Estaduais - Que saco.

A chance da vida para os pequenos, uma pedra no calendário dos grandes. Para mim, foi isso que virou os Campeonatos Estaduais. Uma competição que, antes de começar, já sabemos quem estará na final. E para piorar, ainda é longa.

Em torno de quatro meses temos que aturar esse campeonato, que já teve seu brilho, hoje em dia é apenas um fator de risco para o elenco dos grandes.

Olhamos o caso do Palmeiras, que daqui a pouco vai disputar um grande torneio. Flamengo que, possivelmente, conta com o melhor elenco da América, tendo que enfrentar Resende, Madureira, etc, e ainda com chances de perder algum grande jogador, por conta de lesão.

Os estaduais mascaram as atuações, criam falsas projeções. Em exemplos, São Paulo e Grêmio, ambos campeões no ano passado (2021), ambos fazendo uma campanha vexatória.

A real ambição é ganhar um título sob o rival, não importa qual.

Conquista essa que não garante continuidade no trabalho de ninguém. A conquista do estadual tem prazo de validade, cerca de um mês, caso o técnico esteja no comando de um time grande. Mais um problema do estadual, geração de crises.

Passamos o ano com um calendário que mal há tempo para treinar, e no final do ano nos questionamos, por que o futebol europeu é tão melhor que o nosso? Será que é porque lá existe tempo para treinar?

Apesar, desses vários problemas do estadual, dificilmente veremos uma mudança, a curto e a médio prazo. Pensar que os torcedores que hoje estão em cargos de presidência, dos clubes vão sentar em uma mesa juntos e bater o pé para não jogar o estadual, seria utopia.

E não pense que a mudança vai vir do Presidente da CBF. Até porque, quem elege eles são os Presidentes da FPF, FGF, FMF… Você não desagrada quem te põe no poder, em teoria. 

E assim vão levando, lucrando em cima da nossa paixão. Entregando um produto mais ou menos, e nós vamos consumindo como se fosse o máximo.

Emerson Lucas.

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