O real Genocídio.
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O real Genocídio.

Hoje em pleno século 21 existe um genocídio real e sistêmico acontecendo enquanto você lê este texto. E não é aquele devaneio que seu amigo militante vive gritando que acontece no Brasil e repetido pela grande mídia e idiotas úteis. Este geno...

Rapha passarinho
5 min
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Hoje em pleno século 21 existe um genocídio real e sistêmico acontecendo enquanto você lê este texto. E não é aquele devaneio que seu amigo militante vive gritando que acontece no Brasil e repetido pela grande mídia e idiotas úteis. Este genocídio é real e silencioso, silencioso pois seu causador é hábil em mante-lo fora da mídia, e a mídia vendida a este mesmo causador, prefere fingir que não existe enquanto continua a desinformar e realmente mostrar a verdade. ESTOU FALANDO DO POVO UIGUR. 

QUEM SÃO OS UIGURES?

Os uigures são muçulmanos que habitam predominantemente a região autônoma de Xinjiang, no noroeste da China, região que faz fronteira com o Paquistão e o Afeganistão. Sua língua é parente da língua turca e os uigures se veem culturalmente e etnicamente mais ligados à Ásia Central do que ao resto da China.

Por séculos, as principais atividades econômicas da região vinham sendo a agricultura e o comércio, com cidades como Kahshgar prosperando como entrepostos da famosa Rota da Seda.

No começo do século 20, os uigures chegaram a declarar independência. Mas, em 1949, a região passou a ser controlada pela China comunista.

Oficialmente, Xinjiang é uma região autônoma da China, como o Tibete, que fica mais ao sul.

A china os enxerga como militantes islâmicos e que vem realizando uma campanha violenta pela independência da região, com ataques a bomba, sabotagens e incitando a população à revolta. O governo chinês diz que os uigures foram treinados e doutrinados por militantes islâmicos no Afeganistão, mas há poucas evidências que confirmem isso,seria apenas uma desculpa para justificar as atrocidades cometidas contra o povo. Os crimes contra o povo Uigur vieram á tona através de serviços de espionagem europeus e americanos que identificaram campos de concentração onde milhões de pessoas eram mantidas presas, estes campos são chamados de "campos de reeducação" pelo governo chinês.

Um relatório independente feito pela  Newlines Institute for Strategy and Policy, de Washington DC, trouxe provas mais robustas do genocídio causado. De acordo com o relatório, entre um milhão e dois milhões de pessoas teriam sido detidas em 1.400 centros de internação em Xinjiang pelo governo chinês desde 2014, ano em que foi lançada uma campanha que visava oficialmente o combate ao extremismo islâmico.O governo chinês afirmou que a repressão foi necessária após uma série de ataques mortais em Xinjiang e em outras partes da China, que o país classificou como terrorismo. O relatório traz alegações de agressões sexuais, tortura psicológica, tentativa de lavagem cerebral cultural e um número desconhecido de mortes dentro dos campos.

“Nos campos, os presos uigures são privados de suas necessidades humanas mais básicas, severamente humilhados e submetidos a tratamento ou punição desumana, incluindo confinamento solitário sem comida por períodos prolongados”, afirmou o relatório. “Os suicídios se tornaram tão difundidos que os detidos devem usar uniformes seguros contra suicídio e não ter acesso a materiais suscetíveis de causar ferimentos próprios" Durante a repressão, os livros didáticos da cultura, história e literatura uigures foram retirados das aulas para crianças em idade escolar. Nos campos, os detidos aprenderam mandarim à força e foram descritos como torturados caso se recusassem ou fossem incapazes de falar a língua corretamente. Não só todas estas barbaridades são cometidas como também a acusação de esterilização em massa do povo Uigur, (cerca de 33% entre 2017 e 2018), programa oficial do governo chinês de esterilização, aborto e controle de natalidade, que em alguns casos foi imposto às mulheres sem o seu consentimento.

8 680 000 pessoas!! Essa hoje é a estimativa da população desta etnia que sofre a perseguição do governo chinês, velada e violenta. A grande pergunta é; porque se algo assim tão terrível está acontecendo, porque que a ONU e  a grande mídia, não se posicionam? Simples de responder, hipocrisia e interesses econômicos. A ONU hoje é apenas um fantoche do governo chinês, que injeta recursos massivos para ter vistas grossas da organização nunca sendo condenado por nenhuma resolução contra crimes de direitos humanos, para efeito de comparação o Brasil, já possuí algumas resoluções sendo acusando contra crimes humanitários. Não é inacreditável?? A mídia hipócrita recebe financiamento estatal chinês via parceria cultural e finge que nada acontece. Enquanto isso milhões de pessoas sofrem um real genocídio apenas por defender sua fé e características étnicas. 

O povo Uigur hoje é um povo real e perseguido, morto e oprimido, que sofre um verdadeiro genocídio. Um povo marginalizado e esquecido, sofrendo com o descaso daqueles que se dizem preocupados em salvar o mundo, meio contraditório não é? Temos que trazer a luz esse real problema, pois a militância e o politicamente correto transformou algo tão grave em xingamento comum. Hoje todos gritam a palavra genocídio, como algo banal, um xingamento comum, enquanto isso mais de 8 milhões de pessoas são mortas e perseguidas apenas pela sua etnia enquanto o resto do mundo finge que não vê. Espero que estes coloquem seu tempo e esforço a combater um grave problema ao invés de lutar contra moinhos de vento e criar genocídios imaginários apenas para atender suas narrativas, veja o povo Uigur e tenham um pouco mais de respeito para um problema que destrói a vida de milhões.