Em Nome da Honra: Um final cheio de ação para uma série okay.

Como The Book Of Boba Fett ainda começou no ano passado, talvez o ar do período tenha influenciado. Assim como em The Bad Batch que foi bem okay, Boba Fett também, porém com algumas melhorias e com uma boa ponte para o futuro.

E não é como se o último episódio da série fosse chato. A ação e o sentimento de estar na pele dos personagens fez com que tivesse um rápido apego pelo povo de Tatooine. Boba Fett e Din Djarin lutando juntos foi a cena que queríamos ver desde o primeiro episódio (com exceção do Din que tínhamos só rumores de que apareceria). E deu para explicar bem o tipo de luta que era para ter acontecido, com o Boba usando o jetpack para atacar de cima, afinal não é só para fugir que ele serve, mas, como a própria Bo-Katan fala: “Um Mandaloriano com um jetpack é uma arma”. E lá teve todo tipo de cena e atuação, desde um Ronaldinho Gaúcho (olha para um lado, e atira para o outro), até o clássico reforço chegando do pessoal de Vila Livre.

Ainda sobre essa cena, em mais um daqueles momentos que a história te coloca na pele dos personagens, quando o Din estava sendo atingido e o Boba perdeu o blaster dele, quando Fett logo na sequência pega o outro blaster e atira contra o Pyke, na mesma hora eu puxei junto com ele o blaster (que no caso era só um controle remoto).

Também temos um pequeno embate entre a moradora de Vila Livre e moradora da cidade e o Boba Fett relembra que a luta é contra os Pykes. Ou seja, vocês vão ficar realmente aí de briguinha por uma mera questão de localidade, enquanto tem um Sindicato Pyke querendo destruir todos sem distinção? Boba Fett tendo o senso de prioridade que está em falta até mesmo na Nova República desse novo cânon.

Tivemos os “Droidekas gigantes” ou “Destroyers Gigantes com escudo” que representaram uma ameaça das grandes. Só dois deles já deram trabalho. Ao perseguirem o pessoal, lembrou os AT-ATs perseguindo os Rebeldes em Hoth.

Em mais um episódio de “se sentindo na pele do personagem”, até no Rancor conseguiram. A última vez que vi alguém montando em um Rancor foi a Shaak Ti em The Force Unleashed e era contra o Galen Marek. Dessa vez foi como aliado. E no desfecho, não poderia faltar um ato quase mitológico de um Jedi resolvendo a situação, algo que lembrou muito o Anakin Skywalker (em O Ataque dos Clones) e o Ezra Bridger que praticamente dominava essa arte de se comunicar com os animais por meio da Força.

No derradeiro duelo entre Boba Fett e Cad Bane, não teve como não lembrar da clássica cena deles dois na cena deletada de The Clone Wars (que mesmo excluída é um clássico, mesmo com o desmerecimento de muitos só por isso, sendo que era algo que estava para sair no que seria a sétima temporada de The Clone Wars). E, assim, como naquela cena, Boba Fett é quem põe fim ao Cad Bane, perdendo no blaster, mas ganhando na arte dos Tuskens, que era algo que Cad não conhecia, pois simbolizava a nova vida do Boba Fett.

Aparentemente Tatooine parece ter encontrado finalmente a paz. Boba Fett em união com os próprios habitantes do planeta, entrando em um consenso, conseguiram expulsar os Pykes e não depender mais de um chefão do crime. Não sabemos se terá uma segunda temporada, a não ser com alguma aparição na terceira temporada de The Mandalorian. Seria curioso ver um pouquinho sobre Tatooine respirando novos ares, afinal é um planeta bem importante para a saga e muito simbólico, pois de lá vieram os heróis das Guerras Clônicas e da Guerra Civil Galáctica. Quem sabe uma visita por lá, né seu Luke? Mas aí são só minhas suposições para reviver mais um daqueles sentimentos clássicos.

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