Uma reflexão sobre mudanças.
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Uma reflexão sobre mudanças.

Renato Castro
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Este é meu primeiro texto aqui no Pingback do Matt, confesso que ainda estou exercitando minha escrita. Mas, espero que alguém realmente possa ser incentivado a exercitar sua massa encefálica lendo minhas frases.

Oi, como você mudou! Será?

É irônico como historicamente a humanidade se conscientizou e lamentou seus erros, mas pouco se transformou positivamente em relação a eles.

“…eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades…- O tempo não para: Cazuza.

Somos uma máquina funcionando de maneira irregular, e mesmo assim, acreditamos friamente, que somente nós podemos nos salvar de nós mesmos. Tentamos nos nivelar para dimensionar nossos olhares de maneira igualitária, mas como fazer isso se somos diferentes em nossas necessidades? Pode um cego guiar um outro cego?

Nossa compreensão de vida está enviesada por nossos próprios ideais, por mais que pensemos o contrário.

Todos os momentos críticos e conturbados de nossa história nos levaram a reflexões profundas sobre nossos comportamentos. Mas, no fim, tudo sempre se resumiu a isso: Reflexões. Como aquele final da semana triste, após ter ido no velório de um amigo próximo, refletirmos ma fragilidade da vida, e como um sonho foi interrompido abruptamente, e sobre como temos que nos transformar em seres melhores, mas, sem perceber, voltamos para nossa rotina e seguimos este ciclo sem fim, mudados, mas não o suficiente. 

Somos a perfeita imitação do que éramos ontem.

“… devia ter amado mais, até errado mais, ter feito o que eu queria fazer…”- Epitáfio, Titãs

A música como nosso reflexo.

A música expressa aquilo que não pode ser posto em palavras e aquilo que não pode permanecer em silêncio” - Victor Hugo

Eu, apesar de ser um empreendedor de nascimento, minha alma é em essência musical. Pois assim como qualquer outro tipo de arte, entre muitos papéis, a música em geral possui algo singular: servir de espelho, ou um lago límpido, onde podemos nos olhar e analisar nossa humanidade.

“… I started with the man in the mirror…”- Man in the mirror, Michael Jackson

Sim, a música pode servir para você dançar, rebolar, entrar no bate-cabeça, dar um "mosh",  mas, em essência ela é reflexiva.

Desde John Lennon com Imagine, Bob Marley na Redemption Song, e Marvin Gaye com What’s going on, entre outros “zilhões” de artistas que pintaram sua própria visão sobre seus ideais reflexivos, registraram dores e inconformismos do ser humano, e é claro, nos fizeram olhar pra nós mesmos em busca de respostas.

Você já as encontrou?

Talvez, a única coisa que se multiplicam nesta equação, são perguntas. Estas as quais se espalham em nossos termos de busca no Google, que conduzem a uma enxurrada de informações que retornam para nós, disfarçadas de respostas, e reafirmam nossas incertezas. Como se houvesse um deslizamento de terra em direção ao nosso lago, tornando-o turvo e nos deixando incapazes de olhar e analisar nosso reflexo nele.

Mas tudo bem, com o tempo, tudo muda e o reflexo pode voltar a ser visto, o rio se acalma e e o espelho pode ser limpo, e de alguma maneira, o reflexo sempre estará lá. Só nos resta saber se iremos utilizá-lo. A não ser que você seja cego, ou não queira se encarar.

Nosso espelho pode estar sendo usado como retrovisor?

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Narciso
Narciso

Como uma música no repeat em uma playlist no aleatório, nossas perguntas continuarão a ecoar em nossa história, repetindo o que já passou, e por vezes com muito mais intensidade.

Mas, seguimos sendo incapazes de encontrar respostas a questões vitais de nossa existência, talvez por achar que as melhores músicas estavam no Lado B, por que o A sempre foi gravado com músicas comerciais demais para você. Ou, talvez, você nunca conseguiu sacar que a obra é o Álbum todo, e para entendê-la  precisará ouvir os dois lados.

Não encare que este meu início por aqui, foram palavras de devaneio. Pois, se este foi seu sentimento até aqui, talvez não tenha me expressado muito bem, mas prometo que vou chegar lá. 

Talvez, a auto-reflexão nos fará melhores amanhã, eu não sei. Eu acredito até certo ponto, mas tenho minhas dúvidas. Não adianta dizer que precisamos ser melhores a cada dia, e durante o "novo normal", repetirmos nossos comportamentos inumanos da semana passada.

E, neste momento que fomos colocados de castigo por nossos próprios erros, só nos resta esperar que continuem escrevendo novas “redemption songs”.

“ Por favor, me dê uma canção sobre redenção, eu realmente preciso de uma, ninguém parece escrevê-las agora que John e Bob estão mortos, mas tudo que sei é que precisamos de uma agora”- You’re not the only one Lukas Graham

No próximo artigo, vou comentar sobre: "Os Homens criam as ferramentas e as ferramentas recriam os homens".

Sucesso Sempre!