Experimentar e ousar faz parte da arte

Sorvete é aquela coisa...

A gente não toma sorvete todo dia - ao menos não deveria.

Então, quando vamos tomar, o que é mais prudente? Escolher o de sempre. Ou o favorito. Ou, de forma relutante, o que for recomendado com muito entusiasmo por alguém cuja opinião você respeita - ou quer agradar.

Vai que por alguma razão exótica, você faça parte de uma seita onde se compromete civil e religiosamente, a só tomar um tipo de sorvete, na saúde e na doença, na riqueza ou na pobreza, na Libertadores ou no Rebaixamento.

O que fazer quando não tem mais essa obrigação?

Metáfora difícil, mas devo dizer que escolhi, no meu dia de exceção, um sabor que talvez seja o oposto de tudo o que gosto. A começar pelo nome: sorvete de mascarpone com redução de figo!

Eu não sei o que é um mascarpone, não faço a menor ideia do que seja uma redução e figo está talvez pra lá do trigésimo lugar em matéria de fruta favorita.

Mas me enchi de ousadia, coragem e até me posicionei com a coluna mais ereta para falar pra moça, com alguma propriedade, o que eu queria:

"Metade pistache e metade de mascarpone com redução de figo".

Gostei. Do sorvete? De dizer isso... do sorvete eu amei! Eu não tenho palavras pra dizer o quanto é bom um sorvente de mascarpone com redução de figo!

Porém, o que eu mais gostei foi do seguinte: na próxima vez em que eu me der o direito de tomar um sorvente, vou repetir essa experiência maravilhosa! Não do sabor, mas de experimentar outro! Tem alguma coisa lá com macarena que talvez seja a escolha da vez.

Porque é muito legal a gente ter um sabor favorito de sorvete, principalmente depois de ter experimentado vários outros!

E experimentar deixar o Ping do Randas com outros sabores, além do futebol, sobretudo numa segunda-feira do mês do meu aniversário!