PunkYoga de bolso: início, meio e início
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PunkYoga de bolso: início, meio e início

Ainda não consegui voltar com a newsletter, mas tô passando aqui só pra dar um spoiler do trabalho que eu me dediquei nas últimas semanas. É uma reportagem sobre a ilusão do tempo, que vai sair na Elástica.

Nathan Fernandes
4 min
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Ainda não consegui voltar com a newsletter, mas tô passando aqui só pra dar um spoiler do trabalho que eu me dediquei nas últimas semanas. É uma reportagem sobre a ilusão do tempo, que vai sair na Elástica.

Tô querendo escrever sobre isso tem uns dois anos já, e fiquei bem satisfeito por ter conseguido juntar Einstein, Exu, pandemia, teoria queer e Fina Estampa num mesmo texto. 

Segue um trechinho: 

Segundo a pesquisadora Aza Njeri, professora doutora em Literaturas Africanas e pós-doutora em Filosofia Africana, na mitologia iorubá, a divindade relacionada ao tempo é o orixá Exu Bará, também ligado à comunicação. “Ele traz uma compreensão de tempo espiralar, de movimento. É o senhor dos caminhos, das encruzilhadas. Aquele que promove o caos para trazer o equilíbrio”, explica. “É por isso que no candomblé nenhuma crise é problema. Quem é da espiritualidade africana entende esse tempo de pandemia como um tempo de respiro e de continuidade, porque sabemos que depois do caos vem o equilíbrio de Exu.”

Citando o pensador quilombola Nego Bispo, a pesquisadora completa com sua filosofia circular: “Tudo é início, meio e início”.

Semana que vem, eu começo um curso com a Aza Njeri, sobre África e diáspora, que vai ser incrível. O jeito que ela descoloniza o meu olhar é diferente.

Aliás, essa semana fiz um mini-curso sobre Donna Haraway, com a Helena Vieira, que falou sobre manifesto ciborgue e antropoceno, e minha cabeça ainda tá explodindo. A Helena é escritora, ativista trans e uma professora absurda. No fim do mês, ela vai dar um curso de introdução à teoria queer que é um escândalo.  

Apesar de não ter conseguido escrever aqui, também andei fazendo alguns vídeos no Instagram. Sei lá, não tinha nada planejado, só senti a vontade e fiz antes que minha mente boicotasse a ideia. E não é que rolou?

No dia do orgulho LGBTQIA+, falei de como a mídia ajuda a limar nosso amor-próprio, completamente inspirado pelo documentário Revelação, da Netflix, sobre representatividade trans. 

Também compartilhei um bastidor dessa reportagem que fiz sobre a Rosa Luz, artista visual, rapper e ativista trans. No vídeo, eu contei de onde veio a ideia de relacionar ela com a deusa Kali, a decepadora de demônios. 

Fechei tríade de vídeos com uma reflexão que me ocorreu numa experiência com cogumelo. Expliquei por que eu acho que expansão da consciência não é só sobre ficar doidão

Nesse meio tempo, ainda fui convidado pelos amigos maravilhosos da banda Madre Terra a mediar algumas lives no insta deles. Fiquei honrado, porque eles são rezadores excepcionais, a música deles me leva pra uns lugares muito interessantes e fiquei feliz pela preocupação em fazer esse recorte de classe, raça e gênero dentro da espiritualidade. 

A primeira live teve direito a parte 1 e parte 2 e foi com os meninos do Bruxedo, artistas maravilhosos que desenvolvem um trabalho mágico e muito consciente dentro da bruxaria. 

A próxima vai ser na terça (14), com a Bárbara Macedo, oraculista e ativista trans, do Templo de Afrodite. Esse vídeo dela sobre política e espiritualidade é uma voadora na cara

Condensando as informações aqui, percebi que tive dias bem agitados pra quem queria descansar a mente kkkk

Sigo tentando organizar as coisas pra news voltar a fluir como merece. Se cuidem com carinho, bebam água e ajeitem a postura. 

Até lá, continuo no insta ou no twitter pra quem quiser dar um alô. 

Vai pela sombra e fica na paz de Bowie.

Com amor y anarquia,

Nathan

Se você chegou aqui através de um link, deve tá pensando: "Como eu assino essa newsletter maneira?". Ora, é só deixar seu e-mail aqui. E dá pra ler as edições anteriores aqui também. Se não curtiu e tá aqui lendo esta última linha, admiro sua capacidade de autoflagelação.