Como reter talentos no seu negócio
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Como reter talentos no seu negócio

Como reter talentos no seu negócio utilizando mecanismos jurídicos.

Rafael Ribeiro
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O vesting é uma prática comum em empresas de tecnologia, startups e empresas em fase de crescimento acelerado, uma vez que ninguém consegue fazer um negócio crescer sozinho e o talento humano é um dos principais recursos para o sucesso de qualquer negócio.

O vesting é uma cláusula contratual que permite a um colaborador ou prestador de serviços adquirir quotas da empresa em que presta serviços ou trabalha, tornando-se um sócio efetivo. Isso acontece quando o colaborador tem uma função essencial para o desenvolvimento da empresa ou possui know-how e expertise em determinado assunto que é de grande importância para a empresa.

Como funciona o vesting

Digamos que uma startup precisa contratar um programador experiente para desenvolver um produto ou uma nova funcionalidade. No entanto, a empresa não tem recursos para oferecer um salário alto o suficiente para atraí-lo. Então, no contrato de prestação de serviços é incluindo uma cláusula de vesting que permite ao programador adquirir uma porcentagem das quotas ou ações da startup, conforme ele atinge metas específicas estipuladas no contrato.

Por exemplo, o contrato pode estipular que, após um ano de trabalho na startup, o programador receberá 10% das ações da empresa, e depois de dois anos, mais 10%. Isso significa que, ao final de três anos, o programador terá adquirido 20% das ações da empresa e será considerado um sócio efetivo.

O vesting também pode incluir uma espécie de período de experiência, conhecido como "Cliff", que é um prazo mínimo de tempo que o colaborador precisa cumprir antes de começar a adquirir suas ações. Esse período pode variar de acordo com as necessidades da empresa, mas geralmente é de um a dois anos.

É importante ressaltar que, ao assinar um contrato com cláusula de vesting, o colaborador deve ser tratado como um sócio desde o início, não como um funcionário. É necessário garantir que ele se sinta parte da empresa, e não apenas um contratado temporário.

Conclusão

É importante destacar que o vesting é uma forma de reter talentos e engajar colaboradores, mas deve ser usado com cuidado. É preciso avaliar cuidadosamente se o colaborador em questão é realmente essencial para o desenvolvimento da empresa e se a cláusula de vesting é a melhor maneira de retê-lo.

Em resumo, o vesting é um mecanismo contratual valioso que pode ajudar as empresas a reter talentos e engajar colaboradores. Com um contrato bem estruturado, é possível criar um ambiente de trabalho mais colaborativo e eficiente, onde todos trabalham em conjunto para alcançar os objetivos do negócio.

Se você é um empreendedor em busca de reter talentos ou um colaborador que deseja se tornar sócio da empresa onde trabalha e tem dúvidas sobre o tema, considere se inscrever aqui na Pingback ou falar diretamente comigo clicando aqui.