Finn (Parte 2): de uma promessa para um personagem qualquer
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Finn (Parte 2): de uma promessa para um personagem qualquer

Como dito na Parte 1, o fato de Finn ser um Stormtrooper que desertou para se juntar à Resistência, embora não fosse uma novidade, era algo interessante de se ver nas telonas. Por si só, valia ver o desenrolar da história em Star Wars Episódi...

Projeto Star Wars
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Como dito na Parte 1, o fato de Finn ser um Stormtrooper que desertou para se juntar à Resistência, embora não fosse uma novidade, era algo interessante de se ver nas telonas. Por si só, valia ver o desenrolar da história em Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força. Mas e depois?

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No episódio seguinte, Os Últimos Jedi, percebe-se uma ligação com o filme anterior, com ele ainda se recuperando dos ferimentos da luta contra Kylo Ren e perguntando onde a Rey estava, visto que ele foi lá resgatá-la. No desenrolar da trama, ele tenta se afastar da Frota para que a Rey não viesse até ela, pois estariam em confronto com a Primeira Ordem, o que poderia ser uma armadilha. O que minutos depois não surtiu muito efeito, já que a própria Rey foi ao encontro da Primeira Ordem, tentando resgatar Ben Solo de Kylo Ren.

Já falei um pouco sobre a questão da Rose com ele em Canto Bight, então indo direto para o final no planeta Crait, foi uma das cenas do tipo “Opa! Pera aí, você não vai... Ele não vai fazer isso? Será mesmo?”. Durante a batalha no planeta, e tentando destruir ou danificar a “miniatura da Estrela da Morte”, eu realmente pensava que Finn ia se sacrificar de vez indo na direção da arma. Toda a trilha sonora, a ambientação, a tensão, davam isso como certo. Mas, não, a Rose salvou ele e foi isso. Entretanto, mesmo que por um momento, foi bom ver que por um instante, realmente sentimos que poderíamos perder o personagem, se sacrificando pelos demais do grupo. Apesar de toda a bagunça que foi em Canto Bight, esta cena até que valeu a pena para o Finn.

Chegamos em Star Wars Episódio IX: A Ascensão Skywalker. Antes do lançamento, os trailers davam a entender que Finn tinha acesso à Força, o que não seria algo de extraordinário, afinal todos tem acesso à Força, em menor ou maior grau e, de novo, ele assume um papel importante na trama de que todos podem acreditar nisso e quem sabe até praticar de uma maneira mais ampla. Até tem um diálogo com a Jannah, outra Stormtrooper que desertou, e foi interessante de ver, mas dá aquela sensação de querer mais, enquanto o filme tenta inventar coisas desnecessárias.

Sem contar que, não só neste episódio, mas nos dois episódios anteriores, fica aquela impressão de que o Finn só tá lá pra gritar “Rey!”. Se serve como meme, é aceitável, porém caberia mais do que isso. Já disse em outras publicações que, sim, Finn merecia mais (este é outro ponto de concordância entre as divergências, assim como a Rey poderia ser filha de ninguém, pois ela poderia construir sua própria história e ser o início da família dela).

A partir do momento que seu interprete, John Boyega, precisa se fazer de vítima para chamar atenção pra isso, aí ele começa a perder apoio. John Boyega não precisa se fazer coitadinho pra querer mais um papel na saga, pois o ator é muito bom, e mesmo se não fosse, não precisa fazer isso, só piora. Ele dizer que “a Rey e o Kylo tiveram mais tempo de tela”, é claro, pois eles são protagonista e antagonista, respectivamente. Eu também adoraria que você tivesse mais tempo de tela, assim como o Poe Dameron com a Leia (tem publicação sobre eles dois), mas a Rey e o Kylo são o foco principal. John Boyega não defendia a Daisy Ridley e que a Rey tinha que aparecer? Então, ela tá aí. Ela é a protagonista. É meio irônico John defender ela (o que tá totalmente certo), mas querer aparecer mais do que ela e puxar o tapete da Rey.

Concluindo, Finn parece que acabou em O Despertar da Força, com exceção da cena dele em Crait em Os Últimos Jedi. Foi mais ou menos como o General Hux que parece que parou no tempo no Episódio VII. Embora ele possa ser melhor abordado no Universo Expandido (como já foi em HQ’s), fica aquela a sensação de que dava pra abordar muito mais nos filmes, se a produção não perdesse tempo em inutilidades, que atrapalharam até mesmo Rey e Kylo Ren.

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