Meus gatilhos, minhas defesas.
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Meus gatilhos, minhas defesas.

(talvez tenha, mas vale ler!)

PollyMariaah
4 min
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Vem comigo, que esse texto não tem gatilho!

(talvez tenha, mas vale ler!)

Não foi uma tarefa fácil. Teve - e ainda tem - muita terapia envolvida. Ainda falho miseravelmente. Mas, tenho aprendido a identificar meus gatilhos emocionais. 

Se você não entende o que é um gatilho, calma aí, vou explicar. Quando falamos sobre gatilho emocional, nos referimos a uma resposta mental (gatilho específica), que envolve emoções, pensamentos e comportamentos mais específicos, conectados principalmente a experiências que já teve em sua vida, sejam boas ou ruins.

Um exemplo. Imagine um ótimo momento que teve em sua última viagem de férias. Ao sentir o sabor de algo que experimentou, ou o cheiro de algum lugar que visitou, você automaticamente é invadida por sensações boas de saudade, felicidade e prazer. 

Agora, existe os gatilhos emocionais que nem sempre remetem a pensamentos bons. Muitas vezes experiências ruins que já teve, algumas palavras que já ouviu e te fizeram mal, quando ouvidas novamente pode te despertar pensamentos ruins e te deixar triste, ansiosa, etc.

Autoconhecimento é a chave para lidar com os gatilhos emocionais 

Identificar seus gatilhos está muito ligado ao autoconhecimento. Quanto mais você se observa e conhece sobre você mesma, mais fácil fica em saber o que pode te fazer mal ou bem. 

Alerta de gatilho!

Estou contando tudo isso porque hoje na hora do meu almoço, dei um play em uma série nova do Netflix chamada Recomeço (baseada num livro chamado From Scratch). Bem água com açúcar, cheia de romance e fofinha. Eu tava adorando revisitar Florença assistindo ela, senti o sabor da pasta a la norma que comi lá e dos vinhos baratos que bebia a noite, até começar a parte do romance.

Essa parte aí tem sido algo inexistente na minha vida desde meu último relacionamento três anos atrás. Tenho trabalhado demais em terapia, mas fato é que não tenho me deixado viver um romance desde então - por opção. 

Parte de mim se blindou em me deixar apaixonar-se por proteção ao sofrimento. Desde então, tenho meus contatinhos - porque ninguém é 100% sozinha - mas não me deixo se apaixonar. Eu fujo mesmo! Ok, tem muita terapia me ajudando a desbloquear isso. Mas, fato é que eu fico no flerte de quero viver uma amor com jesus, me livre dessa fria.

E aí, vem o gatilho. Quando comecei a ver cenas fofas do seriado (juro! Assistam! é fofo, é levinho, é bobinho) eu percebi que entrei numa zona cinzenta das emoções que me deixou triste. Triste e nostálgica.

Comecei a querer chorar cobrando eu mesma de não me permitir conhecer pessoas novas. De saudade de ter alguém para compartilhar o dia ruim, pra cozinhar juntos e fazer todas as coisas bobas de um relacionamento. E até mesmo de brigar e fazer as pazes (que é tão gostosinho!).

Sei que preciso me permitir viver isso novamente senão jamais terei romance verdadeiro na minha vida de novo, mas o papo aqui é outro, o tal do gatilho que foi o seriado. E o que fiz? Parei de ver! 

Conhecer os seus estímulos e respostas, e buscar continuamente entendê-los, é algo essencial até mesmo para um tratamento futuro, como é meu caso. Portanto, pense nisso e analise as situações! Eu não parei de ver para não tratar o que me causa aquilo, eu parei de ver para não me deixar entrar numa crise ansiosa. Mas, sigo aqui tentando resolver isso. 

Faça terapia <3 

Mais importante que identificar o gatilho é tratá-lo. Afinal, destrinchar as emoções e outros sintomas que aparecem também é uma boa tática para lidar com esses momentos.

A terapia me ajuda e muito a evoluir nesse quesito. Mas, vc tem que estar disposta a cutucar a ferida e mudar algumas atitudes, senão, de nada adianta. Não é tão simples, mas se seguir tentando isso te o leva a um novo nível no gerenciamento de suas emoções e vida. E, façam terapia! Um terapeuta pode tentar te ajudar a perceber quando essas situações começaram a evocar essas emoções e como ressignifica-las.

Proteja a sua saúde emocional e procure ajuda.

Como sou teimosa e não desisto nunca, vou tentar voltar a série boba que deu origem a esse post. Porque amo Florença na Itália e porque  - como a última romântica do planeta terra - ainda que tenha medo dos meus sentimentos, confesso, que amo uma historinha de amor. E ainda espero viver novamente uma delas. Se for na Itália, melhor ainda <3