Dizer que quem não gostou de Andor foi porque não teve "sabre de luz" é ignorar eventos bem recentes
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Dizer que quem não gostou de Andor foi porque não teve "sabre de luz" é ignorar eventos bem recentes

Andor teve como proposta uma pegada mais pés no chão, sem tantos efeitos como é comum em Star Wars. É uma boa escolha abordar um elemento mais “real”, e isso em si não foi o problema. O ritmo da série acaba sendo bem puxado, apesar de fatores...

Projeto Star Wars
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Andor teve como proposta uma pegada mais pés no chão, sem tantos efeitos como é comum em Star Wars. É uma boa escolha abordar um elemento mais “real”, e isso em si não foi o problema. O ritmo da série acaba sendo bem puxado, apesar de fatores que colocam a série para cima. Nas postagens anteriores, foi mostrado as partes positivas e negativas da série, focado no que ela realmente mostrou e poderia ter mostrado. Nada do que foi negativo foi por causa da proposta da série em ser menos “mágica”.

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Um dos pontos relacionados ao ritmo da série é visto na primeira metade dela. Demoraram 6 episódios até realmente ter algo interessante, tanto de dilemas, quanto de detalhes que realmente agregam para a história. Detalhe que não estou mencionando a ação do episódio 6, mas do convívio entre os personagens.

Um grande exemplo disso foi o personagem Karis Nemik. Durante todo o episódio 4 e 5, quando o conhecemos, ele tranquilamente estaria entre os personagens mais desinteressantes do momento, até pela ingenuidade constante que mostra. Porém, no episódio 6, ele finalmente mostra a que veio, curiosamente no pior momento do personagem. Quando aquela pilha de créditos cai em cima dele, era como se a ficha tivesse caído, afinal olha o que ele tomou. Pior ainda quando ele falou que não estava sentindo as pernas. Aí doeu pra valer.

“Mas isso só foi possível porque ele foi mostrado durante os outros dois episódios”. Não. Se eu visse ele ali só no episódio 6 seria a mesma coisa. A maior prova disso é Rogue One: Uma História Star Wars. Somente em duas horas, dá pra comprar o que cada um ali está passando, até os “figurantes” como mostrei recentemente. Vai muito da situação e de como é apresentado, o que foi brilhantemente conseguido em um filme de duas horas, do que uma série inteira, ou metade dela.

E isso nos leva para a tal “falta de sabre de luz”. Se fosse por isso, o próprio Rogue One não teria o prestígio que tem, então como agora não foi bem visto por não ter? É justamente porque não agradou, não foi bom, gosto pessoal, enfim, são vários fatores que fazem uma pessoa não gostar, não é porque não teve sabre de luz. Isso seria reduzir a opinião de uma pessoa a uma coisa qualquer e não entender o porquê.

Darth Vader só aparece no final de Rogue One fazendo o show e olhe lá. Até porque dizer que foi só por isso é ignorar todo o arco do filme que se sustenta também com elementos “brutos e reais”.

Para finalizar seria mais ou menos uma pessoa dizer que não curtiu a série Andor por isso, isso e aquilo. Mas ela também gosta de Rogue One, The Mandalorian, The Bad Batch e The Book Of Boba Fett. Aí vem alguém dizer que ela não gostou de Andor, porque não tem sabre de luz. Não faz nenhum sentido, depois desse retrospecto acima, e mesmo quando tem “sabre de luz”, é algo bem secundário e que pouco aparece.

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