Andor: o que dizer sobre a série?

Então, não era a série que eu mais esperava. Saiu o primeiro trailer, o segundo, empolgou um pouco, mas nada. Eis que veio a série, 3 episódios só para começar, e nada também. Ao final da série, a impressão permaneceu a mesma. Eu realmente gostaria de ter uma empolgação maior ao final disso e ver que valeu a pena e tudo mais, mas realmente não foi algo para se impressionar.

Andor é uma série que tem elementos bem mais interessantes para se observar, de fato, do que séries anteriores, como The Book Of Boba Fett e The Bad Batch, porém se deve muito à época em que se passa (Era de Ascensão do Império), além de personagens consagrados como Mon Mothma e o próprio Cassian Andor pelo que sabemos de Rogue One, além da própria questão do Império Galáctico e de alguns pontos aqui e ali de Rebeldes.

Um paralelo que podemos traçar é quanto a críticas a outros materiais de Star Wars que se aplicam em Andor. Por exemplo, uma das críticas as Prequels é que a parte política retratada não é tão interessante. Eu discordo e gosto bastante de como foi abordado nas Prequels e em The Clone Wars que se passa no mesmo período. Já na série Andor eu realmente achei a parte política chata, o que até me surpreendi com minha própria reação, pois gosto bastante de como é mostrado na saga, no universo dela.

Até falei que a Mon Mothma poderia ser uma “protagonista” da série indiretamente, mas tirando os diálogos dela com o Luthen Rael e as discordâncias entre modos de agir deles, de resto foi bem pouco do que se pretendia.

Outro paralelo é a questão da série em si. Você que gosta de Rogue One já deve ter ouvido “mas você só gosta de Rogue One porque o Darth Vader aparece fazendo aquele show no final”, sendo que isso é só a cereja do bolo. O arco da Jyn Erso buscando cumprir a missão do pai, o Império construindo o que pode ser a arma definitiva contra qualquer resistência, o sentimento de estar na pele de cada um ali, etc., tudo isso é o que faz Rogue One o filme épico que é. Já na série Andor, eu observei exatamente a crítica de Rogue One. A única parte que me deixou realmente de boca aberta, foi o pós-créditos.

É muito fácil, pelo menos para mim, me apegar aos personagens. Seja qual for. Entender as motivações deles e acompanhar a jornada. Nesta série, somente Cassian Andor, Mon Mothma e Luthen Rael conseguiram trazer aquele ar de “estou com você”. Não que os outros não tenham chamado atenção, especialmente em Ferrix, mas, em uma rara exceção, eles pareciam bem “okays” e nada mais.

De início, Luthen parecia que seria uma espécie de “mentor” de Cassian Andor. Ele acabou sendo, mas de forma bem indireta, com o Cassian parecendo até um Caçador de Recompensas, algo até evidente no episódio 5, quando Andor diz que está ali só pelo dinheiro. Seria interessante ver os dois atuando juntos, e quem sabe fazer uma ponta com o General Draven que foi quem recrutou Cassian Andor para a Aliança Rebelde.

Andor não foi uma série de prender a atenção do início ao fim. Por mais que a proposta da série seja mesmo algo mais pés no chão, uma linha de diálogos mais direta sobre o que está acontecendo, especialmente com a Mon Mothma, auxiliaria na compreensão do todo e não deixando para escancarar o que o Império é capaz de fazer só no final ou depois da metade da série. Tem elementos interessantes, como a própria jornada do Cassian e momentos com sua mãe, mas bem pontuais. Mesmo mostrando um dos tentáculos da dominação do Império, poderiam muito bem mostrar mais dos nomes mais pertos de Palpatine, como o Coronel Yularen que apareceu bem rápido.

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