Algo de estranho: Tahan, um matemático brasileiro, lança uma série de quebra-cabeças matemáticos na forma de uma narrativa contínua descrevendo as aventuras de um matemático persa do século XIII, Beremiz Samir, secretário de um vizir em Bagdá...
Algo de estranho: Tahan, um matemático brasileiro, lança uma série de quebra-cabeças matemáticos na forma de uma narrativa contínua descrevendo as aventuras de um matemático persa do século XIII, Beremiz Samir, secretário de um vizir em Bagdá. | ||
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Há puzzles aqui sobre como distribuir um número ímpar de camelos entre três filhos de modo que um receba metade, o segundo um terceiro e o último um nono; como dividir 21 barris de vinho (sete cheios, sete meio cheios e sete vazios) de modo que três amigos recebam um número igual de barris e a mesma quantidade de vinho — e há variações sobre o tema envolvendo pérolas, maçãs, o que você tiver. | ||
Tahan também inclui histórias paralelas sobre a sabedoria dos números — números “perfeitos” (iguais à soma de seus divisores, excluindo os próprios números), os “amigos” numéricos, os quadrados mágicos, as propriedades estranhas do número 142.857, e assim por diante. | ||
O que é curioso é até que ponto os elementos do Islã são entrelaçados no “plano” — com citações do Alcorão, epigramas e afirmações idealistas — assim como uma breve retomada da história da matemática. É também evidente que, para Tahan, a matemática deve ser apreciada como uma busca da razão pura sem considerar as aplicações práticas. | ||
O teste final do poder de Beremiz consiste em sete testes, incluindo um típico quebra-cabeça falso-vs.-verdadeiro. Nosso herói triunfa, é claro, e pede como recompensa a mão da bela Telassim, com quem vive feliz para sempre (evitando a conquista mongol de Bagdá, mudando-se para Constantinopla). | ||
Uma boa aposta para os quebra-cabeças e estudantes de matemática em ascensão. |