Ben Solo: uma redenção previsível de um personagem mal aproveitado
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Ben Solo: uma redenção previsível de um personagem mal aproveitado

Como a Trilogia Sequel estava sendo praticamente um remake da Trilogia Original nerfada, no último episódio, esperava-se uma “redenção” de Kylo Ren, voltando a ser Ben Solo. Como foi algo muito reforçado durante todo aquele bate-papo por Skyp...

Projeto Star Wars
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Como a Trilogia Sequel estava sendo praticamente um remake da Trilogia Original nerfada, no último episódio, esperava-se uma “redenção” de Kylo Ren, voltando a ser Ben Solo. Como foi algo muito reforçado durante todo aquele bate-papo por Skype com a Rey em Os Últimos Jedi, Kylo dava sinais de que iria voltar para o Lado da Luz, e passou a impressão de que voltaria quando derrotou o Líder Supremo Snoke, porém foi só para derrubá-lo e assumir a Primeira Ordem.

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No episódio posterior, Ben Solo estava de volta. O motivo em si foi até compreensível, afinal, envolvia sua Mãe, nada mais, nada menos que Leia Organa. O próprio Kylo já tinha se recusado a atirar na cabine onde ela estava no Episódio VIII, então “ainda existia bondade nele”, para usar uma expressão bem famosa na saga, embora logo depois que os TIEs fizeram o trabalho sujo, ele ficou de boa como se nada tivesse acontecido, mas em A Ascensão Skywalker, principalmente em seus momentos finais, o filho de Leia mostrou preocupação com ela, perdendo até a concentração durante a luta com a Rey.

Tirando a parte de que o Harrison Ford deve ter ficado p* da vida por ter retornado para um filme de Star Wars (sendo que ele já queria se mandar lá em 1983 em O Retorno de Jedi), a volta dele deve ter sido uma forma de tapar a questão da Carrie Fisher que já tinha nos deixado, logo não poderia ser a Leia ali falando com ele. Como disse em publicações anteriores, a saída pro caso da Leia no filme foi boa, não dava pra fazer muita coisa nesse quesito. A conversa entre o restinho de Kylo Ren e Han Solo foi similar ao diálogo que tiveram em O Despertar da Força, dando claros sinais de que agora Ben “retornaria para casa”.

Minutos depois, ele reaparece e aqui temos que dá os devidos créditos ao Adam Driver que conseguiu interpretar um personagem totalmente diferente. Indo ao encontro de Rey, ele acaba apanhando de seus antigos Cavaleiros de Ren (e que agora deveriam se chamar só Cavaleiros), e recebe de Rey o sabre do seu avô, quase significando que, agora sim, ele era digno dele. Gostaria que ele lutasse contra mais do que isso, uma Legião de Sith Troopers? Sim, por que não? E até aquele momento era incrível como ninguém morria, porque mesmo sendo jogado, não sei pra onde pelo Palpatine, o cara consegue voltar escalando pra salvar a Rey. Foi até curioso ver o cara que passou dois filmes e meio caçando os mocinhos e no final ele ainda soltar um sorriso. Uma nota interessante. Eu lembro que na época, o pessoal falava sobre isso, porque nem aquele sorriso maligno típico de vilão o cara dava, não tão explicitamente.

Não sei se deu pra perceber, mas, por incrível que pareça, o Palpatine que é o Palpatine, foi o maior problema do filme. Afinal, a volta dele já é um impasse no último episódio como já falei em posts anteriores. Perceba que se tirar ele da equação, já dá uma melhorada. O Ben e a Rey em Exegol dá pra encarar e todo o resto no longa, apesar dos defeitos. Apesar de ser clichê e previsível toda a redenção do filho de Han e Leia, dá pra encarar até pela atuação brilhante do Adam Driver.

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