Kylo Ren: aquele que poderia ser o vilão da Trilogia Sequel

“Quando o encontrei, eu vi o que todos os mestres viveram pra ver. Poder bruto e indomável. E além disso, algo muito especial. O potencial da sua progênie. O novo Vader. Agora, talvez, eu tenha me enganado”. – SNOKE

Em Star Wars Episódio VII: O Despertar da Força, Kylo Ren foi apresentado como o antagonista da vez. Com uma vestimenta e capacete que remetia ao seu antecessor, Darth Vader, ele vinha para mostrar a que veio e não se preocupou em disfarçar o seu potencial. Na primeiras cenas, ele já parou um blaster com a Força. Assim como o Finn ser um Stormtrooper desertor não era uma novidade, parar um blaster também não. Porém, ver nas telonas, era sinal de que algo estava sendo aproveitado.

Apesar de Kylo Ren ser tratado e em certo ponto antes do lançamento ser vendido como um “novo Vader”, a trama em si já passa a impressão de que ele não é e nem vai ser. E isso não é um demérito. Pelo contrário, a história mostra que ele quer dar continuidade aos passos malignos do avô, mas dá claros sinais de que o Vader é insuperável no quesito, fazendo com que o Kylo seja construído sendo ele mesmo como personagem.

Muitos se encantaram com o Kylo Ren no Episódio VII. Particularmente, ele não despertou muita minha atenção na época. Obviamente dei um crédito por ser o primeiro episódio, porém, ainda em O Despertar da Força, ele parecia muito com o que algumas pessoas descreviam o Anakin nas Prequels. No Episódio VII, sim, parecia um menino birrento que reclamava de tudo, sendo que o Anakin tem alguns motivos bem explícitos.

Tanto que no episódio seguinte, Os Últimos Jedi, gostei bastante do personagem, especialmente depois do esporro que o Snoke deu no Kylo dizendo que ele era só um garoto que tentava imitar o Vader e, na sequência, ele arrebenta o capacete, e tenta mostrar o contrário para o seu mestre, liderando um Esquadrão de TIEs contra a Frota da Resistência. Porém, pouco depois, por ordem do General Hux, ele decidiu voltar, pois a Primeira Ordem não daria cobertura para ele, devido à distância. Foi meio estranho ver o cara retornar por esse motivo, sendo que ele estava com sede de mostrar potencial. Além disso, anos antes, na série Rebels, Darth Vader tinha acabado com uma Frota Rebelde sozinho, e só não destruiu totalmente, porque a Hera Syndulla o atraiu para os próprios Star Destroyers e conseguiu fugir do raio trator.

A sequência foi meio desanimadora pra um início tão agitado, com a conexão dele com a Rey. Foi muito parecido com o Luke tentando puxar o Vader de volta para a Luz, a própria cena do trono do Snoke. Já falei aqui sobre a derrota do Snoke para o Kylo em uma publicação sobre o personagem, mas, vendo do ponto de vista do Kylo, foi uma demonstração de que ele conseguiu derrotar o seu mestre, conseguiu derrubá-lo e, na sequência, assumir como Líder Supremo da Primeira Ordem. Ou seja, conseguiu responder os insultos do Snoke derrotando-o.

Pode parecer algo irrelevante, mas o fato de o Kylo Ren não usar mais o capacete, fez com que ele tivesse uma identidade própria. O capacete dava a impressão de que ele queria porque queria ser que nem o avô. Sem ele, me pareceu realmente um personagem próprio, claro que ainda venerando o Vader o que até aí eu entendo perfeitamente, afinal, é o Vader. Pena que no Episódio IX: A Ascensão Skywalker, não optaram por essa via, embora nas primeiras cenas ele apareça liderando os Stormtroopers sem ele.

Ainda no Episódio IX, a cena inicial hypou muito com a cena do Kylo lutando e, chegando em Exegol, respondendo o Palpatine, que até então, eu achava que era só um fantasma:

Como falei na publicação sobre se o Episódio IX quebrou a Profecia do Escolhido, Kylo Ren deveria ser o vilão máximo do último episódio, porque era uma coisa óbvia logo depois que ele derrotou o Snoke. Mas, né, Palpatine e o resto vocês já sabem.

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