Dizer pra alguém que ela parece uma mulher dos filmes do Truffaut é:
Dizer pra alguém que ela parece uma mulher dos filmes do Truffaut é: | ||
--> Legal? | ||
--> Meio esquisito, com um quê de pretensioso? | ||
--> Algo que parece uma cantada barata, com aroma de pretensão e retrogosto de pseudo-inteleca? | ||
Bom, nunca vou entender quem diz que os filmes do Truffaut são "cabeça". Eles só são falados em francês, mas pra mim é como se fosse Woody Allen, Domingos de Oliveira, algo de Seinfeld, Gilmore Girls e Medianeras ou os filmes daquele argentino cujos filmes não têm o Ricardo Darín (acho que alguma coisa Burman). | ||
Vi a Sarah Paulson num filme de dois ex-namorados do colegial que se reencontram e o ex-namorado dela é um cara massa, que já vi aqui e ali e sempre curto quando ele tá no filme ou na série. | ||
Eu nunca tinha visto a Sarah Paulson. Ela é uma mulher que caberia num filme do Truffaut, fazendo par com o Doinel. | ||
Quando eu gostava de olhar pra essa menina que eu pensei em elogiar, muito tempo atrás, outra cidade, outra vida, outros tudos, eu não conhecia o Truffaut. | ||
Só gostava de olhar pra ela. | ||
Nunca cheguei a conversar com ela. Assim, só com ela. | ||
Eu gostava de olhar. Sobretudo o perfil. Acho que se o Jornal do Brasil fosse fazer uma daquelas entrevistas no formato "bate-bola" ou "ping-pong" comigo e perguntasse qual perfil eu levaria para uma ilha deserta, seria o dessa menina. | ||
Você não chega do nada pra alguém e diz que ela parece uma mulher dos filmes do Truffaut... | ||
Mas pode sempre rever "Domicílio Conjugal", por exemplo, sempre que puder. | ||
E saber que durante a vida, em carne e osso, você pode conhecer uma mulher como as que o Truffaut escolhia para os seus filmes! | ||
PS: Foi o 1Bertinho quem primeiro falou sobre o PS em tempos digitais... porque antigamente, nas cartas escritas à mão, como faziam os sumérios, o PS servia para indicar que alguma coisa que precisava ser dita, ficou de fora e existe ainda a urgência em ser dita. Hoje em dia, é só ir lá e editar o texto... | ||
PS 1: Mas manter a estrutura com o "PS", segundo ele, é ainda importante porque demonstra que o assunto era urgente, tinha sido esquecido mas, por ser urgente, virou um "PS". | ||
PS real, precedido por esses outros meramente explicativos: Mencionei o Doinel, personagem do Truffaut, cujo ator faz uma ponta em O Último Tango em Paris, como o namorado da Maria Schneider e... sei lá, acho que existe alguma justiça poética nas maneiras clássicas, olímpicas, profanas e disruptivas como ele é corneado com o Marlon Brando! |