouxe uma sensação de liberdade muito grande, mesmo que a maioria de vocês interprete como “estar preso a uma única distância focal”.
Eu sei que esse conceito é pessoal e intangível, e que agora digitando aqui não consigo encontrar as palavras corretas; deve ser porquê estou falando de um sentimento pessoal, e traduzir sentimentos em palavras é algo muito difícil.
Essa publicação não tem o intuito de formar opinião ou escalar imposição sobre uma verdade absoluta, é um breve relato sobre o que ela representa pra mim, e pode representar pra você também.

Meu recado sobre liberdade e escolhas sobre suas lentes é: vá e faça! Busque o melhor pra você! Que seja uma zoom ou uma fixa. Você é livre pra isso! O poder e o dever da fotografia vão muito além de se prender a conceitos técnicos ou a preciosismos. A fotografia é fantástica.


Philipe Martins: profissionalmente, fotógrafo, mas nem sempre foi assim. Técnico de Segurança Industrial, Técnico em Meio Ambiente e Bombeiro Socorrista por formação.
Atualmente: amante de cinema, leitura e música. Viajante, caminhante, atirador e amante das armas, das lâminas e das lanternas táticas. Visite meu site também.
www.philipemartins.com.br