Como as mulheres dos filmes do Truffaut... (Abraço ao Ricardo Lima, Homewoerker e Doinelaholic como eu)
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Como as mulheres dos filmes do Truffaut... (Abraço ao Ricardo Lima, Homewoerker e Doinelaholic como eu)

Dizer pra alguém que ela parece uma mulher dos filmes do Truffaut é:

Randall Neto
3 min
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Dizer pra alguém que ela parece uma mulher dos filmes do Truffaut é:

--> Legal?

--> Meio esquisito, com um quê de pretensioso?

--> Algo que parece uma cantada barata, com aroma de pretensão e retrogosto de pseudo-inteleca?

Bom, nunca vou entender quem diz que os filmes do Truffaut são "cabeça". Eles só são falados em francês, mas pra mim é como se fosse Woody Allen, Domingos de Oliveira, algo de Seinfeld, Gilmore Girls e Medianeras ou os filmes daquele argentino cujos filmes não têm o Ricardo Darín (acho que alguma coisa Burman).

Vi a Sarah Paulson num filme de dois ex-namorados do colegial que se reencontram e o ex-namorado dela é um cara massa, que já vi aqui e ali e sempre curto quando ele tá no filme ou na série.

Eu nunca tinha visto a Sarah Paulson. Ela é uma mulher que caberia num filme do Truffaut, fazendo par com o Doinel.

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Quando eu gostava de olhar pra essa menina que eu pensei em elogiar, muito tempo atrás, outra cidade, outra vida, outros tudos, eu não conhecia o Truffaut.

Só gostava de olhar pra ela.

Nunca cheguei a conversar com ela. Assim, só com ela.

Eu gostava de olhar. Sobretudo o perfil. Acho que se o Jornal do Brasil fosse fazer uma daquelas entrevistas no formato "bate-bola" ou "ping-pong" comigo e perguntasse qual perfil eu levaria para uma ilha deserta, seria o dessa menina.

Você não chega do nada pra alguém e diz que ela parece uma mulher dos filmes do Truffaut...

Mas pode sempre rever "Domicílio Conjugal", por exemplo, sempre que puder.

E saber que durante a vida, em carne e osso, você pode conhecer uma mulher como as que o Truffaut escolhia para os seus filmes!

PS: Foi o 1Bertinho quem primeiro falou sobre o PS em tempos digitais... porque antigamente, nas cartas escritas à mão, como faziam os sumérios, o PS servia para indicar que alguma coisa que precisava ser dita, ficou de fora e existe ainda a urgência em ser dita. Hoje em dia, é só ir lá e editar o texto...

PS 1: Mas manter a estrutura com o "PS", segundo ele, é ainda importante porque demonstra que o assunto era urgente, tinha sido esquecido mas, por ser urgente, virou um "PS".

PS real, precedido por esses outros meramente explicativos: Mencionei o Doinel, personagem do Truffaut, cujo ator faz uma ponta em O Último Tango em Paris, como o namorado da Maria Schneider e... sei lá, acho que existe alguma justiça poética nas maneiras clássicas, olímpicas, profanas e disruptivas como ele é corneado com o Marlon Brando!