Verdades e Consequências: uma conspiração digna dos velhos tempos de 'The Clone Wars'
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Verdades e Consequências: uma conspiração digna dos velhos tempos de 'The Clone Wars'

Projeto Star Wars
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No episódio seguinte, nem a ex-Senadora Burtoni, que representava Kamino no então Senado da República, durante as Guerras Clônicas, parece ligar muito para o que poderia ter ocorrido, embora suspeitasse de um ataque ao seu planeta natal, devido a arrogância do Primeiro-Ministro Lama Su.

 

Os sons do Venator e de seus canhões ecoaram novamente como nas Guerras Clônicas, agora para abater os próprios Clones que ainda estavam nas fileiras do Império pilotando seus V-Wings, antecessores dos TIE Fighters Imperiais, enquanto o Capitão Rex e os Bad Batch recuperavam os arquivos do Venator do Almirante Rampart com provas de seus atos nefastos em Kamino. De quebra, ainda derrubaram a lendária nave. Mas seu comandante também iria junto.

 

Em pleno Senado Imperial, foi mostrado o holograma que comprovava os crimes do Almirante Rampart. Toda a destruição de Kamino era mostrada para todos ali presentes. A cidade de Tipoca era totalmente bombardeada pelo comando de Rampart. Tamanha revelação, significaria não só isso, mas a queda do Império Galáctico devido a gravidade do ocorrido. Mas fazia tudo parte do plano. Fosse qual fosse o caminho seguido naquela sessão, o Imperador Palpatine sairia vitorioso com seu programa. No meio disso, Rampart era preso onde estava, com Clones da Guarda de Coruscant o prendendo ali mesmo, uma cena que poderia abrir precedentes perigosos.

 

O silêncio, então, tomou conta do Senado Imperial. Sem críticas, sem questionamento, sem interrupções de qualquer espécie, o Imperador Palpatine impôs o medo total no local. Como dito, Palpatine tinha uma carta na manga:

 

“No entanto, o Almirante Rampart não agiu sozinho. O fato de os Clones sob seu comando seguirem ordens tão cegamente, infligindo tal carnificina sem hesitação, me faz pensar: talvez seja hora de uma mudança agora mais do que nunca” – Imperador Palpatine.

 

É irônico Palpatine falar sobre os Clones seguirem ordens cegamente, quando ele mesmo deu ordens para os Clones seguirem cegamente para acabar com os Jedi.

 

A nova era (mais uma) de Palpatine foi inaugurada, anunciada pelo Stormtrooper Imperial. Na verdade, confirmada naquele momento, pois os Stormtroopers já estavam sendo recrutados, mas agora era oficial, devidamente anunciado de forma “legal”.

 

Quando falei sobre ser uma conspiração como em “The Clone Wars”, é justamente pela trama que Palpatine criou para conseguir o que queria. Antes ele ainda conseguia manipular os dois lados, porque controlava os dois lados. Mas agora, só controlava um, em tese. Foi um jogo mais arriscado, mas que ele soube jogar trabalhando com ambas as opções. Caso não conseguisse as provas sobre o que houve em Kamino, a legislação sobre o programa de recrutamento simplesmente passaria, talvez com alguma dificuldade mínima, recordando sobre a situação dos Clones, mas passaria ainda mais com Palpatine ali. Se fosse provado que o Império destruiu Kamino (como aconteceu na série), Palpatine colocaria todo o peso da culpa em Rampart, que serviu como bode expiatório, “sendo só mais uma engrenagem na máquina”, como disse a ex-Senadora Burtoni. E de quebra, os Clones ainda ficaram com a culpa também, por seguirem as ordens de Rampart.

 

Foram dois episódios intensos do início ao fim. Conspirações, traições, investigações, o que lembrou muito o que acontecia em ‘The Clone Wars’, principalmente com Palpatine armando tudo, fazendo com que saísse como planejado. Mostrou não só a face do poder em uma era tão interessante de Star Wars, a Era de Ascensão do Império, como também relembrou as manobras de Palpatine, sem precisar de ação, mostrando que é possível não ter tantos momentos frenéticos, mas prendendo a atenção com coisas relevantes para a trama.


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