“Miserável país aquele que não tem heróis”, “Unglücklich das Land, das Helden nötig hat” segundo Eugen Bertholt Friedrich Brecht ou simplesmente Bertolt Brecht para os mais íntimos, que foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão q...
“Miserável país aquele que não tem heróis”, “Unglücklich das Land, das Helden nötig hat” segundo Eugen Bertholt Friedrich Brecht ou simplesmente Bertolt Brecht para os mais íntimos, que foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão que morreu em Berlim Oriental, no dia 14 de agosto de 1956. |
E o que vem a ser mesmo o tal do herói? Nos dicionários, se pode encontrar diversos significados, dentre cerca de dez, posso escolher: indivíduo que se destaca por, ou outra qualidade considerada notável e/ou mortal divinizado após sua morte, e assim notabilizado por suas realizações, seus feitos guerreiros, coragem, um ato de extraordinária valentia, força de carácter, abnegação, magnanimidade etc. |
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2019, 46,8% dos brasileiros se declararam como pardos, 9,4% como pretos; ou seja, 56,2% dos brasileiros é composta atualmente por negros ou mestiços. E quem realmente os representa historicamente? |
Na história que me contaram na escola, os negros eram somente as pessoas sequestradas, escravizadas, frágeis, submissas, subestimadas; assim da mesma maneira que a história da humanidade é contada patriarcalmente, como se somente ela a “História” tenha sido exclusivamente “feita” por homens brancos, ignorando inclusive, muitas as mulheres, o negro tem o direito de saber-se elemento crucial para a concretude de sua construção histórica. |
Então, assim sendo, “pincei” da “Wikipédia, a enciclopédia livre” alguns, não muito mais que trinta personalidades, Africanos e descendentes de africanos, negras, por mais clara que tenha sido a sua pele; foi uma pesquisa razoável de Internet, mas nem de longe imagine que se esgotam os heróis negros. Caso deseje se inteirar mais e muito melhor, busque o livro “Enciclopédia Negra - Biografias afro-brasileiras” de Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz pela Companhia das Letras, onde você encontrar ao menos 550 a histórias de mulheres e homens negros e mestiços protagonistas da construção da história nacional. |
Alguns desses personagens são reconhecidos oficialmente pelo governo brasileiro, ao integrar o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves que é um memorial cívico destinado a homenagear heróis e heroínas nacionais que, de algum modo, serviram para o engrandecimento da nação brasileira, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. |
Pela minha parte, dispus os nomes das personalidades, em ordem de nascimento, apresentando os fatos que os fizeram figurar na história do Brasil, buscando ser o mais preciso possível, sem me estender muito. Juro que pensei seriamente em por os nomes de meus pais... São meus heróis pretinhos! |
Aqualtune: Nasceu no Reino do Congo, no século 17 |
Aqualtuni foi uma princesa africana que foi trazida para o Brasil e aqui foi escravizada; líder quilombola a frente de um dos 11 mocambos do Quilombo dos Palmares que resistiu ao regime colonial, por cerca de 130 anos. |
Ela Foi fundamental para a consolidação do estado negro que viria a ser a República de Palmares. Ela, segundo o que diz a tradição oral, foi mãe de ganga zumba e avó materna de zumbi dos Palmares. |
Ganga Zumba: Nascido no Reino do Congo, em 1630 |
Ganga Zumba era também chamado Grande Filho do Senhor, foi o primeiro líder do Quilombo dos Palmares, governando do ano de 1670 até 1678; ele antecedeu seu sobrinho Zumbi |
Zumbi: Nascido na Serra da Barriga Alagoas em 1655 |
Zumbi dos Palmares ou simplesmente zumbi, foi um líder quilombola brasileiro. O último líder dos Quilombos Palmares, o maior e mais famoso dos quilombos do período colonial. |
Dandara: Não se sabe se nasceu no Brasil ou no continente africano no período colonial |
Dandara foi uma heroína negra, que foi esposa de Zumbi dos Palmares e com ele teve 3 filhos; ela sempre é descrita como alguém que dominava a capoeira e que lutou ao lado de homens e mulheres muitas batalhas. |
Não se sabe ao certo se ela nasceu no Brasil ou no continente africano. E cometeu suicídio para não voltar a condição de escrava; quando foi capturada na capital na Capitania de Pernambuco, no dia 6/02/1694. |
Aleijadinho, Ouro Preto, em 29 de agosto de 1730 ou 1738 |
Antônio Francisco Lisboa mais conhecido como aleijadinho, nasceu em Ouro Preto, provavelmente no dia 29/08/1730 ou de 1738; se sabe que ele morreu em novembro de 1814, mas a vida desse escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial não há muito o que se falar de uma biografia realmente segura, porque somente 44 anos depois, alguém escreveu sobre essa figura tão importante para a arte principalmente a arte Sacra de Minas Gerais e consequentemente do Brasil, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas. Ele era filho natural de um respeitado mestre de obra e arquiteto português Manuel Francisco Lisboa e de uma escrava africana dona Isabel, na certidão de batismo que encontrada pelo biógrafo, constava que Antônio nasceu escravo e foi batizado em agosto de 1730 na chamada Vila Rica que hoje é Ouro Preto. |
Chico Rei: Nascido no Reino do Congo, chegou ao Brasil em 1740 |
É um personagem lendário da tradição oral de Minas Gerais, pelo que consta ele havia sido um monarca africano, que foi trazido do Reino do Congo e originalmente seu nome era da langa; os traficantes de pessoas escravizadas o trouxeram em 1740 para o Brasil no navio negreiro Madalena; pelo que dizia da tradição, ele comprou sua alforria, se tornando homem livre e ainda comprou a alforria de outras pessoas, por isso tão cultuado pelo povo negro descendente dos que foram escravizados. |
Mestre Valentim Nasceu em Serro, Minas Gerais, 13 de fevereiro de 1745 |
Valentim da Fonseca e Silva, mais conhecido como Mestre Valentim, era filho de um português contratador de diamantes, Manuel da Fonseca e Silva e a mãe dele era uma ex escravizada alforriada, Dona Joana que foi nascida na nação samburu sendo africana portanto em 1748. |
Valentim foi levado para Portugal junto à mãe e o pai onde estudou diversas artes, mas teve que regressar antes de terminar seus estudos porque o pai houvera morrido; de volta ao Brasil trabalhou como escultor, entalhador e urbanista do Rio de Janeiro |
Esperança Garcia: nascida em, Nazaré do Piauí em 1751 |
Esperança Esperança Garcia é considerada a primeira advogada do estado do Piauí. Ela que foi escravizada, nasceu livre numa fazenda de propriedade dos jesuítas, onde hoje é a cidade de Nazaré do Piauí; quando ela tinha 9 anos, o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas, assim ela foi escravizada e levada pra casa de um tal capitão Antônio Vieira Couto. Ela que havia aprendido a e a escrever, foi considerada a primeira advogada por escrever uma petição ao governante da província de São José do Piauí, reclamando dos maus tratos de seu patrão para com ela e seu filho. Depois, ela fugiu. |
José Maurício Nunes Garcia: Nasceu no Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1767 |
O padre José Maurício Nunes Garcia nasceu no Rio de Janeiro; foi professor de música, maestro, multi-instrumentista e compositor brasileiro, que nasceu como chamado a época, mulato; descendente de escravos, nasceu pobre mas recebeu uma ótima educação. |
Tereza de Benguela: Nascida no reino de Benguela (atual Angola), viveu no século 18 |
Teresa de Benguela foi uma líder quilombola que sucedeu seu marido conhecido como José piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho ou Quilombo do Quariterê, um quilombo no qual moravam 79 negros e 30 índios, que resistiram durante 30 anos até que em 1770 um tal capitão Luís pinto de Sousa Coutinho invadiu, destruiu todo o quilombo, matou a maioria e os poucos que permaneceram vivos foram marcados com ferro em brasa, com a letra F de fujão; o quilombo se localizava na é onde hoje é o Mato Grosso no Rio Guaporé na divisa com a Bolívia |
Luiza Mahin: Nascida na Costa da Mina, na África, ou na Bahia, no início do século XIX |
Luiza main foi uma ex-escravizada, que com muito esforço comprou sua alforria, se tornando uma quituteira em Salvador; não se sabe ao certo se ela nasceu na Costa da mina (lugar de origem do povo mai, de onde vem o seu sobrenome) na África ou se foi na Bahia; ela participou dos levantes que sacudiram a então província da Bahia. Ela foi mãe de Luiz gama. |
Maria Firmina dos Reis: Nasceu em São Luís, Maranhão, 11 de março de 1822 |
Maria nasceu entrou para a história do povo negro, por ser considerada a primeira mulher escritora negra do Brasil. |
Era filha da dona Leonor Filipa, uma mulher mulata alforriada e talvez seu pai tenha sido Caetano José Teixeira, tido como dono da mãe dela. |
Ela teve a oportunidade de morar com uma tia, que tinha uma condição melhor e que lhe permitiu estudar, chegando inclusive, a se tornar professora de primeiras letras ou seja nos dias de hoje seria professora primária; ela escreveu e publicou o romance Úrsula em 1859 e ainda publicou em 1887, na revista maranhense, o conto “A escrava”; ela morreu cega e pobre aos 95 anos, na casa da ex-escrava Mariazinha, mãe de um dos seus filhos de criação; é a única mulher que tem um busto na praça do Pantheon em São Luís. |
Luiz Gama: Nascido em Salvador, 21 de junho de 1830 |
Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em Salvador; foi abolicionista, orador, jornalista, escritor, e patrono da Abolição da Escravatura do Brasil; era filho de pai branco(novidade pra ninguém) e mãe negra livre, mas ele aos 10 anos foi feito escravo e só foi aprender a ler e escrever aos 17 anos; na justiça ele conseguiu a sua liberdade e a partir daí passou a ser advogado de outros cativos. |
André Rebouças: Nascido em Cachoeira na Bahia em 1838 |
André pinto Rebouças foi um abolicionista e devido ao fato de ser militar, era monarquista; quando a família imperial brasileira saiu, ele a acompanhou e chegou a trabalhar em países africanos. |
Ironicamente, André sentiu o real peso do preconceito, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, um dos vários países que ele conheceu. |
Em São Paulo a avenida Rebouças, no Rio de Janeiro o túnel Rebouças são homenagens a ele; |
Machado de Assis: Nasceu no Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839 |
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu numa comunidade pobre no morro do livramento no Rio de Janeiro escreveu praticamente em todos os gêneros literários foi poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. |
Dragão do Mar: Nascido em Canoa Quebrada (CE) em 1839 |
Francisco José do nascimento conhecido como dragão do mar ou Chico da Matilde foi um jangadeiro, prático e abolicionista com ativa e importante participação no movimento abolicionista do Ceará, estado que inclusive foi o primeiro a abolir a escravidão no Brasil |
Estêvão da Silva: Nasceu no Rio de Janeiro, em 1844 |
Estevam Roberto da Silva foi o primeiro negro pintor artístico formado pela academia imperial de belas artes além de pintor foi desenhista e professor na segunda metade do século 19 |
Francisco Glicério: Nascido em Campinas, 15 de agosto de 1846 |
Francisco Glicério de Cerqueira Leite trabalhou como tipógrafo, professor primário e escrevente de cartório até conseguir o título de advogado autodidata. |
José do Patrocínio: Nascido em Campos dos Goytacazes, 9 de outubro de 1853 |
José Carlos do Patrocínio foi farmacêutico, jornalista, escritor, orador, ativista político e se destacou como abolicionista monarquista; era filho de um vigário, um padre portanto, a quem sua mãe aos 15 anos foi cedida, por uma dita proprietária da moça escravizada; o pai nunca reconheceu a paternidade. |
Tia Ciata: Nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, em 1854 |
Hilária Batista de Almeida foi para o Rio de Janeiro depois de iniciada na religião do candomblé; no Rio de Janeiro ela era iaquequerê, uma espécie de vice babalorixá (mãe de santo) segunda pessoa mais importante num terreiro foi ela quem levou o samba de roda da Bahia para o Rio de Janeiro; foi uma das principais animadoras da cultura negra nas favelas do Rio de Janeiro, inclusive sendo na casa dela criado, o primeiro samba gravado em disco, a música “Pelo telefone” composta por donga e Mauro de Almeida. |
Teodoro Sampaio: Nasceu em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, em 1855 |
Teodoro Fernandes Sampaio era filho de uma escrava e um padre, que o levou para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro; ele estudou engenharia e depois de formado voltou a Bahia, comprando alforria de seus irmãos; seu nome foi dado a um município na Bahia e outro em São Paulo, bem como para vários logradouros. |
João da Cruz e Sousa: Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis), 24 de novembro de 1861 |
João da Cruz e Sousa nasceu onde hoje é Florianópolis, conhecido pela alcunha de Dante negro ou Cisne Negro, grande representante do simbolismo na literatura do Brasil e segundo o crítico literário Antônio Cândido, Cruz e Sousa foi o único escritor eminentemente da pura raça negra na literatura brasileira, sendo os outros mestiços. |
Foi criado pelo Marechal Guilherme Xavier de Sousa, ex-senhor e a esposa que não tinham filhos, ele aprendeu francês, latim, grego além de matemática alemão e ciências naturais. |
Nilo Peçanha: Campos dos Goytacazes, 2 de outubro de 1867 |
Nilo Procópio Peçanha chegou a assumir a presidência da República após o falecimento do presidente Afonso pena; é considerado o patrono da educação profissional e tecnológica do Brasil. Alguns pesquisadores afirmam que suas fotos foram manipuladas, retocadas para esconder sua ancestralidade africana; sua biografia oficial nada diz sobre suas origens raciais Não só ele tinha ancestralidade africana que quisera esconder, mas também presidentes da República como Campos Sales, Rodrigues Alves e Washington Luís. |
Juliano Moreira: nasceu em Salvador, 6 de janeiro de 1872 |
Juliano Moreira nasceu pobre e negro; vivia na casa de seu padrinho barão de itapoan, onde a mãe trabalhava; esse barão era medico e apoiou Juliano para que se tornasse também médico; É considerado o fundador da disciplina de psiquiátrica e psicanálise no Brasil. |
Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1881 |
Afonso Henrique as de Lima Barreto foi um jornalista e escritor brasileiro publicou romances sátiras contos crônicas e uma vasta obra em periódicos anarquistas do começo do século 20 |
Em 1916, 6 anos antes de sua morte, Monteiro Lobato em uma carta para um amigo, elogiou esse grande escritor, vítima do preconceito racial por “Triste Fim de Policarpo Quaresma”. |
Mãe Menininha do Gantois: Salvador, Bahia, 10 de fevereiro de 1894 |
Maria escolástica da Conceição Nazaré foi a mais famosa ialorixá mãe de Santo da Bahia e do Brasil. |
O nome Gantois (pronuncia-se gantoá) tem origem do Edouard Gantois, dono do terreno onde o templo religioso foi construído. |
Pixinguinha: Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 |
Alfredo da rocha Viana filho foi maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira. |
Antonieta de Barros: Florianópolis, 11 de julho de 1901 |
Nasceu em Florianópolis foi uma jornalista, professora e política brasileira; foi a primeira mulher negra a assumir um mandato popular. |
Filha de Catharina do Nascimento Waltrich, ex-escrava de Lourenço Waltrich, um proprietário de terras e escravos (13 após a abolição) e de Rodolfo José de Barros, um funcionário dos Correios. |
Laudelina de Campos Melo: Poços de Caldas, 12 de outubro de 1904 |
Filha de pais alforriados pela Lei do Ventre Livre, em 1871. Laudelina foi a fundadora do primeiro sindicato de empregadas domésticas e defensora dos direitos das mulheres. |
Obrigada a trabalhar como empregada doméstica desde os 7 anos de idade, abandonou a escola para cuidar dos cinco irmãos mais novos, enquanto a mãe trabalhava. |
Arthur Bispo do Rosário: Japaratuba, Sergipe em 1909 |
Considerado gênio por alguns e louco por outros, inserido no pensamento eugênico, o preconceito e os limites entre a insanidade e a arte no Brasil. |
Arthur bispo do Rosário acordou com alucinações em um dia de 1938, foi fichado pela polícia como negro sem documento e indigente, indo parar no hospício Pedro II, lugar que inclusive já abrigara o escritor Lima Barreto; no hospício, Bispo do Rosário passou a produzir objetos como instalações a partir de sucata, itens recolhidos do lixo; foi comparado a Marcel Duchamp (pintor, escultor e poeta francês) |
Abdias do Nascimento: Nascido em 14 de março de 1914 em Franca (SP) |
Foi ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, professor universitário, político e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras. |
Considerado um dos maiores expoentes da cultura negra e dos direitos humanos no Brasil e no mundo, foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010. Fundou entidades pioneiras como o Teatro Experimental do Negro (TEN), o Museu da Arte Negra (MAN) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO). Foi um idealizador do Memorial Zumbi e do Movimento Negro Unificado (MNU) e atuou em movimentos nacionais e internacionais como a Frente Negra Brasileira, a Negritude e o Pan-Africanismo. Quando jovem, durante quatro a cinco meses em 1936, foi membro da Ação Integralista Brasileira, onde atuou como jornalista, tendo se desligado no início de 1937 por se opor a "um segmento sistematicamente racista contra os negros" dentro do movimento. Atuou no antigo Partido Trabalhista Brasileiro (1945-65) e foi fundador do Partido Democrático Trabalhista em 1981, chegando a ser vice-presidente da legenda a que foi filiado até sua morte. |
Carolina Maria de Jesus: Nascida Sacramento, Minas em 14 de março de 1914 |
Foi uma escritora, compositora e poetisa brasileira, mais conhecida por seu livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. Foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil. |
Grande Otelo: Uberlândia, 18 de outubro de 1915 |
Sebastião Bernardes de Souza Prata foi um ator, comediante, cantor, produtor e compositor brasileiro. Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre eles, as famosas chanchadas nas décadas de 1940 e 1950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969. É frequentemente citado com um dos mais importantes atores da história do Brasil. |
Ruth de Souza: Rio de Janeiro, 12 de maio de 1921 |
Ruth Pinto de Souza foi uma atriz brasileira. Considerada a 1ª dama negra do teatro, cinema e da televisão do Brasil, sendo a primeira artista nascida no país indicada ao prêmio de melhor atriz em um festival internacional de cinema, por seu trabalho em Sinhá Moça, no Festival de Veneza de 1954. |
Milton Santos: Nasceu em Brotas de Macaúbas, Bahia em 3 de maio de 1926 |
Milton Almeida dos Santos foi um geógrafo, escritor, cientista, jornalista, advogado e professor universitário brasileiro. |
Considerado um dos mais renomados intelectuais do Brasil no século XX, foi um dos grandes nomes da renovação da geografia no Brasil ocorrida na década de 1970. Embora graduado em Direito, destacou-se por seus trabalhos em diversas áreas da geografia, em especial nos estudos de urbanização do Terceiro Mundo e por seus trabalhos sobre a globalização nos anos 1990. Sua obra caracterizou-se por apresentar um posicionamento crítico ao sistema capitalista e seus pressupostos teóricos dominantes na geografia de seu tempo. |
Foi professor da Universidade Federal da Bahia, da Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne, da Universidade Columbia, Universidade de Toronto, da Universidade de Dar es Salaam e da Faculdade de Filosofia, Ciências Humanas e Letras da USP, onde se tornou professor emérito. Em alguns anos da sua trajetória profissional, conciliou suas atividades acadêmicas com consultorias a Organização Internacional do Trabalho, a Organização dos Estados Americanos e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, além de ter participado da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. Ele também escreveu mais de 40 livros, publicados não apenas no Brasil, como também em países como França, Reino Unido, Portugal, Japão e Espanha. |
Adhemar Ferreira da Silva: São Paulo, 29 de setembro de 1927 |
Adhemar Ferreira da Silva foi um atleta brasileiro, primeiro bicampeão olímpico do país, primeiro atleta sul-americano bicampeão olímpico em eventos individuais, recordista mundial do salto triplo cinco vezes e primeiro atleta a quebrar a barreira dos 16m no salto triplo. |
Conquistou medalhas de ouro no salto triplo nas Olimpíadas de Helsinque em 1952 - superando o recorde mundial - e nas Olimpíadas de Melbourne em 1956. Foi também tricampeão em Jogos Pan-Americanos: Buenos Aires em 1951, Cidade do México em 1955 - superando pela segunda vez o recorde mundial - e Chicago em 1959. |
Em 2012, foi imortalizado no Hall da Fama do Atletismo. Ele é o único brasileiro a representar o país no salão da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), criado como parte das celebrações pelo centenário da instituição. |
Sueli Carneiro: Nasceu em São Paulo, em junho de 1950 |
Aparecida Sueli Carneiro é uma filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Sueli Carneiro é fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil. Possui doutorado em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP). |
Marielle Franco (Rio de Janeiro, 27 de julho de 1979 |
Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, foi uma socióloga e política brasileira. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Marielle defendia o feminismo, os direitos humanos, e criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e a Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Em 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto de seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, no Estácio, Região Central do Rio de Janeiro. |
Fontes: |
https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=14884 |
https://www.todamateria.com.br/personalidades-negras-brasileiras/ |