Chuva em Brasa (Soneto no. 02)
5
0

Chuva em Brasa (Soneto no. 02)

Soneto

Alpha Aquilae
1 min
5
0
Email image

Tão logo vem a chuva, então me lanço 

Na sólida esperanca de um abrigo

Pra  súplica que o vento traz consigo

E à vida do calor não traz descanso.


Com brasa em mãos, um teto, enfim, alcanço,

E mais ardente a faz o vento amigo,

E é quando a chuva, com maior castigo,

Pranteia a chama e seu ardor expanso.


A fúria me cobrou preço a contento

Da chance de fugir, que se defasa.

E entregue à voz do velho amigo vento,


A quem lhe devo viva em peito a brasa,

Sei que o que mais quero, a qualquer momento,

Bem mais que um abrigo, é voltar pra casa.