A maneira que a política mudou com a chegada das redes sociais.
Nos últimos 100 anos, a humanidade viu grandes avanços tecnológicos e, dentre eles, temos a internet como o principal. Com isso, muitos aplicativos ganharam fama e tornaram-se referência mundial para a comunicação. Atualmente, a grande massa populacional é extremamente influenciada por redes sociais, que modificam opiniões políticas, costumes, tradições e ações cotidianas em função dos detentores de poder nas mídias. |
Um grande exemplo disso é a gigantesca polêmica envolvendo Mark Zuckerberg, atual dono do Instagram, Facebook e WhatsApp. Em 2016 e 2020, ele foi envolvido em acusações relacionadas à manipulação de tais redes sociais e ao uso inadequado de dados de usuários para favorecer o candidato à presidência, Donald Trump. Isso gerou uma grande discussão sobre o poder da informação nas redes sociais e a maneira na qual as eleições foram influenciadas pelo empresário. |
A eleição americana de 2020 tinha como o grande palco as redes sociais e, segundo a pesquisa feita pela Socialbakers, 72% dos americanos que podem votar utilizam alguma rede social. Isso apresenta um importante fator para eleições, principalmente quanto à identificação dos possíveis eleitores e nas formas de atingi-los. O candidato Donald Trump usou, diversas vezes, o aplicativo Twitter para expor suas ideias e captar mais votos e, com isso, seu adversário também começou a usar a plataforma como meio de campanha política. Esse evento demonstra a atual centralização de campanhas, que se revelam nas redes sociais. |
No Brasil, tem-se como exemplo a eleição do atual presidente da república, que não teve sua campanha nas ruas devido a facada que ocorreu no dia 6 de setembro de 2018. A alternativa de Bolsonaro foi aumentar ainda mais o uso das redes sociais para fortalecer sua campanha, já que acabava de perder o principal meio de campanha que seus adversários usavam: o contato com multidões. Desse modo, ele venceu o primeiro e segundo turno com o uso de seu Instagram. |
Nos dois exemplos citados, as mídias sociais moldaram o pensamento de grande parte da população, artifício esse que muda o cenário político-social, atingindo diferentes classes sociais em diferentes pontos do Brasil, tendo em vista que 152 milhões de brasileiros utilizam a Internet. O fácil acesso às redes possibilita um maior alcance da televisão, que antigamente era o principal meio de comunicação entre os extremos do Brasil, apesar de depender de diversos fatores que tornam a integração virtual heterogênea. |
Com um estilo de vídeo direto, Jair Messias rapidamente ganhou uma base de 3,2 milhões de novos seguidores no mês do segundo turno das eleições de 2018, refletindo a constante mudança de foco do público eleitoral, que via as propagandas eleitorais na TV, adotando-a como meio de conhecer tais candidatos. Cada vez mais, os candidatos se rendem ao uso das redes, que são plataformas fundamentais para a propagação de notícias verdadeiras e falsas. |
As eleições brasileiras também foram tomadas pela desinformação e pelo uso excessivo de notícias falsas, por parte dos dois lados que antagonizavam a briga política. Políticos usavam as redes sociais para espalhar mais rápido e de melhor forma diversas notícias que tentavam, a todo custo, desestabilizar a campanha de seu adversário. Isso perdurou durante toda a eleição num estilo de bate e rebate, com o objetivo de desmentir e, ao mesmo tempo, acusar. Com isso, milhões de pessoas se encontraram à deriva, em um mar de informações, sendo muito difícil diferenciar as verídicas das mentirosas. |
Tudo isso, culminando no mau uso das redes sociais, gerou a necessidade de um serviço de checagem de dados por diversos jornais, como o G1, com o Fato ou Fake, reforçando a situação calamitosa na qual os usuários passavam. A replicação de informações era tão grande que, a todo momento, o povo era influenciado e, com suas constantes mudanças de lado, as pesquisas de intenção de voto eram modificadas drasticamente em poucas semanas. |
Portanto, as eleições foram moldadas pelo uso das mídias sociais, ou seja, o cenário político atualmente se vê intimamente interligado às redes sociais, o que torna a abordagem dos candidatos mais rápida e eficaz. Isso faz com que o bombardeamento de informações se intensifique e, consequentemente, é possível identificar um eleitor mais manipulável. Dessa maneira, é extremamente importante se atentar às formas com que se é manipulado, mudando a perspectiva da qual uma informação na internet parte e tomar mais cuidado para não ser facilmente capturado por informações atrativas, que políticos têm usado para captar mais eleitores. |
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