As descobertas da Astronomia nos próximos anos e décadas

Tivemos uma semana movimentada no mundo da Astronomia, foi divulgada a primeira foto do Buraco Negro presente em nossa Galáxia. Albert Einstein dizia que se realmente existissem buracos negros por aí, eles seriam eventos bizarros, que dificilmente conseguiríamos compreender sua complexidade nos próximos séculos. Pois é, décadas depois não só comprovamos sua existência, como mesmo com a distância de 27 mil anos luz do nosso planeta, podemos ver seu horizonte de eventos. Claro que mesmo com o avanço da tecnologia, ainda não podemos vê-lo em HD, e mesmo parecendo um Donuts embaçado, é histórico poder visualizar uma foto do buraco negro que está no centro da nossa galáxia e que é maior que nosso sistema solar. Aliás, é fascinante pensar que ao olharmos para esta foto, estamos olhando para 27 mil anos atrás, pois essa é a distância de anos luz que estamos deste buraco negro, e assim como olhamos para o Sol todos os dias com 8 minutos no passado, quanto mais distante observamos, mais antiga é a imagem, algumas das estrelas que vemos no céu agora, já entraram em Supernova, o que vemos é a sua imagem há milhares de anos. É maluco de se compreender, mas fascinante de se pensar.

Com a aposentadoria programada para 2030 do guerreiro Telescópio Hubble, que está na órbita da Terra próximo de 600 Km, vivemos a expectativa da chegada de vários Super Telescópios, vários serão inaugurados ainda antes do Hubble encerrar suas atividades, serão distribuídos em pontos estratégicos da Terra, os do Hawaii e Chile, estão em vias de inaugurarem seus Super Telescópios, que irão mostrar muita coisa com uma melhor definição para os astrônomos. E finalmente o gigante de ouro James Webb foi lançado ao espaço em 25 de Dezembro de 2021, chegando a seu destino, vinte e nove dias depois, há uma distância de um milhão e meio de Km da Terra, sua órbita foi escolhida estrategicamente para ter  uma visão ampla do Universo. No final de Abril, a Nasa comunicou que o Telescópio já terminou sua fase de alinhamento, e agora está na fase de calibrar os instrumentos, que pode levar cerca de dois meses, para finalmente, começar a sua missão de observar o Universo. Esse Telescópio levou décadas para chegar ao espaço desde sua fase de produção, seus espelhos são de Ouro, que refletem o Infra-Vermelho para facilitar a visualização de tudo. Seu alcance é tão superior ao Hubble, que se ele ficasse na Terra, seria possível visualizar facilmente uma moeda no solo Lunar.

Lembro que comecei a me interessar por Astronomia ainda nos anos 90 e nessa época a ciência ria de cientistas que teorizavam sobre Planetas fora do Sistema Solar, assim como nem Albert Einstein tinha certeza da presença de Buracos Negros no Universo. Atualmente, os Telescópios que estão próximos de sua aposentadoria,  descobrem vários planetas e Buracos espalhados pelo Universo. Imagine o que esses Telescópios de última geração vão encontrar?

Teremos algumas respostas  em alguns anos de funcionamento. Sabemos que nenhum outro Planeta no sistema Solar atualmente, é capaz de atualmente abrigar vida como conhecemos na Terra, porém, algumas Luas desses Planetas, ainda são interrogações para a Astronomia. 

Nominada como Europa, uma das 79 Luas de Júpiter, tem em sua Superfície uma crosta de Gelo e um Oceano submerso, ouvimos muito por aqui que onde há água, há vida e muitos locais polares da Terra, onde nunca chega a luz do Sol, é capaz de abrigar vida, mesmo que microbiana ou vegetal. Talvez seja o local mais promissor em nosso sistema solar que é capaz de nos responder se estamos sozinhos no Universo.

Titã, uma Lua de Saturno, não fica muito atrás nesse sentido, alguns acreditam que o potencial é ainda maior, pois essa Lua é até hoje o único lugar fora da Terra a ter Lagos e Rios de metano em forma líquida em sua superfície, porém, é um lugar ainda mais longe do Sol e muito mais frio, suas rochas e sua água em sua grande maioria é congelada. 

Apesar de em linhas gerais, a forma mais fácil de se estudar um Planeta na prática, seja enviando sondas, como atualmente acontece em Marte, por exemplo, observar mais de perto essas Luas de nossos vizinhos gigantes, nos trarão respostas ocultas que com certeza entrarão para a nossa história científica.

Os Planetas esquecidos, serão lembrados por eles. Pouco se sabe sobre Netuno e Urano, o interesse dos fás de Astronomia e dos próprios astrônomos, sempre foram nos Planetas vizinhos (Vênus e Marte) e também nos gigantes gasosos (Júpiter e Saturno), pela fascinação que de formas bem diferentes, ambos despertam. Mas saberemos muito mais sobre os dois Planetas mais distantes do Sol dentro de nosso sistema, Netuno por exemplo, tem 14 Luas, alguma pode ter algo interessante para observarmos. Urano é curioso por si só, diferente de todos os demais, sua rotação é deitada, enquanto quase todos giram pro mesmo lado, (Apenas Vênus gira na rotação contrária dos demais) Urano gira para baixo, ou como preferir, deitado, apenas observando, podemos reconstruir a história do Planeta e entender o motivo dele ser tão excêntrico.

Talvez seja respondido de uma vez por todas se o tal Planeta 9 realmente existe, pois há um forte indício que a ciência estuda sobre um possível nono Planeta, num hipotético ponto extremo do nosso sistema Solar, ainda não encontrado visualmente, mas que tem sua teoria de existência defendida, devido ao campo gravitacional da Translação dos oito planetas do sistema em torno do Sol, é como de uma forma bem leiga, explicar que a translação e alinhamento dos Planetas em torno do Sol, só acontecem da forma que acontecem, pois existe mais um Planeta após Netuno, com um campo gravitacional consistente na órbita do Sol.

E claro, não tenho dúvidas que serão descobertas coisas bem longes do nosso sistema Solar e muitas delas, que não fazemos ideia até este momento de sua existência, pois o que temos de conhecimento sobre a imensidão do Universo, é apenas uma linha de um prefácio de um livro que não temos sequer ideia de seu gigantesco tamanho.