No finalzinho da semana passada, eu conheci uma nova metodologia para estruturação de estratégias de marketing. Já li e estudei muita coisa nesse tempo todo buscando pelos melhores caminhos de entrega de resultado para clientes. Sendo assim, eu fico muito empolgado quando encontro algo novo. Dei uma boa devorada e achei legal já compartilhar um pouco neste artigo. | ||
Quando vamos começar uma estratégia de marketing, principalmente em se tratando de redes sociais, um dos grandes desafios é determinar a nossa segmentação alvo. Ela deve ser alinhada com o público-alvo que aquele produto ou serviço atende. Uma metodologia muito utilizada para esse exercício de encontrar um primeiro caminho é a conhecida “criação de personas”. | ||
Fazemos alguns brainstorms com o time, outros com o cliente, a fim de criar o perfil daquela pessoa que tem mais propensão de se conectar ou consumir aquilo que temos para oferecer. Depois de alguns exercícios que envolvem lógica, análise de jornada, comportamento e muita imaginação (MUITA), nós chegamos a uma persona. Então, autoritariamente bradamos aos quatro ventos: | ||
- É homem, tem entre 30-40 anos, joga tênis aos sábados, viaja a trabalho uma vez por mês e, eeeeee, ama waffle com Nutella. | ||
Cara, eu me sinto meio idiota olhando para trás e me vendo fazer essas coisas por tanto tempo, mas a vida... ah, a vida!!!. Ela é uma jornada de aprendizado. Quando começamos a ver a coisa de outro ponto de vista fica a pergunta: Cara, como eu posso ter tanta certeza que o cara tem exatamente esse perfil? Como eu posso imaginar que ele ama waffle com Nutella (eu gosto bastante) mas ele, como saber? | ||
Realmente, a prática da criação de personas tem muito embasamento e técnica para ser bem feita, e a minha crítica aqui é justamente porque o mundo anda tão desestruturado que esse tipo de coisa funciona menos a cada dia. O perigo de pautar sua estratégia de marketing em cima de uma persona é que isso envolve MUITO mais imaginação do que realidade. E o risco é dedicar esforços em uma direção equivocada ou que, no mínimo, vai desperdiçar outras oportunidades de negócio. Por que não jovens de 15-17 anos? Ou idosos de 65-80? Nossos interesses estão muito mais diversos do que na década de 90 quando o que definia o investimento em mídia era a criação de um perfil demográfico… Afff!!!! | ||
Mas Jimmy, você se pergunta, o que eu vou fazer da minha vida sem brincar de persona? Vamos brincar de Jobs to Be Done. Oh! | ||
Cara, achei essa metodologia muito massa. A premissa dela é apoiar toda a sua estratégia de negócio em cima da tarefa que aquilo que você tem para oferecer resolve. Como assim? | ||
Não importa se o seu cliente tem 5 ou 100 anos. Não importa o que ele come no café da manhã. Não importa se ele é sedentário ou esportista. | ||
O que importa é o que ele tem como “job” para resolver e como você pode resolver isso para ele. | ||
Demais? Sim, eu achei demais. | ||
Basicamente, você vai entender que tipo de tarefa não está sendo resolvida (ao menos como deveria) no mercado. E como você pode resolvê-la melhor do que qualquer pessoa. Então, você tem que caçar pessoas que precisam resolver isso que você resolve. Tcháblau! Esse é o público. | ||
O mais interessante de tudo é que, o produto da minha vida é conteúdo, eu só enxergo conteúdo pela frente. Eu vejo pessoas tomando uma casquinha do McDonald´s e fico ansioso para contar uma história com aquilo. E a metodologia Jobs to Be Done tem tudo a ver com conteúdo, meu chapa. | ||
Entenda que o conteúdo que você aí quer produzir precisa se conectar com as pessoas e um dos caminhos para isso é resolver algo que essas pessoas necessitam, seja entretendo ou ensinando. Você precisa contar a sua jornada nas redes sociais, isso vocês já estão calvos de saber. Então, conte a jornada do seu produto ou serviço resolvendo o “job” do seu cliente. | ||
Isso é tão legal que você consegue resolver estratégia de negócio, posicionamento de mercado e presença de conteúdo nas redes sociais. | ||
Contents to Be Done! | ||
Jimmy | ||
Originalmente publicado em https://www.linkedin.com/pulse/esque%C3%A7a-os-waffles-com-nutella-resolva-o-job-jimmy-/ |